Cinco pessoas são sequestradas próximo do Dia das Bruxas e levadas para um cárcere chamado "Murder World". Elas são forçadas a participar de um sangrento jogo. O objetivo é sobreviver 12 horas naquele estranho lugar, tomado por palhaços assassinos e sádicos psicopatas.
Mais um filme de terror gore e bizarro de Rob Zombie, disponível no Brasil (e apesar de tudo acaba sendo um dos melhores trabalhos dele, devido à história inusitada e o elenco, que comento abaixo). Zombie é um músico do estilo Groove/Metal (criador da banda White Zombie) e cineasta independente que roda seus filmes com baixo custo (este foi de U$ 1,4 milhões), sempre com uma proposta sanguinária estilizando a violência – dele temos “A casa dos 1000 corpos” (2003), as continuações “Rejeitados pelo diabo” (2005) e “Os 3 infernais” (2019), e o reboot de “Halloween” que dividiu a opinião do público, “Halloween – O início” (2007).
Saiba antes de assistir que é uma fita de terror violentíssima, com mortes pesadas, decapitações, sadismo, histeria e sangue pra todo lado. Ou seja, para público restrito (acredito que muitos acharão insuportável).
No elenco foram escalados atores e atrizes veteranos do cinema britânico, três que consegui identificar, Malcolm McDowell, o eterno Alex de “Laranja mecânica”, Judy Geeson (de “Ao mestre, com carinho”) e Jane Carr (de “A primavera de uma solteirona”), todos cheios de maquiagem, irreconhecíveis. E tem participação de Meg Foster (sempre me vem à memória seu papel em “O casal Osterman”) e Sheri Moon Zombie, esposa do diretor, que aparece em todos seus longas.
Como fã de terror, curti e fiquei impressionado com as cenas explícitas de mortes e violência. Não tem meio termo com Zombie: ou você irá gostar ou irá detestar.
31 (Idem). Reino Unido/EUA, 2016, 102 minutos. Terror. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Rob Zombie. Distribuição: California Filmes
Uma retrospectiva da vida do escritor brasileiro Graciliano Ramos, a partir de depoimentos de amigos e imagens de arquivo da família.
Este é o primeiro documentário biográfico (e tido como oficial) que reconta a trajetória do escritor brasileiro Graciliano Ramos (1892-1953), alagoano de nascença, que além de romancista trabalhou como cronista, tradutor, contista, jornalista, político, militante comunista e memorialista. Expoente da literatura no Brasil dos anos 30, figura polêmica na cena literária, revolucionou o modo de escrever com sua prosa única e os temas urgentes.
O filme é composto por depoimentos de escritores, historiadores, familiares e amigos próximos de Ramos, como Oscar Niemeyer e Lêdo Ivo, gravados em close-up, em que contam histórias engraçadas, algumas sobre política, outras de boemia e aventuras, falam do processo criativo dele e relembram fatos reais que o inspiraram a escrever suas principais obras, com destaque para “Vidas secas”, “Angústia” e “São Bernardo”.
Indico especialmente para apreciadores de documentários, para aqueles que gostam de literatura brasileira e acima de tudo queiram assistir a uma boa fita biográfica sobre uma pessoa genial do nosso país.
Do diretor Sylvio Back, cineasta de ficção e documentarista (de “Aleluia, Gretchen”), o doc está inserido no box “Cinemateca Sylvio Back – volume 2”, com cinco outros trabalhos dele, “O Contestado: Restos mortais” (2010), “Lost Zweig (2003), “Lance maior” (1968), “República Guarani” (1982) e “Revolução de 30” (1980).
O universo Graciliano (Idem). Brasil, 2013, 84 minutos. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Sylvio Back. Distribuição: Versátil
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