domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cine Lançamento


R.I.P.D. – Agentes do além

O policial Nick (Ryan Reynolds) acaba de ser assassinado. Sua alma segue para a Divisão Descanse em Paz (RIPD), um departamento que atua secretamente em algum lugar na Terra. Lá se torna parceiro de trabalho do veterano e destemido agente Roy (Jeff Bridges). A nova missão da dupla será a de localizar o assassino de Nick, porém na busca ambos irão se confrontar com perigosas almas.

Definição básica de “R.I.P.D. – Agentes do além”: “Homens de preto” encontra “Os caça-fantasmas”. A relação torna evidente a ideia desse projeto mal feito e capenga que poderia ter dado certo: dois agentes policiais mortos atuam num departamento sigiloso de caça a almas de bandidos. Um é o jovem Nick (Ryan Reynolds, sempre o mesmo, sem tirar nem por – o que é um sinal de decadência, pois o cara nunca muda), que vira parceiro de um agente velho de guerra e ranzinza, Roy (Jeff Bridges, repetindo índole, trejeitos e vestimenta de ‘Bravura indômita’). Em meio a almas penadas encrenqueiras e criaturas podres metamorfoseadas em humanos, a dupla corre contra o tempo para capturar o assassino de Nick (que será a revelação do final do filme, algo já esperado pelo público mais atento).
Os efeitos visuais de segunda categoria deixam impressão de uma fita B de qualidade duvidosa, feita às pressas. Triste é ver Jeff Bridges, ganhador do Oscar, num papel desastroso, comprovando seu mau momento da carreira, já que aceita todos os tipos de papéis que aparecem. De Reynolds não tenho o que falar... Tem ainda participação de Kevin Bacon (como um outro policial) e Mary-Louise Parker.
A trama parecia até então curiosa, no entanto tudo afunila para o mau gosto, o corre-corre óbvio e o previsível. Quem assistiu “MIB” e “Ghostbusters” não precisa tomar uma dose desse entretenimento meia-boca, que teve péssima aceitação da crítica estrangeira e uma bilheteria horrorosa (custou U$ 130 milhões e rendeu apenas U$ 33 milhões no mundo todo). Um equívoco sem tamanho de um diretor até então criativo, Robert Schwentke, de “Red – Aposentados e perigosos”. Por Felipe Brida

R.I.P.D. – Agentes do além (R.I.P.D.). EUA, 2013, 96 min. Ação. Dirigido por Robert Schwentke. Distribuição: Universal

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