A bolha assassina
Uma misteriosa forma de
vida vem do espaço, cai na Terra e passa a se alimentar de gente. É uma gosma
rosa que cresce atacando tudo o que vê pelo caminho. Um grupo de moradores
tenta eliminar a criatura, com ajuda da polícia e de cientistas.
Um pequeno cult B do
finzinho dos anos de 1950, um entretenimento à moda antiga, fita scifi com
terror e mistério, sobre uma gosma maligna que vem do espaço sideral, dentro de
um meteorito, e cai numa cidadezinha rural. Ela come pessoas e cresce de forma
assustadora.
Rodado na Pensilvânia,
em pouco mais de 20 dias, com orçamento barato (U$ 240 mil), o filme traz
efeitos especiais consideráveis para a época, quando investia-se nos efeitos
3D. A bolha era feita de um silicone com corante vermelho, enchida com ar como
se fosse uma bexiga; as imagens dela eram captadas isoladamente e depois
inseridas em primeiro plano, dando a impressão de que elas eram enormes,
maiores que os personagens do filme (ou seja, um processo artesanal com truques
de imagens e montagem).
Também era moda a
abertura dos filmes com número musical (aqui aproveitaram a ascensão do
rock'n'roll e da pop music - a música que abre fala de uma bolha assassina e
foi composta por Burt Bacharach, falecido em fevereiro aos 94 anos).
Originalmente da
Paramount Pictures, é uma fita rápida e divertida, inconfundível e nostálgica,
com a primeira aparição em cena do futuro astro Steve McQueen - ele tinha 27
anos, antes havia feito como figurante seriados, depois se tornaria importante
ator de faroeste e policial, de obras célebres como "Sete homens e um
destino" (1960), "Fugindo do inferno" (1963), "Bullitt"
(1968) e "Papillon" (1973).
Escrito por uma mulher,
a atriz Kay Linaker, que assinava Kay Phillips, seu único script para cinema
(ela atuou em fitas dos anos 40 como "O canto da vitória"). E foi um
dos cinco filmes dirigidos Irvin S. Yeaworth Jr., que fez filmes de terror como
"Quarta dimensão" (1959).
Quem assiste não esquece
(tem uma cena memorável, quando a bolha ataca um cinema lotado!). Também conhecido
como “A bolha”, deu origem, trinta anos depois (em 1988), a um remake com mais
terror e suspense, que virou um cult movie pelos fãs, inúmeras vezes reprisado
na TV aberta. Essa primeira versão, de 1958, sai em DVD numa edição de
colecionador pela Classicline, com extras e card colecionável.
A bolha assassina (The blog). EUA, 1958, 86 minutos. Terror/Ficção
científica. Colorido. Dirigido por Irvin S. Yeaworth Jr. Distribuição:
Classicline
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