Pai em dose dupla 2
Agora que os conflitos cessaram, Dusty (Mark Wahlberg) e Brad (Will Ferrell) aceitam viver uma relação harmoniosa para criar os filhos – o primeiro é o pai biológico, e o segundo, o padrasto. Para comemorar o Natal com paz e diversão, levam as duas famílias para uma casa nas montanhas geladas. Porém as velhas brigas e uma série de trapalhadas não serão descartadas no período natalino.
Divertida continuação da comédia “Pai em dose dupla” (2015), sucesso de público nos Estados Unidos, reunindo novamente Mark Wahlberg e Will Ferrell em momentos menos cômicos e mais dramáticos (é o terceiro filme deles juntos, depois de “Os outros caras” e do primeiro “Pai em dose dupla”).
Dusty e Brad deixaram o ranço e as picuinhas de lado, procuram manter um bom convívio, com respeito, pensando nos filhos pequenos que ambos ajudam a criar. Com o Natal se aproximando, organizam uma viagem para reunir as duas famílias durante as comemorações. Dusty convida o pai, sessentão charmoso, durão e mulherengo (Mel Gibson), e Brad o seu, um homem gentil, alegre e brincalhão (John Lithgow). Nas montanhas a tranquilidade dará lugar ao estresse e a um monte de desentendimentos. Como anuncia a tagline na capa do filme, “Mais pais, mais problemas”. Num clima de anti-espírito natalino haverá um pouco de tudo: competições desonrosas, reaproximação desajeitada entre filhos, tolerância e aceitação, para discorrer temas essenciais na atualidade como convivência e formas de tratar os filhos.
A novidade é a aparição dos pais veteranos, Mel Gibson (sério demais, comédia não é mais com ele) e John Lithgow (espetacular como sempre), que incrementam o roteiro repetido, que parece uma reedição do anterior – piadas foram mantidas, como a chegada ao aeroporto, com closes em caras e bocas. Tudo compartilhado num ritmo cômico intencional, de vai-e-vens, abusando de tiradas e um humor pastelão bem ao gosto dos americanos. Dosam pitadas de realidade sobre a relação das famílias com absurdos visuais incríveis que só funcionam em fitas desse gênero - como inúmeras sequências no gelo envolvendo temas e objetos natalinos, como máquina de sugar neve, esqui, presépios, caçada de perus e árvores de natal.
Passei boas uma hora e quarenta na TV, diverti-me, adorei ver o elenco de peso reunido, porém considero este inferior ao primeiro. O filme inclusive custou mais que o outro e teve bilheteria bem menor. Confiram as duas partes juntas, ambas do mesmo diretor, Sean Anders, você vai curtir! Já disponível em DVD.
Pai em dose dupla 2 (Daddy’s home 2). EUA, 2017, 100 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures
Devido ao lançamento recente de "Pai em dose dupla 2" em DVD, segue também resenha de "Pai em dose dupla" (2015), escrita hoje.
Brad (Will Ferrell) tenta a todo custo ser um bom padrasto. Seus dois filhos “postiços” não o aceitam e sempre o desafiam. Até que o pai biológico deles, Dusty (Mark Wahlberg), vai ao encontro de Brad para conhecê-lo a fundo. A ex-mulher de Dusty, hoje casada com o padrasto das crianças, permite que ele passe alguns dias em sua casa, atitude que irá desencadear uma série de conflitos, competições e ameaças.
Comédia de família divertida com Mark Wahlberg e Will Ferrell reunidos novamente depois de “Os outros caras” (2010), sucesso imediato de público e crítica especialmente nos Estados Unidos. Custou R$ 50 milhões e arrecadou U$ 245 milhões na época do lançamento nas salas de cinema, em 2015, e por causa do bom resultado deu origem a uma segunda parte, recém-lançada em DVD pela Paramount Pictures (engraçada, mas com resultado inferior).
Escrito e dirigido por Sean Anders, dos fracos “Sex drive: Rumo ao sexo” (2008) e “Este é o meu garoto” (2012), este é o melhor trabalho do cineasta, um passatempo hilário sobre uma guerra nuclear travada entre o pai de duas crianças e o padrasto delas. Tudo pode acontecer quando Brad e Dusty se trombam, até uma faísca de olhares atravessados poderá causar explosões nesta família em pé de guerra. Logicamente que tudo é narrado com humor, peripécias, piadas incríveis e absurdas, atritos cotidianos presenciados em qualquer família aqui levados ao extremo, em que dois homens quarentões, mas nem tão maduros assim, competem para ver quem é melhor que o outro. A intenção, conquistar as crianças da casa, já que um é pai e vive distante, e outro, o padrasto com quem convivem diariamente. De provocações até desastres homéricos, Brad e Rusty nos presenteiam com um show de pastelão da melhor qualidade cinematográfica. Comédia caprichada para ver e rever! Assista em família, capte as nuances e discuta no final as proximidades entre os personagens e nós mesmos.
Pai em dose dupla (Daddy’s home). EUA, 2015, 96 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures
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