sábado, 28 de junho de 2014

Cine Lançamento


Jogos do apocalipse

Zimit (James D'Arcy) é um professor de Filosofia em Jacarta que desafia seus 20 alunos a participar de uma experiência voltada à Lógica. O grupo escolherá apenas 10 integrantes para se refugiar em um abrigo subterrâneo após uma hecatombe nuclear. Cada um terá uma profissão específica, escolhida por eles aleatoriamente. O intuito é resolver rapidamente situações imprevisíveis envolvendo crimes e traição com o objetivo máximo de salvar a raça humana.

Co-produção B entre Estados Unidos e Indonésia que serve para estudos rápidos e discussões breves acerca da relação humana diante do perigo e a tomada de decisão frente aos riscos da vida. Um professor de Filosofia cria um intrínseco desafio onde seus jovens estudantes do quarto ano, prestes a se formar, viajarão em realidades paralelas em um jogo de sobrevivência e perpetuação da raça. Estimulados pelo intrigante docente, os alunos, movidos ao sentimento de grupo, enfrentam a maior jornada de seus dias na Terra (agora devastada pela guerra nuclear), para resolver um quebra-cabeça cujas pequenas peças são acrescentadas a cada passo dado.
Atrai pelo conteúdo enigmático de um roteiro bem original, que lembra telefilmes de ficção científica apocalípticas da década de 70, porém peca na produção de cena, que é pobre e sem caprichos.
Não descuide um só segundo, pois a trama vai e volta, concebendo espaços cada vez mais estranhos e rústicos, onde os personagens se desencontram, e um a um é eliminado da história.
No mínimo, curioso e vibrante. Vale uma locação sem maiores exigências. Por Felipe Brida


Jogos do apocalipse (The philosophers). EUA/Indonésia, 2013, 106 min. Ação/Ficção científica. Dirigido por John Huddles. Distribuição: Paramount

sexta-feira, 27 de junho de 2014

CINE LANÇAMENTO


Código da máfia

Os irmãos Mike (Avelawance Phillips) e Tre (Malik Barnhardt) têm um passado turbulento, ligado à criminalidade, mas hoje tentam seguir a vida de maneira correta. O primeiro acabou de sair da prisão e só pensa em proteger a filha. Paralelamente, resolve ajudar o irmão Tre, em um último serviço no submundo das drogas.

Uma fita rasa, independente, sem firmeza, de ação pesada e alta carga dramática, que se passa nos guetos americanos, com violência e drogas como tira-gosto. É a história de dois irmãos criminosos que tentam abandonar a antiga realidade, porém o ímpeto pelo dinheiro e status, aliado às velhas companhias das ruas, os prendem nesse mundo de incertezas.
Nada vai além desse breve comentário, ou seja, não se preocupe em assistir. Ainda por cima por ser um trabalho com falta de cuidado no roteiro (previsível), uma fotografia tão escura que nos faz forçar a vista para enxergar melhor e um elenco de gente sumida que agora está esquisita (Tom Sizemore, James Russo e Steven Bauer). Tem até participação do feioso Danny Trejo, em mais um papel repetido de sua avacalhada carreira.
Do diretor Kader Ayd, também roteirista e ator de suas próprias fitas francesas independentes como “Old school” (2000) e “Ennemis publics” (2005). Por Felipe Brida


Código da máfia (Five thirteen). EUA, 2013, 109 min. Ação/Drama. Dirigido por Kader Ayd. Distribuição: Paramount

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Morre aos 98 anos o ator Eli Wallach


 



Morreu ontem em Nova York, aos 98 anos, o lendário ator Eli Wallach. Formado pela Actors Studio, em quase sete décadas de carreira cinematográfica atuou em cerca de 150 filmes, muitos deles como coadjuvantes.
Dentre os papéis de maior destaque estão: Sete homens e um destino (1960), Três homens em conflito (1966), O poderoso chefão III (1990) e O amor não tira férias (2006). Participou também de Boneca de carne (1956), Os desajustados (1961), A conquista do oeste (1962), O segredo das esmeraldas negras (1964), Lord Jim (1965), Como roubar um milhão de dólares (1966), ), Os quatro da Ave Maria (1968O ouro de Mackenna (1969), Licença para amar até meia-noite (1973), A sentinela dos malditos (1977), O fundo do mar (1977), Morte no inverno (1979), Salamandra (1981), Querem me enlouquecer (1987), A chave do enigma (1990), A amate (1992), Sombras do mal (1992), Quero dizer que te amo (1995), Tenha fé (2000), O vigarista do ano (2006), O escritor fantasma (2010) e Wall Street: O dinheiro nunca dorme (2010).
Era casado com a atriz Anne Jackson desde 1948, com quem teve três filhos. Por Felipe Brida

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Morre o ator Sam Kelly aos 70 anos



O ator britânico Sam Kelly faleceu ontem aos 70 anos, de causas não reveladas. Em quatro décadas de carreira, trabalhou em diversos seriados (como "Allo allo", "O jovem Indiana Jones" e "Barbara"), peças de teatro e em mais de 20 filmes. Foi dirigido pelo premiado Mike Leigh em diversos de seus trabalhos, como Topsy-Turvy - O espetáculo (1999), Agora ou nunca (2002) e o inédito Mr. Turner (2014 - que recebeu indicação à Palma de Ouro em Cannes). Outros filmes do ator: Tiffany Jones (1973, Blue ice (1992), Honest (2002), Jimmy Wilde (2009), Harvest (2009), Nanny McPhee e as Lições Mágicas (2010) e o inédito Common people (2013). Por Felipe Brida

domingo, 15 de junho de 2014

Viva Nostalgia!


John & Mary

Em uma noite na agitada Nova York do final dos anos 60, John (Dustin Hoffman) e Mary (Mia Farrow) encontram-se em um bar, dormem juntos e passam o dia seguinte tentando conhecer um ao outro.

A Classcline felizmente redescobriu essa fita rara do falecido diretor britânico Peter Yates (o mesmo de “Bullitt” e “O fiel camareiro”), um drama intimista sobre dois jovens que dormem juntos na noite em que se conhecem, tema tabu e escandaloso pra época (e hoje isto é tão rotina...). Simples na narrativa, sem clímax, a obra, por trás da figura do rapaz e da garota, comenta, sem teorias e em breves linhas de reflexão, a liberdade sexual durante a contracultura, movimento que estourava em 1969, contexto etéreo do filme. Apesar de datado, a história relaciona o tempo todo (e não sai disso) os dois protagonistas melindrados, que discutem a nova relação entre eles após uma noite de transa: Dustin Hoffman, com cara de menino, em início de carreira, fazia aqui seu quinto trabalho para o cinema, depois do importante “A primeira noite de um homem” e no mesmo ano de “Perdidos na noite”, que lhe renderam indicação ao Oscar; Mia Farrow, recém-largada de Frank Sinatra na época e pouquinho antes de se casar com o premiado músico Andre Previn, assumia aqui o sexto papel em longa-metragem e receberia, também em 1969, indicação ao prêmio da Academia pelo arrepiante “O bebê de Rosemary”. Ambos dão ênfase à proposta do filme, de dar forma, nome e cor a um relacionamento fugaz, que começaria a ser comum a partir de então. Yates tinha mão talentosa tanto para fitas policiais frenéticas como para dramas - soube dirigir de maneira condizente os dois atores em cena, que, pelos papéis dos enamorados, foram indicados ao Globo de Ouro e ao Bafta (o roteiro também concorreu ao Globo de Ouro). Procure conhecer, principalmente pela curiosidade de ver Dustin e Mia bem jovens, antes do estrelato, porém demonstrando talento extraordinário. Por Felipe Brida

John & Mary (Idem). EUA, 1969, 92 min. Drama. Colorido. Dirigido por Peter Yates. Disponível em DVD.


sábado, 14 de junho de 2014

Viva Nostalgia!


A cruz da minha vida

O casal Lola (Shirley Booth) e Doc Delaney (Burt Lancaster) vive uma relação conturbada após perder a filha, ainda criança, em uma tragédia. Ele é um alcoólatra em recuperação e ela, uma dedicada dona de casa. Os conflitos parecem amenizar quando Lola e Doc alugam um quarto para uma jovem, que passa a ser tratada como filha pelo casal.

Mais uma preciosidade da Sétima Arte distribuído no mercado brasileiro pela Colecione Clássicos, que continua a todo vapor lançando obras-primas inéditas em DVD, muitas delas da Era de Ouro de Hollywood, como este drama familiar lacrimoso, que deu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz à grande e esquecida Shirley Booth (em papel humano, incrível, digno de louvor acalorado).
Baseado na peça de William Inge, o filme, de cunho familiar, teatral e bem triste, com momentos amargos e desalentadores, foi dirigido pelo notório Daniel Mann (o mesmo de “Disque Butterfield 8” e “A rosa tatuada”, que deram, respectivamente o Oscar de atriz para Liz Taylor e Anna Magnani, este último também com Burt Lancaster no elenco). A história, de um prisma, é simplista, sobre um casal que perdeu a filha e ainda vive num mundo de ilusão, esperando pela volta da pequena Sheba (o título original faz a referência: “Come back, little Sheba” – “Volte, pequena Sheba”, que á o grito de desespero de Lola). O marido bebe para se livrar do tormento que o persegue, e a esposa tenta dançar e cantar para esquecer a realidade sufocante até que chega à casa uma garota bonita (Terry Moore, indicada também ao Oscar, de atriz coadjuvante), catalisadora de uma visão de esperança para o decadente casal.
Rodado em locações e com orçamento pequeno, “A cruz da minha vida” originou uma infinidade de filmes de temática sobre perda de filho, que tanto o cinema americano explorou daí pra frente. Graças ao elenco de garra (Shirley sempre foi um encanto na frente das telas, e Lancaster, um monstro sagrado indiscutível) e ao roteiro inspirador, a obra de Daniel Mann não envelheceu, permanecendo na lista das melhores obras desse gênero. Recebeu ainda indicação ao Oscar de melhor edição, além de concorrer em Cannes e ao Bafta.
Um trabalho humano, realista, que deve ser revisto ou conhecido pelo público. Por Felipe Brida

A cruz da minha vida (Come back, little Sheba). EUA, 1952, 99 min. Drama. Preto-e-branco. Dirigido por Daniel Mann. Disponível em DVD.

* Publicada na revista Middia Magazine desse mês.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Morre o humorista e roteirista Max Nunes




Morreu ontem no Rio aos 92 anos Max Nunes, um dos gênios da comédia brasileira. Criador e redator dos mais importantes programas televisivos de humor dos anos 60, 70 e 80, como "Bairro feliz", "Balança, mas não cai", "Planeta dos homens", "Satiricom", "Faça humor, não faça guerra", "Viva o gordo" e "Veja o gordo". Era pai das atrizes Bia Nunnes e Cristina Nunes. Por Felipe Brida

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Cine Lançamento



Um time show de bola

O garoto Amadeo é fascinado por pebolim. Todos os dias frequenta um café na cidadezinha onde vive para jogar com os amigos na velha mesa. Colosso, seu inimigo valentão que se tornou jogador de futebol, volta para a cidade depois de uma temporada fora e desafia Amadeo para uma partida de verdade nos gramados. O menino, receoso, pede ajuda ao time de pebolim. Os jogadores de brinquedo, de maneira mágica, adquirem vida e organizam o maior campeonato de futebol do local.

Divertida animação em computação gráfica produzida na Argentina e na Espanha, que é ao mesmo tempo emocionante, ágil e mais apropriada aos meninos de 8 a 15 anos. O destaque que chama a atenção é a direção de Juan José Campanella, o argentina ganhador do Oscar por “O segredo dos seus olhos” (2009). Na verdade, é um momento de descontração na carreira desse cineasta brilhante, também roteirista de seus trabalhos, como “O filho da noivaa”, “Clube da Lua” e “O mesmo amor, a mesma chuva”, todos com Ricardo Darín no elenco (e que estranhamente não emprestou a voz para nenhum personagem dessa bacaninha animação).
Despretensioso, comedido e engraçado, o filme infanto-juvenil situa, na monotonia de um vilarejo, um garoto chamado Amadeo que cresce em seus sonhos, e, como qualquer rapaz daquela idade, pretende ser jogador e sair de casa. A oportunidade de mostrar o talento surge na competição com o inimigo, o tal do Colosso, que já é “alguém” na vida, e isto faz dele querer ganhar status.
Nessa aventura, o protagonista desencadeará uma energia extraterrena, contando com a ajuda dos jogadores de pebolins (um mais brincalhão que outro, com formas e cabelos excêntricos), para obter o tão esperado resultado que almeja.
Com vozes de Rupert Grint, Anthony Head e do próprio diretor Campanella, a animação tem roteiro adaptado pelo próprio diretor, de um conto antigo argentino escrito por Roberto Fontanarrosa, que segue estrutura semelhante.
O título original, “Metegol”, significa tanto pebolim quanto futebol de botão. Para conferir e divertir-se à beça! Por Felipe Brida


Um time show de bola (Metegol). Argentina/Espanha, 2013, 106 min. Animação. Dirigido por Juan José Campanella. Distribuição: Paramount/Universal

domingo, 8 de junho de 2014

Cine Lançamento


Ragnarok

O arqueólogo Sigurd Svendsen (Pål Sverre Hagen) é procurado por um grupo de pessoas para decifrar runas inscritas em um objeto misterioso. Ele suspeita que as mensagens possam levá-lo a uma terra perdida entre a Noruega e a Rússia, palco para o temível Ragnarok, o fim dos tempos segundo a mitologia nórdica.

A Noruega, país de gelo eterno localizado no extremo norte da Península Escandinava, ou seja, nos confins da Terra, é hoje um polo de produção de cinema com trabalhos frequentes, com produções requintadas e altos investimentos em efeitos visuais contemporâneos. “Ragnarok” é um bom exemplar dessa safra, fita de aventura sobre mitologia nos tempos atuais. De acordo com a cultura nórdica milenar, Ragnarok seria uma série de desastres que um dia ocorrerão na natureza, fazendo com que o mundo seja submerso no mar para que ele renasça fértil. Em suma, uma espécie de um novo Big Bang. Com essa premissa, o filme se constrói, a partir de um arqueólogo disposto a decifrar runas secretas que o faz partir, junto com um grupo, a uma viagem ao desconhecido e nebuloso.
A fita acompanha a aventura dos expedicionários desvendando enigmas seculares – e com direito a uma surpresa no final, a presença de uma figura assustadora e recorrente na literatura (com desenho de produção caprichado).
O novato diretor Mikkel Brænne Sandemose trouxe às telas um roteiro original também do pouco conhecido John Kåre Raake, que fascina pelo quebra-cabeça bem montado, pela trama misteriosa e as altas doses de adrenalina. Vale como um passatempo diferente e caprichado para todas as idades.
Atenção: Não é o Ragnarok japonês, shonen de espadachins e bruxas, que virou jogos de videogame e série de animes (também lançados no Brasil pela Paramount). Por Felipe Brida

Ragnarok (Gåten Ragnarok). Noruega, 2013, 94 min. Ação/Aventura. Dirigido por Mikkel Brænne Sandemose. Distribuição: Paramount/Universal

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Morre a atriz indicada ao Oscar Joan Lorring


Faleceu ontem aos 88 anos a atriz Joan Lorring, indicada ao Oscar de coadjuvante por "O coração não envelhece" (1945).Nascida em Hong Kong em 1926 e radicada nos Estados Unidos, atuou em cerca de 20 filmes, dentre eles A ponte de São Luís Rei (1944), Justiça tardia (1946), Três desconhecidos (1947), A orquídea branca (1947), A felicidade bate à porta (1948), Noite inolvidável (1951), O homem que o mundo esqueceu (1952) e O homem da meia-noite (1974). Trabalhou também em seriados americanos nas décadas de 50 e 60. Estava afastada do cinema desde 1979. Por Felipe Brida

domingo, 1 de junho de 2014

Nota de cinema


Lançamentos em DVD e Blu-ray da semana:

Clube de compras Dallas

Philomena

Trapaça

Inside Llewyn Davis - Balada de um homem comum

O grande assalto 11.6

Operação Sombra - Jack Ryan

Frankenstein - Entre anjos e demônios

Tarzan - A evolução da lenda

Muita calma nessa hora 2

Terapia do sexo

Veronica Mars - O filme

Bem-vindo à selva


Jogo da morte