Maligno
Madison (Annabelle Wallis) é uma mulher que sofre com constantes visões
de assassinatos. Sem saber o que ocorre em sua mente, procura médicos e
psicólogos, sem sucesso. Até que os crimes se tornam reais. Madison então
desvenda um fato horripilante.
James Wan, produtor, roteirista e diretor nascido na Malásia, ganhou
espaço no cinema de terror hollywoodiano com as franquias milionárias de “Jogos
mortais”, “Invocação do mal” e “Sobrenatural”. Boa parte deles foi bem recebido
pelo público, outros dividiu a crítica, e continuações pipocaram nas telas,
além de spin-offs. Pode-se dizer que Wan ajudou a reinventar o cinema de horror
contemporâneo nos Estados Unidos.
Depois de se arriscar em universos diferentes, dirigindo a ação “Velozes
& furiosos 7” (2015) e a fita de super-heróis da DC Comics “Aquaman” (2018)
– diga-se de passagem dois bons trabalhos dele – Wan fez em “Maligno” um original
thriller de terror em homenagem ao cinema de horror chinês e tailandês oitentista,
que lembra vagamente “Enfeitiçados” (1981) e “Uma história chinesa de
fantasmas” (1987), misturando situações bizarras, pitadas de sobrenatural,
lutas marciais e mortes macabras com muito sangue.
A bela e boa atriz inglesa Annabelle
Wallis, de “Annabelle” (2014) e “A múmia” (2017), interpreta uma mulher
atormentada por crimes horrendos. De repente seu quarto fica escuro, parece que
vive uma maldição. Com a ajuda da irmã e de médicos, tenta entender o que se
passa em sua mente. Até que os crimes acontecem de verdade, e o principal
suspeito é um homem misterioso de roupa preta, de couro. Mas o filme não para
aí: da metade para o fim ele dá uma reviravolta danada de impressionante para
apresentar a identidade do temível assassino (e se prepare, é uma das
revelações mais ousadas e chocantes do cinema). O diretor, inspirado por outros
estilos cinematográficos, insere elementos do slasher/giallo, coloca humor
negro (há cenas, como a da delegacia e a do hospital, em que rimos da tragédia)
e muita escatologia e por fim pode ser visto como um cinema trash confessional,
no melhor sentido da palavra. Foi até elogiado por nada mais nada menos que
Stephen King, um dos mestres do horror.
O roteiro é de James Wan junto de Akela Cooper (que esse ano fez nova
parceria com Wan, em “M3gan”) e Ingrid Bisu (junto com Wan produziu o filme,
esse é o primeiro script dela, que é romena e trabalha como atriz, de filmes
como “A freira”).
Lançado em DVD e Bluray
pela Warner Bros (ambos com muitos extras no disco), está também disponível
para assinantes no Amazon Prime Video e HBO Max e para aluguel em plataformas
de streaming como Oi Play, Apple TV e GooglePlay.
Maligno (Malignant). EUA/China, 2021, 111
minutos. Terror/Ação. Colorido. Dirigido por James Wan. Distribuição: Warner
Bros.
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