O diretor e roteirista
português Manoel de Oliveira faleceu ontem aos 106 anos, em sua cidade natal, Porto,
após uma parada cardíaca. Em oito décadas dedicadas ao cinema, dirigiu cerca de
40 filmes, além de dezenas de curtas-metragens.
Nascido em 1908, Oliveira
era o principal expoente do cinema português, ainda em atividade. Dos longas
dirigidos, cinco deles receberam indicação à Palma de Ouro em Cannes: “Os
canibais” (1988), “O convento” (1995), “A carta” (1999 – prêmio do júrio no
Festival), “Je rentre à la maison (2001) e “O princípio da incerteza” (2002). Ganhou
o Leão de Ouro em Veneza por "O sapato de cetim” (1985).
Oliveira estreou no
cinema como ator, no filme “Fátima Milagrosa” (1928) e participou ainda de dez produções,
como o famoso filme "A Canção de Lisboa" (1933).
Aos 23 anos, em 1931,
estreou como diretor, no documentário “Douro, faina fluvial”, e nessas oito
décadas não parou mais. Dentre seus trabalhos como diretor estão “Francisca “(1981),
"A divina comédia" (1991), "Não, ou a vã glória de mandar"
(1990), "Um filme falado" (2003), o premiado “Singularidades de uma
rapariga loira” (2009), “O estranho caso de Angélica” (2010) e “O gebo e a
sombra” (2012).
Também produtor,
diretor de fotografia e editor, Oliveira deixa a esposa, Maria Isabel Brandão
de Meneses de Almeida Carvalhais, e quatro filhos.
O diretor de
fotografia tcheco Miroslav Ondrícek faleceu no último sábado, dia 28 de março,
aos 80 anos, em sua terra natal, Praga.
Parceiro de trabalho
do renomado diretor também tcheco Milos Forman, recebeu duas indicações ao
Oscar em dois filmes do cineasta: "Na época do Ragtime” (1981) e “Amadeus”
(1984) - Ondrícek também dirigiu a fotografia de Os amores de uma loura (1965),
O baile dos bombeiros (1967), Se (1968), Procura insaciável (1971), Hair
(1979), Valmont - Uma história de seduções (1989).
completou recentemente
50 anos de cinema
fez também parceria
com o cineasta George Roy Hill, com quem trabalhou em três de seus filmes -
Matadouro cinco (1972), O mundo segundo Garp (1982) e Uma fazenda do barulho
(1988), e também com a diretora Penny Marshall, com que fez quatro filmes:
Tempo de despertar (1990), Uma equipe muito especial (1992), Um anjo em minha
vida (1996) e Os garotos da minha vida (2001)
Outros filmes: O
corpo de Diana (1969), Um homem de sorte (1973), Silkwood - O retrato de uma
coragem (1983), F/X - Assassinato sem morte (1986). Deixa um filho, o
premiado diretor David Ondrícek. Por Felipe Brida
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