quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

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RETROSPECTIVA 2015

Os Melhores e os Piores de 2015 (Parte 1)

Como todo dia 31 de dezembro, segue o balanço dos melhores e piores filmes de 2015. Para fracionar o arquivo longo, posto agora a lista dos piores, segundo minha avaliação de crítico de cinema, com breves comentários na frente. Fujam destes!!!
PS: Insiro mais tarde aqui - e também no blog 'Cinema na Web' - a lista dos melhores do ano.

Piores de 2015




O garoto da casa ao lado
Novo desastre nuclear da atriz e cantora Jennifer Lopez, num filmeco de suspense de dar dó. É a velha história de uma mulher madura que se apaixona pelo vizinho garotão, sem saber que é ele um psicopata. O rapaz, um tal de Ryan Guzman, tem a pior atuação que já vi no cinema. O roteiro é um caco, as reviravoltas, previsíveis e fúteis. Jennifer se dá melhor com o microfone...

Pixels
Por pouco não saio da sala de cinema no meio do filme (nunca fiz isso, mas essa comédia com Adam Sandler é dose pra burro). O argumento seria curioso se desenvolvido com mais cuidado por outro diretor ou outro roteirista. Vejam bem: o planeta Terra é invadido por personagens de jogos de arcade clássicos (fliperama), como Pac Man e Donkey Kong, e um grupo de nerds de informática se reúnem para destruí-los. O que detona e muito são os atores com piadas sem graça, como Adam Sandler, Peter Dinklage, Kevin James, Michelle Monaghan e outros coadjuvantes exagerados. Outrora o diretor Chris Columbus teve gabarito (Esqueceram de mim, Uma babá quase perfeita) e agora se mete nessa enrascada. Crianças (e só) deverão curtir - mas não vão entender as referências aos jogos antigos.

Quarteto Fantástico
Houve duas tentativas de levar “Quarteto fantástico” da Marvel para os cinemas, cujo resultado foi para público teen menos exigente. Tinha tudo para dar certo o novo filme com os quatro super-heróis, mas a bomba explodiu. O início é legal, com as invenções mirabolantes, porém derrapa feio até o final. Não tem nada de ação nem adrenalina (o que espera o público), fica num vai e vem para contar as origens dos heróis e logo termina. Acrescentem aí efeitos visuais falhos, que lembram fitas menores dos anos 80 exibidas na Sessão da Tarde. Os fãs odiaram, e os que não são fãs também.

Poltergeist: O fenômeno
Ai, ai, ai... fizeram o remake do filmão de Tobe Hooper de 1982, com resultado pífio. De péssimo gosto, imita descaradamente cenas antológicas do clássico de horror (como a do palhaço e a do armário), e o elenco não está feliz na produção (leia-se o casal central, Sam Rockwell e Rosemarie DeWitt). Pra que isso, meu Deus? Vale ressaltar que os vários remakes de fitas de horror deram-se mal, como Carrie, A hora do pesadelo e Sexta-feira 13.

A forca
O filme é a verdadeira corda no pescoço! Jovens recriam uma peça escolar em que, décadas antes, pessoas morreram na encenação. E novas mortes brutais voltam a ocorrer. Imaginem agora um filme mal desenvolvido, feito às pressas, em fundo de quintal, de qualidade duvidosa. Sem falar nos atores novatos. Também, pergunto: o que poderíamos esperar de uma história desse naipe?

Alvin e os esquilos: Na estrada
Só as crianças, bem crianças mesmo, aguentarão a nova aventura (a quarta da franquia) dos três esquilos, agora em viagem em Miami. Eles falam demais na cabeça e cantam com aquela voz fininha, que irrita. Jesus! Nenhum dos três filmes anteriores deu muito certo.

Exorcismo no Vaticano
Mais um filme em primeira pessoa, agora um bem fuleiro sobre possessão demoníaca. Virou moda, todos querem fazer um parecido e nenhum acerta. Ruim de doer, não assusta (ao contrário, faz rir pela péssima qualidade do projeto). Teve outro com título parecido, também mal cotado pela crítica, que não assisti, chamado “Exorcistas do Vaticano”.

Carga explosiva: O legado
Quarto filme da franquia, e o pior sem dúvida, agora sem o astro de ação Jason Statham (o charme especial dos anteriores). Na verdade é um prólogo mal resolvido da série, protagonizado por um jovem ator canastrão, Ed Skrein, perdido em lutas e tiroteio, num roteiro horroroso sobre como tudo começou com o mercenário Frank Martin. Desnecessário.

Belas e perseguidas
Cotado para entrar no top list dos piores dos últimos tempos, essa comedinha sem vergonha traz a ganhadora do Oscar Reese Witherspoon no ingrato papel de uma policial com a missão de proteger a viúva de um poderoso traficante de drogas, a insuportável Sofía Vergara (ela passa o filme chorando e falando aos berros). Fracasso de bilheteria e de crítica. Nem arrisque!

The ridiculous 6
A nova comédia faroeste produzida e estrelada por Adam Sandler diretamente para o Netflix fica pau a pau, quase disparado, como o pior dos últimos anos. Estreou em streaming esse mês e olha, vou te contar... é incrível a incapacidade do diretor Frank Coraci, que já desenvolveu vários comédias em parceria com Sandler. Grosseiro, com piadas infames e escatológicas, faz um trocadilho com o novo western do Tarantino, “The hateful eight”. Com elenco de peso (Nick Nolte, Harvey Keitel), todos estão desperdiçados numa bobeira sem fim. Haja saco!

Até que a sorte nos separe 3: A falência final
Leandro Hassum, 70 quilos mais magro, volta no filme de fim de ano que é sucesso nas bilheterias brasileiras. Não aguento suas caretas (ele tenta imitar Jerry Lewis, já confessou ser fã number one do humorista americano e até o colocou no filme anterior da série). Tudo gira num besteirol danado, com reviravoltas tolas. Os coadjuvantes também estão mal à beça. Segue em cartaz nos cinemas desde semana passada.

50 tons de cinza
50 tons de nada. Nem sexo, nem emoção, nem criatividade. Teve uma bilheteria grande no mundo inteiro – a história sobre fetiche atrai olhares curiosos, porém o resultado ficou abaixo do esperado. Como produto de cinema foi uma péssima escolha de elenco. Não li os livros de E.L. James (e nem tenho interesse), mas a impressão é que o filme ficou tímido nas telas. Juvenil demais para meu gosto.

O destino de Júpiter
Uma das mais mal sucedidas fitas de ficção científica que conheço. E olha que foi dirigida pelos irmãos Wachowski, os mesmos do revolucionário “Matrix”, ou seja, tinha tudo para dar certo. Faltou pique dos diretores e erraram com figurino e cenografia feia. Ah, tem no elenco central o fortão Chaning Tatum (que acerta raramente), outro ponto fraco do projeto. Um dos maiores fracassos de bilheteria de 2015.

O imperador
Três filmes estrelados por Nicolas Cage participam da lista dos piores de 2015. Esta é desastrosa em todos os aspectos. Cage bate o carimbo como um dos piores atores da atualidade, que infelizmente jogou a carreira no lixo, e já tem a fama de canastrão. A história gira no confronto de clãs na China medieval, mal reconstruída em termos de produção de cinema. Figurino pobre, cenografia danosa, direção torta, lutas medíocres. E tem o triste retorno ao cinema do Anakin Skywalker, Hayden Christensen.

Fator de risco
Aqui Nicolas Cage é um congressista envolvido em escândalo sexual em meio a uma tragédia ambiental, a de um vazamento de petróleo. Entendeu? Pois nada se relaciona direito nesse drama político desastroso. Outra péssima investida na carreira de Cage, o canastrão do momento.

Vingança ao anoitecer
Já ouviram falar em Paul Schrader, roteirista de Operação Yakuza, Taxi driver, Touro indomável, e diretor de Gigolô Americano e A marca da pantera. Pois, pasmem, ele dirigiu essa porcaria do ano – e dois anos antes, dirigiu outro filme horroroso, de penar, com a Lindsay Lohan, “The Canyons”, que fizeram bem em não lançar no Brasil. A história absurda de um agente da CIA com demência (Cage, o demente) que sai à caça de um antigo terrorista que o assombrava. Fita policial mequetrefe, que nem novato faz e que jamais deveria ter sido dirigida pelo ex-bam bam bam do cinema Paul Schrader.

Segurança de shopping 2
Paul Blart está de volta, mais desastrado, agora na cidade de Las Vegas com sua filha gordinha. Difícil tarefa para o telespectador suportar os atores Kevin James e Raini Rodriguez (interpretando pai e filha), numa comédia

Atividade paranormal: Dimensão fantasma
Enésimo filme da franquia que a cada ano perde público - já estamos cansados de tanta besteira! Com efeitos visuais de quinta categoria, é todo gravado (como sempre) em estilo “primeira pessoa”, e neste novo episódio infeliz os humanos descobrem um estranho portal para o além, que desperta a fúria dos fantasmas. O cúmulo do absurdo: vendido, novamente, como um documentário de verdade!

A ressaca 2
Haja paciência para esta fita medíocre e insana, continuação da fraquíssima comédia “A ressaca” (2010), sobre um grupo de amigos que usam uma banheira de hidromassagem para viajar no tempo. Retomaram o elenco original (o quarteto formado Rob Corddry, John Cusack, Craig Robinson e Clark Duke) com piadas grotescas que só falam de sexo, além de banalidades. Ruim, ruim, ruim...

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