A história sem fim
Fascinado por leitura, o garoto Bastian (Barret Oliver) foge com um misterioso livro de uma livraria e o esconde em casa. Quando começa a folhear aquelas páginas, percebe estar dentro de “Fantasia”, uma longínqua terra habitada por elfos, um gigante de pedra, um dragão da sorte com rosto de cachorro e um guerreiro chamado Atreyu (Noah Hathaway). Junto com esses personagens, Bastian se envolverá em aventuras inesquecíveis.
Quem nunca ouviu falar de “ A história sem fim”? Grande sucesso no mundo inteiro (menos nos EUA), essa encantadora fita de aventura cativou toda uma geração dos anos 80, sendo reprisada na TV infinitas vezes. Façanha brilhante!
O cineasta alemão Wolfgang Petersen contabilizou pontos na carreira ao acertar no roteiro, baseado no romance de Michael Ende. Ele escreveu em parceria com o amigo conterrâneo Herman Weigel, que optaram em manter os aspectos originais da história. O resultado não poderia ser outro: uma produção mágica, com visual rico em detalhes que remonta um espaço onírico, a terra de “Fantasia”, onde vivem figuras míticas do bem e do mal. Aliás, os personagens das páginas do livro que o garoto Bastian lê são perseguidos por uma força maior, sobrenatural, chamada de “Nada”, que só assume forma real no desfecho.
A mensagem é positiva, e o filme registra uma direção de arte impecável, que reúne elementos visuais do nosso imaginário para compor a criatividade do jovem fissurado em ler “A história sem fim”. Ou seja, é uma fita que dialoga sobre a imaginação e o poder que a leitura exerce sobre nossa capacidade de enxergar o mundo (e conhecê-lo melhor).
Rodado em estúdios em Munique, custou muito para a época (U$ 27 milhões), sendo o filme mais caro produzido na Alemanha. Virou uma das obras cinematográficas mais populares e famosas dos anos 80, abrindo caminhos para o diretor Petersen, que logo foi para Hollywood trabalhar – nos Estados Unidos dirigiu filmes nervosos de ação, como “Mar em fúria” e “Força Aérea Um”.
Traz cenas emocionantes e memoráveis, como a do cavalo branco atolado no lamaçal. E quem não se lembra da música-tema, “Neverending story”, cantada pelo inglês Limahl, sucesso nas rádios brasileiras inclusive?
Devido ao sucesso estrondoso, teve duas sequências inferiores – a primeira em 1990, “A história sem fim II”, com elenco diferente e outro diretor (George Miller, da trilogia “Mad Max” e “Babe – O porquinho atrapalhado”), e a outra em 1994, ainda mais irregular.
No Brasil saiu em versão reduzida com oito minutos a menos que a chamada versão internacional.
Já disponível em DVD, com dublagem em português da época, sem extras, e em duas edições: uma com o filme original e a outra com a segunda parte. Por Felipe Brida
A história sem fim (The neverending story). EUA/ Alemanha Ocidental, 1984, 94 min. Diigido por Wolfgang Petersen. Distribuição: Warner
Fascinado por leitura, o garoto Bastian (Barret Oliver) foge com um misterioso livro de uma livraria e o esconde em casa. Quando começa a folhear aquelas páginas, percebe estar dentro de “Fantasia”, uma longínqua terra habitada por elfos, um gigante de pedra, um dragão da sorte com rosto de cachorro e um guerreiro chamado Atreyu (Noah Hathaway). Junto com esses personagens, Bastian se envolverá em aventuras inesquecíveis.
Quem nunca ouviu falar de “ A história sem fim”? Grande sucesso no mundo inteiro (menos nos EUA), essa encantadora fita de aventura cativou toda uma geração dos anos 80, sendo reprisada na TV infinitas vezes. Façanha brilhante!
O cineasta alemão Wolfgang Petersen contabilizou pontos na carreira ao acertar no roteiro, baseado no romance de Michael Ende. Ele escreveu em parceria com o amigo conterrâneo Herman Weigel, que optaram em manter os aspectos originais da história. O resultado não poderia ser outro: uma produção mágica, com visual rico em detalhes que remonta um espaço onírico, a terra de “Fantasia”, onde vivem figuras míticas do bem e do mal. Aliás, os personagens das páginas do livro que o garoto Bastian lê são perseguidos por uma força maior, sobrenatural, chamada de “Nada”, que só assume forma real no desfecho.
A mensagem é positiva, e o filme registra uma direção de arte impecável, que reúne elementos visuais do nosso imaginário para compor a criatividade do jovem fissurado em ler “A história sem fim”. Ou seja, é uma fita que dialoga sobre a imaginação e o poder que a leitura exerce sobre nossa capacidade de enxergar o mundo (e conhecê-lo melhor).
Rodado em estúdios em Munique, custou muito para a época (U$ 27 milhões), sendo o filme mais caro produzido na Alemanha. Virou uma das obras cinematográficas mais populares e famosas dos anos 80, abrindo caminhos para o diretor Petersen, que logo foi para Hollywood trabalhar – nos Estados Unidos dirigiu filmes nervosos de ação, como “Mar em fúria” e “Força Aérea Um”.
Traz cenas emocionantes e memoráveis, como a do cavalo branco atolado no lamaçal. E quem não se lembra da música-tema, “Neverending story”, cantada pelo inglês Limahl, sucesso nas rádios brasileiras inclusive?
Devido ao sucesso estrondoso, teve duas sequências inferiores – a primeira em 1990, “A história sem fim II”, com elenco diferente e outro diretor (George Miller, da trilogia “Mad Max” e “Babe – O porquinho atrapalhado”), e a outra em 1994, ainda mais irregular.
No Brasil saiu em versão reduzida com oito minutos a menos que a chamada versão internacional.
Já disponível em DVD, com dublagem em português da época, sem extras, e em duas edições: uma com o filme original e a outra com a segunda parte. Por Felipe Brida
A história sem fim (The neverending story). EUA/ Alemanha Ocidental, 1984, 94 min. Diigido por Wolfgang Petersen. Distribuição: Warner