Uma vida melhor
Carlos
Galindo (Demián Bichir) é um jardineiro mexicano que vive em Los Angeles.
Trabalha arduamente em luxuosas mansões prestando serviços de paisagismo, a fim
de garantir um bom futuro para seu filho Luís (José Julián). Até que o furto de
uma camionete colocará em cheque a rotina desse simples trabalhador.
O
mexicano Demián Bichir, de 48 anos, pouco conhecido aqui no Brasil, recebeu,
esse ano, indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante pelo papel de um
jardineiro humilde em busca de novas oportunidades para o filho. Nesse drama
sobre realidades contrastantes, Bichir interpreta a voz de milhares de
imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos - o filme explica pouco sobre a
situação de Galindo, no entanto sentimos na pele as dificuldades desse homem
sem perspectivas, afundado em problemas financeiros.
Foi
enorme fracasso nas bilheterias – com orçamento total de U$ 10 milhões, rendeu
dez vezes menos na estreia, porém firmou a carreira do ator Demián Bichir, em
atuação surpreendente (foi ele quem encarnou o presidente cubano Fidel Castro
nas duas partes de “Che”, o equivocado trabalho pessoal de Steven Soderbergh).
Em
uma safra de fitas escassas de temática séria, surge esse drama independente
bem bonito, rodado em locações na fronteira México-EUA, cuja temática traça a
relação de pai e filho levada a extremos. Filme sobre pessoas simples, com
roteiro simples (de Eric Eason a partir do livro de Roger L. Simon), algo que lembra
Neorrealismo Italiano, em especial “Ladrões de bicicleta” (1945), a contundente
obra-prima de Vittorio De Sica. É também o melhor momento do diretor Chris
Weitz, amplamente criticado por bobagens teens, como a primeira parte de “American
Pie” e o sucesso de bilheteria “Lua nova”, e que depois da excelente comédia
dramática “Um grande garoto” nunca mais acertou.
Confira!
Uma vida melhor (A better life). EUA, 2011,
98 min. Drama. Dirigido por Chris Weitz. Distribuição: Paris Filmes
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