sexta-feira, 25 de maio de 2018

Cine Lançamento



Pai em dose dupla 2



Agora que os conflitos cessaram, Dusty (Mark Wahlberg) e Brad (Will Ferrell) aceitam viver uma relação harmoniosa para criar os filhos – o primeiro é o pai biológico, e o segundo, o padrasto. Para comemorar o Natal com paz e diversão, levam as duas famílias para uma casa nas montanhas geladas. Porém as velhas brigas e uma série de trapalhadas não serão descartadas no período natalino.

Divertida continuação da comédia “Pai em dose dupla” (2015), sucesso de público nos Estados Unidos, reunindo novamente Mark Wahlberg e Will Ferrell em momentos menos cômicos e mais dramáticos (é o terceiro filme deles juntos, depois de “Os outros caras” e do primeiro “Pai em dose dupla”).
Dusty e Brad deixaram o ranço e as picuinhas de lado, procuram manter um bom convívio, com respeito, pensando nos filhos pequenos que ambos ajudam a criar. Com o Natal se aproximando, organizam uma viagem para reunir as duas famílias durante as comemorações. Dusty convida o pai, sessentão charmoso, durão e mulherengo (Mel Gibson), e Brad o seu, um homem gentil, alegre e brincalhão (John Lithgow). Nas montanhas a tranquilidade dará lugar ao estresse e a um monte de desentendimentos. Como anuncia a tagline na capa do filme, “Mais pais, mais problemas”. Num clima de anti-espírito natalino haverá um pouco de tudo: competições desonrosas, reaproximação desajeitada entre filhos, tolerância e aceitação, para discorrer temas essenciais na atualidade como convivência e formas de tratar os filhos.
A novidade é a aparição dos pais veteranos, Mel Gibson (sério demais, comédia não é mais com ele) e John Lithgow (espetacular como sempre), que incrementam o roteiro repetido, que parece uma reedição do anterior – piadas foram mantidas, como a chegada ao aeroporto, com closes em caras e bocas. Tudo compartilhado num ritmo cômico intencional, de vai-e-vens, abusando de tiradas e um humor pastelão bem ao gosto dos americanos. Dosam pitadas de realidade sobre a relação das famílias com absurdos visuais incríveis que só funcionam em fitas desse gênero - como inúmeras sequências no gelo envolvendo temas e objetos natalinos, como máquina de sugar neve, esqui, presépios, caçada de perus e árvores de natal.
Passei boas uma hora e quarenta na TV, diverti-me, adorei ver o elenco de peso reunido, porém considero este inferior ao primeiro. O filme inclusive custou mais que o outro e teve bilheteria bem menor. Confiram as duas partes juntas, ambas do mesmo diretor, Sean Anders, você vai curtir! Já disponível em DVD.

Pai em dose dupla 2 (Daddy’s home 2). EUA, 2017, 100 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures


Devido ao lançamento recente de "Pai em dose dupla 2" em DVD, segue também resenha de "Pai em dose dupla" (2015), escrita hoje.

Pai em dose dupla

Brad (Will Ferrell) tenta a todo custo ser um bom padrasto. Seus dois filhos “postiços” não o aceitam e sempre o desafiam. Até que o pai biológico deles, Dusty (Mark Wahlberg), vai ao encontro de Brad para conhecê-lo a fundo. A ex-mulher de Dusty, hoje casada com o padrasto das crianças, permite que ele passe alguns dias em sua casa, atitude que irá desencadear uma série de conflitos, competições e ameaças.

Comédia de família divertida com Mark Wahlberg e Will Ferrell reunidos novamente depois de “Os outros caras” (2010), sucesso imediato de público e crítica especialmente nos Estados Unidos. Custou R$ 50 milhões e arrecadou U$ 245 milhões na época do lançamento nas salas de cinema, em 2015, e por causa do bom resultado deu origem a uma segunda parte, recém-lançada em DVD pela Paramount Pictures (engraçada, mas com resultado inferior).
Escrito e dirigido por Sean Anders, dos fracos “Sex drive: Rumo ao sexo” (2008) e “Este é o meu garoto” (2012), este é o melhor trabalho do cineasta, um passatempo hilário sobre uma guerra nuclear travada entre o pai de duas crianças e o padrasto delas. Tudo pode acontecer quando Brad e Dusty se trombam, até uma faísca de olhares atravessados poderá causar explosões nesta família em pé de guerra. Logicamente que tudo é narrado com humor, peripécias, piadas incríveis e absurdas, atritos cotidianos presenciados em qualquer família aqui levados ao extremo, em que dois homens quarentões, mas nem tão maduros assim, competem para ver quem é melhor que o outro. A intenção, conquistar as crianças da casa, já que um é pai e vive distante, e outro, o padrasto com quem convivem diariamente. De provocações até desastres homéricos, Brad e Rusty nos presenteiam com um show de pastelão da melhor qualidade cinematográfica. Comédia caprichada para ver e rever! Assista em família, capte as nuances e discuta no final as proximidades entre os personagens e nós mesmos.

Pai em dose dupla (Daddy’s home). EUA, 2015, 96 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures

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