A atriz e modelo
sueca Anita Ekberg, musa do diretor italiano Federico Fellini, com quem fez o
imponente clássico “A doce vida” (1960), faleceu hoje em Rocca di Papa, na
Itália, aos 83 anos. Segundo a imprensa estrangeira, Anota vinha sendo
hospitalizada com frequência, devido a problemas de saúde não-esclarecidos.
Nascida em Malmo, na
Suécia, em 29 de setembro de 1931, Anita foi Miss Suécia em 1950 (aos 19 anos)
e concorreu ao título de Miss Universo no mesmo ano. Iniciou a carreira
artística como modelo fotográfica e logo foi contratada como atriz em
Hollywood, participando inicialmente de pontas em produções menores (muitas
delas não-creditadas), como O aventureiro do Mississipi (1953), Bud Abbott e
Lou Castello no planeta Marte (1953), Mulher de fogo (1953) e A espada de
damasco (1953).
Ganhou papel de maior
importância nos filmes Rota sangrenta (1955 – ao lado de John Wayne) e Artistas
e modelos (1955 – junto com Dean Martin e Jerry Lewis) e a partir daí sua
carreira estourou. Sex symbol do cinema, Anita atuou na superprodução épica Guerra
e paz (1956), na comédia Ou vai ou racha (1956), no western Domínio dos homens
sem lei (1956) e na obra-prima do cinema italiano A doce vida – a sequência
onde ela toma banho na Fontana di Trevi, com Marcello Mastroianni, tornou-se
uma das cenas antológicas da Sétima Arte. Fez ainda outros 30 filmes, como
Boccacio 70 (1962), Os quatro heróis do Texas (1963), Um biruta em órbita
(1966) e A longa noite de ódio (1968). Ela voltou a trabalhar com Fellini no
documentário Entrevista (1987).
Anita foi casada com
os atores Anthony Steel (de 1956 a 1959) e Rik Van Nutter (de 1963 a 1975),
ambos já falecidos. Não deixou filhos.
Samuel Goldwyn Jr.
O cinema
norte-americano também registrou o falecimento do produtor Samuel Goldwyn Jr,
indicado ao Oscar de melhor filme por “Mestre dos mares: O lado mais distante
do mundo” (2003). Ele morreu anteontem aos 88 anos, de problemas cardíacos, em
Los Angeles.
Samuel era filho do renomado
produtor Samuel Goldwyn (1879-1974), um dos fundadores da MGM (Metro Goldwyn
Mayer), e pai do ator Tony Goldwyn e do também produtor John Goldwyn.
Produziu 27 filmes,
dentre eles As aventuras de Huckleberry Finn (1960), Os jovens amantes (1964 –
também diretor, seu único trabalho na direção), Rififi no Harlem (1970), Prece
para um condenado (1987), Mercadores da morte (1987), Três mulheres, três
amores (1988), Stella – Uma prova de amor (1990), Um anjo em minha vida (1996)
e A vida secreta de Walter Mitty (2013 – produzido com o filho, John Goldwyn). Casou-se duas vezes e
era divorciado. Ele deixa outros quatro filhos. Por Felipe Brida
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