Versatilizando
A
indústria de entretenimento enfrenta, desde 2006, a ferro e fogo, uma recessão
global, que, aliada à pirataria e à crise econômica, faz recuar, por exemplo, o
mercado de locação e o de venda de filmes em DVD. No Brasil, quem sobrevive são
as majors e poucas outras distribuidoras independentes, como a Versátil Home
Video, a nossa “Criterion”, que resgata títulos inéditos, em versões restauradas
para colecionador, com som e imagem dignos de deslumbramento.
A
cada mês, a inventiva Versátil lança, para deleite dos amantes da Sétima Arte, obras
raríssimas, em edições simples ou em box especial. As embalagens são de
embasbacar qualquer cinéfilo, devido ao primor do material gráfico – as
coleções vem em formato digistack com arte de capa impecável, que embeleza a
prateleira do público que as adquirir!
Isto
demonstra que mesmo diante do recuo do mercado de DVDs e desse turbilhão da
crise, a Versátil não se intimidou; pelo contrário, segue com uma força
descomunal. Nesse mês de maio, para se ter uma ideia, a distribuidora restaurou
os seguintes títulos esquecidos: “Armadilha mortal” (um suspense tétrico, com
humor negro, do mestre Sidney Lumet) e “O jogador” (comédia satírica e
metalinguística sobre o mundo do cinema, cheia de referências, dirigida por
Robert Altman), além de dois boxes impressionantes, “A arte de Mario Bava” (com
quatro obras raras do cineasta italiano que transitam entre o terror, o
suspense e o policial, “A maldição do demônio”, “O alerta vermelho da loucura”,
“A garota que sabia demais” e “Cães raivosos”) e “Cinema Faroeste”, reunindo na
caixa filmes de diretores icônicos do western americano, como John Ford e
Anthony Mann, produzidos entre 1940 e 1960 (os longas são “Audazes e malditos”,
“O homem que luta só”, “Almas em fúria", "Comando negro”, “Paixão
selvagem” e “Reinado do terror”).
Aprovou?
Se a resposta for positiva, que tal saber de outros lançamentos de 2015 da
Versátil? Na lista encontramos o lírico drama italiano “Estamos todos bem”, de
Giuseppe Tornatore, o telefilme sueco “Na presença de um palhaço”, de Ingmar
Bergman, e também as coleções “Zumbis no cinema”, “Clássicos Sci-fi”, “A arte
de John Cassavetes” e “A arte de Samuel Fuller”. Não acaba por aí! Esta é
apenas um gostinho da vitalidade da Versátil nessa uma década de existência – e
para o segundo semestre haverá novidade atrás de novidade.
Ainda
sobre os filmes da Versátil, de um tempo para cá as coleções em DVD (e outras
até em Blu-ray) saem com cards especiais contendo a capa original dos longas
ali contidos, com extras imperdíveis, como making of, entrevistas, final
alternativo, trailers, tudo devidamente legendado. Os
cinéfilos agradecem felizes, com certeza. E vida longa à Versátil, que segue
como uma locomotiva a 200 quilômetros por hora nos difíceis trilhos do mercado brasileiro
de DVDs.
Por Felipe Brida
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