46ª Mostra de Cinema de
SP começa dia 20 com 231 filmes na programação
Se você é de São Paulo e
curte cinema, anote na agenda. De 20 de outubro a 02 de novembro haverá mais
uma edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É a 46ª edição desse
evento que reúne filmes premiados de diversos lugares do mundo. Na manhã do último
sábado, dia 01/10, ocorreu a coletiva de imprensa para anunciar a programação da
mostra. Serão 231 filmes de 60 países, apresentados nas seções ‘Perspectiva
Internacional’, ‘Competição Novos Diretores’, ‘Mostra Brasil’ e ‘Apresentação
Especial’. Na noite de abertura, o filme exibido será o ganhador da Palma de
Ouro esse ano, “Triângulo da tristeza”, do diretor sueco Ruben Östlund. Um
filme aguardado pelos cinéfilos e que causou polêmica em Cannes, do mesmo
diretor de “The square – A arte da discórdia” (2017), também ganhador da Palma
de Ouro e exibido na Mostra de SP.
O pôster da Mostra de 2022
foi criado por Eduardo Kobra, artista plástico e muralista dos mais importantes
da atualidade. Na arte criada por ele vemos uma garota tocando a lua do filme
“Viagem à lua” (1902), de George Méliès. A vinheta foi apresentada na coletiva
e está disponível no Youtube, em -
https://www.youtube.com/watch?v=9vkPCxHqmRg, assim como foi lançado o site da
Mostra (
https://46.mostra.org). A programação, incluindo o valor dos
ingressos e credenciais, e as salas e horários de exibição de cada filme, serão
disponibilizados no site em breve.
A 46ª Mostra de Cinema
de SP será presencial, em cinemas da capital (em breve sai a lista dos lugares)
e online (nas plataformas Sesc Digital e SP Cine Play).
O júri desse ano é composto
pelos diretores de cinema Rodrigo Areias, Lina Chamie e André Novais Oliveira.
O prêmio Leon Cakoff será entregue para a atriz e cantora Dóris Monteiro, e a
Mostra irá exibir filmes restaurados com participação dela, como “Agulha no
palheiro” (1953). Já o prêmio Humanidade irá para a cineasta brasileira Ana
Carolina - a Mostra trará uma retrospectiva com três filmes de Ana Carolina, “Mar
de rosas” (1978), “Das tripas coração” (1982) e “Sonho de valsa” (1987), além
da apresentação de seu trabalho, o inédito “Paixões recorrentes” (2022).
Haverá ainda homenagem
ao cineasta Arnaldo Jabor, falecido esse ano, com exibição da cópia restaurada
de “Eu te amo” (1980), e ao diretor Jean-Luc Godard, com exibição do inédito
“Até sexta, Robinson” (2022).
Outros filmes antigos
recém-restaurados serão exibidos em sessões especiais: “A mãe e a puta” (1972)
e “Meus pequenos amores” (1974), ambos de Jean Eustache, “Deus e o diabo na
terra do sol” (1964, de Glauber Rocha), “A rainha diaba” (1973, de Antônio
Carlos da Fontoura) e “Bratan” (1991, de Bakhtyar Khudojnazarov).
A Mostra 2022 abre ainda
ao público exibições de “Durval discos” (2002) e curtas-metragens em primeira mão de cineastas renomados, como “A camareira” (2022), de Lucrecia Martel e “Le pupille” (2022), de Alice Rohrwacher, além de dois episódios da série dinamarquesa “The Kingdom exodus” (2022), de Lars von Trier.
Terá também o retorno
das apresentações em VR (Realidade Virtual), com oito filmes de várias
nacionalidades, como Brasil, Holanda, Peru, Bélgica e Itália, bem como o lançamento
de três livros e o “II Encontro de Ideias Audiovisuais”, espaço para debater ideias
e incentivar projetos audiovisuais. E por fim, as tradicionais exibições no
vão-livre do Masp voltarão (aguardem a programação, que deve sair até o final
dessa semana).
Filmes da edição de
2022
Na 46ª. Mostra serão
exibidos filmes premiados em festivais como Berlim, Veneza, Cannes, Toronto,
Tribeca, Sundance, San Sebastian, Locarno e Sitges, de diretores e diretoras
renomados, como Alejandro González Iñárritu, Albert Serra, José Eduardo
Belmonte, Claire Denis, Peter Strickland, Diego Lerman, Hong Sang-soo, James
Gray, Alê Abreu, Denis Côté, Mia Hansen-Love), Alexandr Sokurov, Isabel Coixet,
Carlos Saura, Jafar Panahi, Marcelo Gomes, Julia Murat e outros.
Nesse ano, a Mostra traz
13 longas pré-selecionados ao Oscar, dentre eles “Nada de novo no front”
(Alemanha, de Edward Berger), “Bardo” (México, de Alejandro G. Iñárritu), indicado
ao Leão de Ouro em Veneza, “Pilgrims” (Lituânia, de Laurynas Bareisa), ganhador
do prêmio de melhor filme no Venice Horizons, no Festival de Veneza, e “Alcarrás”
(Espanha, de Carla Simón), ganhador do Urso de Ouro em Berlim.
Outros filmes de
destaque na Mostra:
“A cozinha” (Brasil), de Johnny
Massaro
“A esposa de Tchaikovsky”
(Rússia/França), de Kirill Serebrennikov
“A mãe” (Brasil), de Cristiano Burlan
“A noiva” (Portugal), de
Sérgio Tréfaut
“Aldeotas” (Brasil), de Gero Camilo
“Armageddon time”
(EUA/Brasil), de James Gray
“As paredes falam”
(Espanha), de Carlos Saura
“Ciclo” (Brasil), de Ian SBF
“Com amor e fúria” (França), de Claire
Denis
“Conto de fadas” (Rússia/Bélgica), de
Alexander Sokurov
“Flux Gourmet” (Reino Unido/EUA/Hungria),
de Peter Strickland
“Fumar causa tosse” (França), de
Quentin Dupieux
“Noite exterior” (Itália),
de Marco Belocchio
“O deus do cinema” (Japão), de Yôji
Yamada
“O filme da escritora” (Coreia
do Sul), de Hong Sang-Soo
“O pastor e o guerrilheiro” (Brasil),
de José Eduardo Belmonte
“O suplente” (Argentina/México/Espanha/Itália),
de Diego Lerman
“O teto amarelo” (Espanha),
de Isabel Coixet
“O visitante” (Bolívia/Uruguai),
de Martín Boulocq
“One fine morning” (França), de Mia
Hansen-Løve
“Pacifiction” (França/Espanha/Alemanha/Portugal),
de Albert Serra
“Paloma” (Brasil), de Marcelo Gomes
“Regra 34” (Brasil), de Julia Murat
“Sem ursos” (Irã), de Jafar Panahi
“Terra de Deus” (Dinamarca/Islândia),
de Hlynur Pálmason
“That kind of summer”
(Canadá), de Denis Côté
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