Indicado ao Oscar como melhor diretor por "O sol é para todos" em 1963, o cineasta Robert Mulligan morreu na última sexta-feira (dia 19) aos 83 anos. Ele sofria de problemas cardíacos.
Irmão mais velho do falecido ator Richard Mulligan (1932-2000), Robert nasceu no Bronx, Nova York, em 23 de agosto de 1925. Iniciou a carreira na primeira metade dos anos 50, dirigindo filmes para TV e seriados. Dentre os trabalhos desse período estão "Suspense", "The Alcoa Hour", "Studio One" e "Playhouse 90".
No cinema dirigiu 20 filmes. Sua estréia deu-se em 1957 com "Vencendo o medo", cujo elenco contava com Anthony Perkins e Karl Malden. Logo depois vieram duas fitas com Tony Curtis como protagonista - "A taberna das ilusões perdidas" (1960) e "O grande impostor" (1961). Ainda em 1961 dirigiu "Quando setembro vier", clássica comédia romântica estrelada por Rock Hudson e Gina Lollobrigida. Voltou a trabalhar com Hudson no ano seguinte, em "Labirinto de paixões".
A partir de 1962 Mulligan foi responsável por filmes que receberam uma série de indicações ao Oscar. "O sol é para todos" ganhou três prêmios da Academia, dentre eles o de melhor ator para Gregory Peck. "O preço de um prazer" (1963) foi indicado a cinco categorias no Oscar - uma delas melhor atriz para Natalie Wood. O drama "À procura do destino" (1965) recebeu três indicações, incluindo atriz coadjuvante para a veterana Ruth Gordon, e a comédia dramática "Tudo bem no ano que vem" (1978), quatro.
Em 1971 Mulligan dirigiu "Verão de 72", filme-símbolo da época - aqui no Brasil recebeu o título de "Houve uma vez um verão". O drama projetou a atriz carioca Jennifer O'Neill ao mundo do cinema e deu a Michel Legrand o Oscar de melhor música.
Outros trabalhos do diretor incluem "Subindo por onde se desce" (1967), "A noite da emboscada" (1968), "A inocente face do terror" (1972), "Irmãos de sangue" (1978), "Clara's heart" (1988) e "No mundo da lua" (1991), seu último trabalho. Por Felipe Brida
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