sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Cine Lançamento


Maligno


Madison (Annabelle Wallis) é uma mulher que sofre com constantes visões de assassinatos. Sem saber o que ocorre em sua mente, procura médicos e psicólogos, sem sucesso. Até que os crimes se tornam reais. Madison então desvenda um fato horripilante.

James Wan, produtor, roteirista e diretor nascido na Malásia, ganhou espaço no cinema de terror hollywoodiano com as franquias milionárias de “Jogos mortais”, “Invocação do mal” e “Sobrenatural”. Boa parte deles foi bem recebido pelo público, outros dividiu a crítica, e continuações pipocaram nas telas, além de spin-offs. Pode-se dizer que Wan ajudou a reinventar o cinema de horror contemporâneo nos Estados Unidos.
Depois de se arriscar em universos diferentes, dirigindo a ação “Velozes & furiosos 7” (2015) e a fita de super-heróis da DC Comics “Aquaman” (2018) – diga-se de passagem dois bons trabalhos dele – Wan fez em “Maligno” um original thriller de terror em homenagem ao cinema de horror chinês e tailandês oitentista, que lembra vagamente “Enfeitiçados” (1981) e “Uma história chinesa de fantasmas” (1987), misturando situações bizarras, pitadas de sobrenatural, lutas marciais e mortes macabras com muito sangue.


A bela e boa atriz inglesa Annabelle Wallis, de “Annabelle” (2014) e “A múmia” (2017), interpreta uma mulher atormentada por crimes horrendos. De repente seu quarto fica escuro, parece que vive uma maldição. Com a ajuda da irmã e de médicos, tenta entender o que se passa em sua mente. Até que os crimes acontecem de verdade, e o principal suspeito é um homem misterioso de roupa preta, de couro. Mas o filme não para aí: da metade para o fim ele dá uma reviravolta danada de impressionante para apresentar a identidade do temível assassino (e se prepare, é uma das revelações mais ousadas e chocantes do cinema). O diretor, inspirado por outros estilos cinematográficos, insere elementos do slasher/giallo, coloca humor negro (há cenas, como a da delegacia e a do hospital, em que rimos da tragédia) e muita escatologia e por fim pode ser visto como um cinema trash confessional, no melhor sentido da palavra. Foi até elogiado por nada mais nada menos que Stephen King, um dos mestres do horror.




O roteiro é de James Wan junto de Akela Cooper (que esse ano fez nova parceria com Wan, em “M3gan”) e Ingrid Bisu (junto com Wan produziu o filme, esse é o primeiro script dela, que é romena e trabalha como atriz, de filmes como “A freira”).
Lançado em DVD e Bluray pela Warner Bros (ambos com muitos extras no disco), está também disponível para assinantes no Amazon Prime Video e HBO Max e para aluguel em plataformas de streaming como Oi Play, Apple TV e GooglePlay.

Maligno (Malignant). EUA/China, 2021, 111 minutos. Terror/Ação. Colorido. Dirigido por James Wan. Distribuição: Warner Bros.

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