Um homem misterioso
Jack (George Clooney) é um matador de aluguel aposentado, que acabara de se mudar para o interior da Itália a fim de tentar nova vida. No entanto, ao receber um telefonema secreto, não resiste ao misterioso convite: montar uma arma especial e, com ela, eliminar alguns alvos já selecionados. Jack, sem saber, passa a ser perseguido, pois se tornara peça-chave de uma trama mortal.
Bom drama policial com um dos maiores atores de Hollywood, George Clooney, em mais um papel sério, calado, desiludido. Baseado no romance “A very private gentleman”, do falecido escritor britânico Martin Booth, tem roteiro firme de Rowan Joffe (filho do famoso cineasta Roland Joffe), que não explica muito sobre a identidade do personagem, no caso o matador profissional, nem dá detalhes sobre a última missão dele na Itália. Por isso, pairam interrogações no ar, que, por outro lado, são superadas graças às belas locações na Europa (com fotografia primorosa de Martin Ruhe), à trilha sonora vivaz do pouco conhecido Herbert Grönemeyer e um desfecho desencantado, que será, para parte do público, frio demais.
Mas a intenção do filme é ser desse jeito como foi concebido: árido, sem concessão alguma, sem mostrar a essência dos personagens (até mesmo porque o matador de aluguel preserva seu ‘eu’, esconde-se sob disfarces, ninguém sabe dele).
Clooney, não é novidade, é ator maduro, e aqui está especialmente ótimo com seu Jack inescrupuloso, assassino sem dó, misterioso – apesar de tudo charmoso, que atrai a atenção das belas mulheres italianas. O ponto crucial é acompanhar a tarefa derradeira desse homem desencantado com a vida, dividido entre uma nova paixão (uma moça por quem se apaixona) e o trabalho imoral.
Quem conhece cinema vai notar aqui uma típica fita policial européia, que lembra as francesas da Nouvelle Vague. Um filme sólido, pra gente adulta. Conheça. Por Felipe Brida
Um homem misterioso (The american). EUA, 2010, 104 min. Drama/Policial. Dirigido por Anton Corbijn. Distribuição: Universal
Um comentário:
Achei muito bom. Realmente lembra os policiais franceses.
Abração e apareça
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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