Há tanto tempo que te amo
Juliette Fontaine (Kristin Scott Thomas) sai da prisão após cumprir pena de 15 anos acusada de ter assassinado o filho pequeno. Profundamente abalada, Juliette é acolhida pela irmã, Léa (Elsa Zylberstein), e encontrará uma série de dificuldades para se reintegrar à sociedade.
Ficou fora da lista dos nomeados ao Oscar esse trágico drama francês indicado a dois Globos de Ouro (melhor atriz para Kristin Scott Thomas e filme estrangeiro). Acompanha as dificuldades de uma mãe sofrida em retornar à vida social, marginalizada pela família e amparada apenas pela irmã mais nova. Kristin Scott Thomas esbanja novamente seu potencial em um papel difícil, amargo, que exige verve – a atriz está desglamourizada, envelhecida, o que ajuda a criar o perfil de uma mulher massacrada pelos fantasmas do passado, por ter cometido uma atitude desesperadora só revelada no final.
Humano, poético, intimista, o filme, o primeiro dirigido por Philippe Claudel, é um forte exercício psicológico sobre reintegração social. Para mulheres sentirem a essência da alma de Juliette e se emocionarem. Por Felipe Brida