sábado, 30 de setembro de 2023

Cine Cult


A bolha assassina


Uma misteriosa forma de vida vem do espaço, cai na Terra e passa a se alimentar de gente. É uma gosma rosa que cresce atacando tudo o que vê pelo caminho. Um grupo de moradores tenta eliminar a criatura, com ajuda da polícia e de cientistas.

Um pequeno cult B do finzinho dos anos de 1950, um entretenimento à moda antiga, fita scifi com terror e mistério, sobre uma gosma maligna que vem do espaço sideral, dentro de um meteorito, e cai numa cidadezinha rural. Ela come pessoas e cresce de forma assustadora.
Rodado na Pensilvânia, em pouco mais de 20 dias, com orçamento barato (U$ 240 mil), o filme traz efeitos especiais consideráveis para a época, quando investia-se nos efeitos 3D. A bolha era feita de um silicone com corante vermelho, enchida com ar como se fosse uma bexiga; as imagens dela eram captadas isoladamente e depois inseridas em primeiro plano, dando a impressão de que elas eram enormes, maiores que os personagens do filme (ou seja, um processo artesanal com truques de imagens e montagem).
Também era moda a abertura dos filmes com número musical (aqui aproveitaram a ascensão do rock'n'roll e da pop music - a música que abre fala de uma bolha assassina e foi composta por Burt Bacharach, falecido em fevereiro aos 94 anos).
Originalmente da Paramount Pictures, é uma fita rápida e divertida, inconfundível e nostálgica, com a primeira aparição em cena do futuro astro Steve McQueen - ele tinha 27 anos, antes havia feito como figurante seriados, depois se tornaria importante ator de faroeste e policial, de obras célebres como "Sete homens e um destino" (1960), "Fugindo do inferno" (1963), "Bullitt" (1968) e "Papillon" (1973).
Escrito por uma mulher, a atriz Kay Linaker, que assinava Kay Phillips, seu único script para cinema (ela atuou em fitas dos anos 40 como "O canto da vitória"). E foi um dos cinco filmes dirigidos Irvin S. Yeaworth Jr., que fez filmes de terror como "Quarta dimensão" (1959).





Quem assiste não esquece (tem uma cena memorável, quando a bolha ataca um cinema lotado!). Também conhecido como “A bolha”, deu origem, trinta anos depois (em 1988), a um remake com mais terror e suspense, que virou um cult movie pelos fãs, inúmeras vezes reprisado na TV aberta. Essa primeira versão, de 1958, sai em DVD numa edição de colecionador pela Classicline, com extras e card colecionável.

A bolha assassina (The blog). EUA, 1958, 86 minutos. Terror/Ficção científica. Colorido. Dirigido por Irvin S. Yeaworth Jr. Distribuição: Classicline

Nenhum comentário: