Jogo sujo
A luta de Barbara e Alan
O detetive Lou Torrey (Charles Bronson) é transferido de Nova York a Los
Angeles, onde terá de investigar uma complexa rede de crimes cometidos pela
máfia siciliana.
Vigoroso filme policial com Charles Bronson, que foi o rosto do cinema
de ação dos anos 70, aqui repetindo o papel de um investigador durão, disposto
a ir até o fim para resolver os casos que caem em suas mãos. Realizado no auge
da Nova Hollywood, durante as grandes transformações nas produções do cinema
americano, que propunha um viés mais autoral nas obras, esse thriller violento
com boas cenas de ação é um prato cheio para os fãs de cinema policial e do
ator Charles Bronson – em mais uma parceria com o diretor inglês Michael Winner;
juntos fizeram o faroeste ‘Renegado vingador’ (1972), o notórios filme de ação
que ganhou remake ‘Assassino a preço fixo’ (1972) e a retumbante trilogia
‘Deseja de matar’, um clássico absoluto, rodada entre 1974 e 1985.
O vencedor do Oscar Martin Balsam interpreta o vilão, o chefe da máfia
siciliana, perseguido pelo detetive que quer desmantelar sua quadrilha.
Baseado no livro de John Gardner, com roteiro de Gerard Wilson,
roteirista de outros filmes de Winner, como ‘Mato em nome da lei’ (1971) e um
de meus preferidos, ‘Scorpio’ (1973).
Em DVD, disponível no box ‘Cinema Policial – vol. 8’, da Versátil Home
Video, caixa que reúne três bons clássicos do gênero, ‘Os 26 do expresso
postal’ (1967), ‘O golpe de John Anderson’ (1971) e ‘Duas ovelhas negras’ (1974).
Jogo sujo (The stone killer). EUA, 1973, 95 minutos.
Ação/Policial. Colorido. Dirigido por Michael Winner. Distribuição: Versátil
Home Video
A luta de Barbara e Alan
Barbara Lisicki (Ruth Madeleye) e Alan Holdsworth (Arthur Hughes) são
dois deficientes físicos que lutam pelos direitos dos PCDs na Grã-Bretanha do
final dos anos 80.
É incrível como tem filmes bons escondidos no catálogo da Netflix. Esse,
por exemplo, assisti quando foi lançado lá em setembro de 2022, e essa semana
revi com muita satisfação. Que filme bonito, delicado, com dois ótimos atores (desconhecidos),
que esbanjam talento e carisma – os dois são PCDs, a atriz Ruth Madeleye é
cadeirante, fez séries no Reino Unido, e Arthur Hughes, também ator de seriados
e novelas no Reino Unido, tem deficiência nas mãos, braços e pernas. Eles
interpretam os reais ativistas Barbara Lisicki e Alan Holdsworth, que eram
artistas de rua e lideraram enormes manifestações na Grã-Bretanha entre 1989 e
1993 em busca de seus direitos e dos direitos de toda a comunidade com
deficiência física, motora e intelectual.
O filme é muito curto, tem apenas 67 minutos, parece um episódio de
série, e recomendo todos assistirem. Enquanto os atores contracenam para contar
essa história de superação e luta, há reportagens da época entrelaçadas no
filme, com narração da atriz principal.
Roteiro de Jack Thorne, roteirista colaborador de vários filmes, como
‘Extraordinário’ (2017), ‘Enola Holmes’ (2020) e ‘As nadadoras’ (2022). O filme
foi produzido e distribuído pela BBC no Reino Unido; depois, em parceria com a
Netflix, a BBC distribuiu o longa no restante do mundo.
A luta de Barbara e Alan (Then
Barbara met Alan). Reino Unido, 2022, 67 minutos. Drama.
Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Bruce Goodison e Amit Sharma.
Distribuição: Netflix
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