O colecionador
Freddie
Clegg (Terence Stamp) é um tímido bancário, que nas horas vagas estuda
entomologia. Tem como hobby colecionar borboletas, caçando espécimes em áreas
rurais. Seus dias são vazios, até desenvolver estranha fixação por uma jovem,
estudiosa em artes, chamada Miranda Grey (Samantha Eggar). Ele então rapta a
garota e a aprisiona no porão de uma velha casa de campo, integrando-a em sua
coleção particular.
Samantha
Eggar e Terence Stamp venceram, com mérito, os prêmios de melhor atriz e ator
no Festival de Cannes em 1965 por esse filme perturbador sobre paranoia e
solidão, baseado no famoso best seller de John Fowles. Bastante cultuado, o
elegante suspense marcou a década de 60, reescreveu o gênero e agora, para
deleite dos cinéfilos, chega ao Brasil em DVD, em excelente cópia restaurada
pela Versátil.
O
diretor William Wyler era mestre em tudo, percorria qualquer gênero, desde
épicos (“Ben Hur”), romance (“A princesa e o plebeu”), drama de guerra (“Os
melhores anos de nossas vidas”), faroeste (“Da terra nascem os homens”) e,
soberbamente, sabia fazer suspense, como o inquestionável “O colecionador”.
Rodado
dentro de um decrépito sótão escuro, o trabalho magistral de Wyler se reduz a
poucos ambientes e a dois únicos personagens – a história fica afixada no
bancário atormentado e em sua nova espécie de coleção, a garota raptada, ambos
em busca de respostas existenciais, num jogo intenso de tensão e medo.
De
um ponto de vista singular, o suspense serve como um estudo prático da obsessão
e do fascínio levado às últimas consequências.
Recebeu
três indicações ao Oscar (diretor, atriz para Samantha e roteiro adaptado) e
concorreu ainda à Palma de Ouro em Cannes - no Globo de Ouro, Samantha ganhou o
prêmio de atriz.
Filme
importante da Sétima Arte e obrigatório aos cinéfilos. Por Felipe Brida
O
colecionador (The collector). Inglaterra/EUA, 1965, 119 min. Suspense.
Colorido. Dirigido por William Wyler. Distribuição: Versátil. Disponível em
DVD.
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