quinta-feira, 2 de abril de 2015

Morre o renomado diretor português Manoel de Oliveira



O diretor e roteirista português Manoel de Oliveira faleceu ontem aos 106 anos, em sua cidade natal, Porto, após uma parada cardíaca. Em oito décadas dedicadas ao cinema, dirigiu cerca de 40 filmes, além de dezenas de curtas-metragens.
Nascido em 1908, Oliveira era o principal expoente do cinema português, ainda em atividade. Dos longas dirigidos, cinco deles receberam indicação à Palma de Ouro em Cannes: “Os canibais” (1988), “O convento” (1995), “A carta” (1999 – prêmio do júrio no Festival), “Je rentre à la maison (2001) e “O princípio da incerteza” (2002). Ganhou o Leão de Ouro em Veneza por "O sapato de cetim” (1985).
Oliveira estreou no cinema como ator, no filme “Fátima Milagrosa” (1928) e participou ainda de dez produções, como o famoso filme "A Canção de Lisboa" (1933).
Aos 23 anos, em 1931, estreou como diretor, no documentário “Douro, faina fluvial”, e nessas oito décadas não parou mais. Dentre seus trabalhos como diretor estão “Francisca “(1981), "A divina comédia" (1991), "Não, ou a vã glória de mandar" (1990), "Um filme falado" (2003), o premiado “Singularidades de uma rapariga loira” (2009), “O estranho caso de Angélica” (2010) e “O gebo e a sombra” (2012).
Também produtor, diretor de fotografia e editor, Oliveira deixa a esposa, Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais, e quatro filhos.
  
Miroslav Ondrícek

O diretor de fotografia tcheco Miroslav Ondrícek faleceu no último sábado, dia 28 de março, aos 80 anos, em sua terra natal, Praga.
Parceiro de trabalho do renomado diretor também tcheco Milos Forman, recebeu duas indicações ao Oscar em dois filmes do cineasta: "Na época do Ragtime” (1981) e “Amadeus” (1984) - Ondrícek também dirigiu a fotografia de Os amores de uma loura (1965), O baile dos bombeiros (1967), Se (1968), Procura insaciável (1971), Hair (1979), Valmont - Uma história de seduções (1989).
completou recentemente 50 anos de cinema
fez também parceria com o cineasta George Roy Hill, com quem trabalhou em três de seus filmes - Matadouro cinco (1972), O mundo segundo Garp (1982) e Uma fazenda do barulho (1988), e também com a diretora Penny Marshall, com que fez quatro filmes: Tempo de despertar (1990), Uma equipe muito especial (1992), Um anjo em minha vida (1996) e Os garotos da minha vida (2001)
Outros filmes: O corpo de Diana (1969), Um homem de sorte (1973), Silkwood - O retrato de uma coragem (1983), F/X - Assassinato sem morte (1986). Deixa um filho, o premiado diretor David Ondrícek. Por Felipe Brida

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