quinta-feira, 31 de março de 2022
Cine Clássico
terça-feira, 29 de março de 2022
Especial de Cinema
O Oscar 2022,
considerada uma das premiações mais importantes do cinema, foi realizado na
noite do último domingo (dia 27), marcado por momentos imprevisíveis, dentre
eles a entrega de melhor filme ao drama ‘No ritmo do coração’ e até uma briga
com direito a tapa na cara entre Will Smith e Chris Rock. Quanto aos prêmios, a
ficção científica ‘Duna’ levou a maior quantidade de estatuetas para casa, seis,
quase todas de parte técnica, como efeitos visuais, som e fotografia. Já ‘Ataque
dos cães’, que liderava as indicações, com 12 no total, ganhou apenas a de
direção, para Jane Campion (ela é a terceira mulher a ganhar o prêmio de
direção, antecedida por Kathryn Bigelow e Chloé Zhao).
Foi considerada uma
premiação que privilegiou a inclusão e a diversidade, entregando prêmios de
ator coadjuvante a Troy Kotsur, que é surdo, pelo filme ‘No ritmo do coração’,
e de melhor filme estrangeiro a ‘Drive my car’, que trata também da surdez e da
Língua de Sinais. Dois atores negros ganharam prêmios de destaque: Will Smith, como
melhor ator por “King Richard”, e Ariane Debose como atriz coadjuvante por “Amor,
sublime amor”. Além disso, Jessica Chastain venceu melhor atriz por “Os olhos
de Tammy Faye”, um filme biográfico que traz a personagem de uma líder
religiosa que apoiou movimentos gays e a luta contra a Aids.
Uma polêmica viralizou
no Oscar 2022: o tapa na cara que Will Smith deu em Chris Rock, após o
apresentador fazer uma piada com a esposa de Will, Jada Pinkett-Smith, por ela
estar sem cabelos (devido a uma doença). Ontem, a Academia se posicionou contra
o ato de violência, soltando uma nota de repúdio, e informando que irá avaliar
a atitude do astro. No mesmo dia, Smith se desculpou nas redes sociais.
Dois momentos marcantes
da festa foi a comemoração dos 28 anos de ‘Pulp Fiction’ e dos 50 anos de ‘O
poderoso chefão’: subiram no palco os atores Samuel L. Jackson, Uma Thurman e
John Travolta, para relembrar o filmão policial de Quentin Tarantino, e depois
Al Pacino, Robert De Niro e Francis Ford Coppola também fizeram o mesmo, para
lembrar do clássico filme de máfia.
Veja abaixo a lista com
os premiados.
Melhor filme
"No ritmo do
coração"
Melhor direção
Jane Campion -
"Ataque dos cães"
Melhor atriz
Jessica Chastain -
"Os olhos de Tammy Faye"
Melhor ator
Will Smith - "King
Richard: Criando campeãs"
Melhor atriz
coadjuvante
Ariana DeBose -
"Amor, sublime amor"
Melhor ator
coadjuvante
Troy Kotsur -
"No ritmo do coração"
Melhor filme
internacional
"Drive my car"
- Japão
Melhor roteiro
adaptado
"No ritmo do
coração"
Melhor roteiro
original
"Belfast"
Melhor figurino
"Cruella"
Melhor trilha sonora
"Duna"
Melhor animação
"Encanto"
Melhor documentário
"Summer of Soul
(...ou Quando a revolução não pôde ser televisionada)"
Melhor som
"Duna"
Melhor canção
original
"No time to
die" - "Sem tempo para morrer"
Melhor maquiagem e
cabelo
"Os olhos de
Tammy Faye"
Melhores efeitos
visuais
"Duna"
Melhor fotografia
"Duna"
Melhor edição
"Duna"
Melhor design de
produção
"Duna"
Melhor curta de
animação
"The windshield
wiper"
Melhor curta-metragem
em live action
"The long
goodbye"
Melhor documentário
de curta-metragem
"The queen of
basketball"
domingo, 27 de março de 2022
Especial de Cinema
Festival ‘É Tudo
Verdade’ começa na próxima quinta-feira
E tem início no dia 31
de março a 27ª edição do festival internacional “É Tudo Verdade”, com uma
programação com dezenas de documentários brasileiros e estrangeiros, gratuitos
para o público. O festival, um dos mais importantes do Brasil na área de
documentário, segue até o dia 10 de abril (abaixo, o pôster oficial dessa edição do Festival).
Para esse ano a
curadoria selecionou 77 títulos entre longas, médias e curtas-metragens de 34
países, todos inéditos, em sessões online e presenciais em quatro salas de São
Paulo e duas no Rio de Janeiro. No formato online será possível conferir as
produções nas plataformas É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural Play e Sesc
Digital – há limite de visualizações por filme, que ficará disponível somente
por 24h. Haverá ainda retrospectivas, em homenagem aos cineastas Ugo Giorgetti
e Ana Carolina, e sessões de clássicos, além de debates, conferências e master
classes.
Há filmes premiados em festivais internacionais como Sundance, Toronto e Berlim. O evento conta com patrocínio do Itaú, parceria do Sesc-SP e apoio cultural da SPCINE, Riofilme e Itaú Cultural, com realização da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal. A direção do festival é de Amir Labaki.
Alguns filmes de
destaque para a edição de 2022
“A História do Olhar”
(The Story of Looking) – Reino Unido, 2021, 90’
O diretor Mark Cousins se prepara para uma cirurgia para recuperar a visão. Ele explora o papel da experiência visual em nossa vida individual e coletiva, numa meditação pessoal sobre o poder que o olhar tem em sua própria vida, nos guiando através das riquezas do mundo visível, em um caleidoscópio de imagens extraordinárias que atravessa épocas e culturas.
“A História do Cinema:
Uma Nova Geração” (The Story of Film: A New Generation) – Reino Unido, 2021, 160’
O diretor Mark Cousins oferece esperança e otimismo ao explorar filmes diversos e falar de como a tecnologia está mudando o curso do cinema no novo século, e a Covid-19, continuando esse processo.
“O Território” (The
Territory) – Brasil/Dinamarca/EUA, 2022, 83’
Uma rede de agricultores brasileiros se apodera de uma área protegida na floresta tropical amazônica. Um jovem líder indígena e seu mentor lutam para defender a terra e um grupo isolado que vive nas profundezas da selva.
“JFK Revisitado: Através
do espelho” (JFK Revisited: Through the Looking Glass) – EUA, 2021, 117’
Arquivos que deixaram de ser sigilosos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy são examinados em um contexto amplo, com o objetivo de elucidar o que realmente aconteceu em 1963.
“Belchior – Apenas um
Coração Selvagem” - Brasil, 2022, 90′
Antônio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes (1946-2017) é revelado em um autorretrato que mergulha no coração selvagem do poeta, cantor e compositor de Sobral (CE).
“Rubens Gerchman: O Rei
do Mau Gosto” - Brasil, 2022, 76′
O documentário retrata Rubens Gerchman (1942-2008) e sua arte que, com cenas urbanas e do cotidiano, fazem da precariedade brasileira um valor. Estreia Mundial.
“Adeus, Capitão” - Brasil,
2022, 175′
O “capitão” Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião (PA), que morreu em 2016, conta para suas filhas e netas as guerras internas entre grupos de seu povo até a transferência dos sobreviventes para a gleba Mãe Maria.
“Assassinos Sem Punição”
(Getting Away With Murder(s)) - Reino Unido, 2021, 175′
Os Aliados concordaram em processar todos os responsáveis pelo Holocausto quando elaboraram o Acordo de Londres, em 1945. Mas, depois do fim da década de 1940, esses mesmos Aliados não fizeram quase nada. Por quê?
“Kurt Vonnegut:
Desprendido no Tempo” (Kurt Vonnegut: Unstuck in Time) - EUA, 2021, 126′
O filme reconta a vida extraordinária do escritor Kurt Vonnegut e sua amizade de 25 anos com o cineasta que se dispôs a documentá-la.
“Riotsville, EUA”
(Riotsville, USA) - EUA, 2022, 91′
Usando apenas imagens de arquivo, o filme explora a militarização da polícia norte-americana, e cria uma contranarrativa sobre a reação do país aos levantes do final dos anos 1960.
“Tantura” - Israel,
2022, 85′
No fim dos anos 1990, Teddy Katz conduziu uma pesquisa sobre o massacre em larga escala que teria ocorrido na aldeia de Tantura em 1948. Esse trabalho mais tarde foi contestado e a reputação de Katz, arruinada.
“Ultravioleta e as
Gangues Cuspidoras de Sangue” (Ultraviolette et le Gang des Cracheuses de Sang)
- França, 2021, 74′
Uma adolescente desafia a escola, a doença, os médicos e a morte, e abraça todo mundo que encontra, e lidera uma gangue de garotas que também estão doentes, “As Cuspidoras de Sangue”.
“Navalny” - EUA, 2022, 98′
Um “thriller” documental
sobre como um dos líderes da oposição russa ao regime autoritário de Vladimir
Putin sobreviveu a uma tentativa de assassinato por envenenamento em 2020,
identificou os responsáveis pelo atentado e apesar de tudo retornou à Rússia
para prosseguir em sua militância democrática.