O músico Glenn Miller (James Stewart) começa cedo a escrever sua
história, que ficou conhecida no mundo inteiro. Nos anos 30, ele dá os
primeiros passos no cenário musical e vê o fracasso de sua primeira banda de
estrada. No entanto, Miller não desiste e segue em frente diante dos percalços.
Conhece a mulher de sua vida, Helen Burger (June Allyson), que o auxiliará a
trilhar o sucesso.
Anthony Mann, diretor recorrente em filmes épicos como “El Cid” (1961) e
faroestes, dentre eles “Winchester ‘73” (1950) e “Um Certo Capitão Lockhart”
(1955), assinou aqui a cinebiografia de um dos maiores músicos e instrumentistas
de jazz na era do swing, o bandleader Glenn Miller (1904-1944), escalando James
Stewart para o papel central. Stewart ficou parecido com o verdadeiro Miller,
na época o ator tinha 46 anos e precisava aparentar metade da idade – a
maquiagem deu conta do recado. O ator já era consagrado nos EUA desde a década
de 30 e já havia trabalhado com Mann (os dois filmes de faroeste citados acima
são com ele).
O drama tem números musicais bem coreografados, e o recorte dado é de
parte da juventude de Miller, quando jovem criou sua primeira orquestra, até ingressar
no exército como capitão, depois major e diretor da banda da Força Aérea
americana durante a Segunda Guerra. Trombonista, visitava fronts de guerra para
entreter os soldados. Numa viagem do Reino Unido a Paris, o avião em que estava
desapareceu, e até hoje nunca foram encontrados nem destroços nem corpos
(Miller foi dado como morto nesse “desastre de avião” em 1944). Deixou
composições notórias e até hoje tocadas em festas (e que aparecem no filme),
como “Moonlight serenade” (parte da memorável trilha sonora de “O iluminado”,
de Stanley Kubrick), “Chatanooga Choo-Choo”, “In the mood” e “A string of
Pearls”.
O filme ganhou o Oscar de melhor som, indicado ainda a melhor roteiro e
melhor trilha sonora e ao Bafta de ator para Stewart. Aliás, Stewart estava no
auge fazendo filmes de Alfred Hitchcock (nesse mesmo ano faria “Janela
indiscreta”) e foi par romântico de June Allysson várias vezes, como em “Sangue
de campeão” (1949) e “Comandos do ar” (1955). O filme é bonito, nostálgico,
conta com uma boa reconstituição do mundo do jazz e um final choroso.
Em DVD e bluray pela Classicline, relançados recentemente e já
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Música e lágrimas (The Glenn Miller story).
EUA, 1954, 115 minutos. Drama/Musical. Colorido. Dirigido por Anthony Mann.
Distribuição: Classicline (DVD e Bluray)
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