Jack Reacher: O último tiro
Escondido
no estacionamento de um prédio, um atirador de elite mata cinco pessoas
aleatoriamente, em questão de segundos. As investigações recaem sobre o
veterano de guerra James Barr (Joseph Sikora). No interrogatório, o acusado
levanta o nome de Jack Reacher (Tom Cruise), exímio ex-combatente de guerra,
dado como desaparecido pelas autoridades. Barr exige que Reacher seja trazido
até ele, pois acredita que os assassinatos estejam ligados a uma trama perversa
envolvendo o alto escalão do governo e empreiteiras. Reacher aparece e inicia a
investigação por conta própria, com seus métodos nada convencionais.
Um
excelente exemplar de fita de ação fora do corriqueiro, com roteiro intrínseco
e resoluções diretas, que não caem no senso comum. Tende a dar certo
primeiramente pelo personagem central, um cidadão “fantasma”, que surge das
cinzas para desvendar um crime brutal premeditado, cuja forma de pensar e agir
não denota características de investigadores casuais. Jack Reacher é um cérebro
ativo dentro de uma máquina de matar, uma espécie de andróide de carne, osso e
sangue que não erro nos cálculos nem nas teorias e raramente se engana com o
alvo. Tom Cruise, com seus 51 anos de idade (aparentando 15 a menos),
personifica bem esse ex-combatente de guerra linha dura, com táticas
específicas de fazer justiça com as próprias mãos. O ator é bom e faz jus ao
papel.
Óbvio
que Reacher irá encontrar desafetos pelo caminho e obstáculos ferozes, até
porque os truculentos métodos de investigação que utiliza desagradam
autoridades policiais. A única aliada é uma advogada, Helen (a boa atriz
britânica Rosamund Pike), que passa a ter noites de sono mal dormidas para
solucionar o estranho caso com Reacher.
Pelo
fato de o filme ter mínimos detalhes que complementam a teia tétrica do plot,
fico numa posição complicada de explorar o conteúdo. Se explicar mais uma linha
serei estraga-prazer; então deixo ao leitor a dica para conferir essa superfita
de ação, um quebra-cabeça explosivo com muita sequência de perseguição de
carros e pancadaria. Empolgante dos créditos iniciais ao desfecho.
Há
dois destaques curiosos: a pequena aparição do cineasta alemão Werner Herzog,
como um sinistro ex-presidiário e manda-chuva local (o diretor às vezes faz ponta
ou outra em filmes, porém aqui tem uma importância estratégica da metade pra
frente da história) e a participação especial de Robert Duvall como atirador
veterano que ajudará Reacher na investigação.
É
o segundo filme do diretor Christopher McQuarrie, ganhador do Oscar como
roteirista por “Os suspeitos” (1995). Por Felipe Brida
Jack Reacher: O último tiro (Jack
Reacher). EUA, 2012, 130 min. Ação. Dirigido por Christopher McQuarrie.
Distribuição: Paramount Pictures
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