Morre o premiado diretor de fotografia de "O senhor dos anéis" e "O hobbit", Andrew Lesnie

Faleceu ontem aos 59 anos o diretor de fotografia australiano Andrew Lesnie, após sofrer um infarto fulminante. Premiado com o Oscar de melhor fotografia por "O senhor dos anéis: A sociedade do anel" (2001), foi parceiro de trabalho do cineasta Peter Jackson, trabalhando juntos na trilogia de "O senhor dos anéis" e de "O hobbit", além de King Kong (2005) e Um olhar do paraíso (2009).

Lesnie ainda fez a fotografia de filmes como Babe: O porquinho atrapalhado (1995), Corações roubados (1996), Babe: O porquinho atrapalhado na cidade (1998), Eu sou a lenda (2007), O último mestre do ar (2010), Planeta dos macacos: A origem (2011) e Promessas de guerra (2014 - que será lançado no Brasil em março desse ano). Por Felipe Brida

Comentários do blogueiro

Sangue, carne humana, cérebro. Zumbizada solta!

Versátil apresenta esse mês o superbox "Zumbis no Cinema", digistack com dois DVDs contendo quatro bons filmes do gênero, para botar medo até nos cinéfilos mais durões. Na caixa tem o emblemático "A noite dos mortos-vivos" (1968 - que abriu escola), o criativo "A noite do terror cego" (1972), o arrepiante "Não se deve profanar o sono dos mortos" (1974) e o bom terrir "A noite dos arrepios" (1986).

Atenção: os dvds são acompanhados de quatro cards incríveis com as capas originais das produções cinematográficas - sem contar a sensacional arte gráfica do estojo. Por Felipe Brida

Resenha Especial

A revolução dos bichos

Na fazenda Granja do Solar os animais convivem, a duras penas, com os maus tratos dos humanos. Um dia, os porcos organizam uma rebelião, com apoio das vacas, dos cavalos e das galinhas, e conseguem expulsar seus donos daquelas terras. Montam suas próprias leis, seguindo uma corrente chamada de Animalismo, e progressivamente criam um Estado igualitário. Porém, os porcos abandonam as regras e assumem a liderança implantando um regime ditatorial de terror.

Inédito em DVD no Brasil, "A revolução dos bichos" é uma animação britânica para adultos, baseada fielmente no fantástico e controverso livro de George Orwell, e que recebeu indicação ao Bafta na categoria. Assim como na famosíssima obra literária, a história corresponde a uma sátira genial sobre o Totalitarismo e o Comunismo partindo as ações de um grupo de animais que vivem na metafórica Granja do Solar, que organizam um levante contra os maus tratos dos humanos. Após a expulsão dos homens rudes da fazenda, cria-se ali uma sociedade igualitária, seguidora das leis do Animalismo, mas que aos poucos se desmancha num regime totalitário – é celebre o ácido discurso “todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros”, justamente a ideia arbitrária de superioridade dos que atingem o alto escalão do poder de governança, abandonando e desmoralizando os próprios companheiros de jornada. As figuras de Lenin e Stalin são simbólicas na pele dos porcos (olhe só o animal escolhido!), e todo o ambiente é uma profunda alegoria da oposição dos mencheviques e bolcheviques na Rússia a partir de 1917, ou seja, nos primórdios do regime comunista.

Com traços e cores primitivas, quase artesanais, a animação política, dirigida por uma dupla de cineastas já falecidos e poucos lembrados no Brasil (um inglês, Joy Batchelor, e outro austro-húngaro, John Halas), mantém a estrutura literária de Orwell, com os principais diálogos e as passagens mais memoráveis - e para quem entende o assunto, será enriquecedor conhecer (é sempre bom antes de assistir ao desenho reler a complexa História da Rússia na virada do século XX).

Tenho o livro de Orwell como um de meus preferidos, e agora essa fantástica animação também (agora em DVD pela Versátil em cópia restaurada). Imperdível. Por Felipe Brida

A revolução dos bichos (Animal farm). Inglaterra, 1954, 72 min. Drama. Animação. Dirigido por Joy Batchelor e John Halas. Distribuição: Versátil

Morre o produtor de TV Roberto Talma

Faleceu na madrugada de hoje o diretor e produtor televisivo Roberto Talma, aos 65 anos. Teledramaturgo e responsável por inúmeras novelas e programas da TV Globo, Talma estava internado no Rio onde tratava de problemas renais.

Na TV Globo desde 1969, entre idas e vindas, dirigiu novelas como O grito, Selva de pedra, Saramandaia, Coração Alado, Baila comigo, O sorriso do lagarto, Rainha da sucata, Brega & Chique, Renascer e as versões recentes de O rebu e Gabriela.

Talma começou na Globo como editor no final da década de 60, e na emissora também desempenhou a função de coordenador de núcleo. Por um curto período de tempo trabalhou na TV Tupi e foi casado com a atriz Maria Zilda, com quem teve um filho. Por Felipe Brida

Especial de cinema

Cannes 2015

Divulgada a lista dos filmes que concorrem no Festival de Cannes (68a. edição). Evento será de 13 a 24 de maio. A abertura será com o filme francês "La Tête Haute", de Emmanuelle Bercot (fora da competição). Veja abaixo a relação completa dos competidores:

Competição oficial:

"Carol", de Todd Haynes (EUA)

"Dheepan" (título temporário), de Jacques Audiard (França)

"Il Racconto dei Racconti" (The Tale of Tales), de Matteo Garrone (Itália/França/Inglaterra)

"La Giovinezza" (Youth), de Paolo Sorrentino (Itália/França/Suíça/Inglaterra)

"La Loi du Marché" (A Simple Man), de Stéphane Brizé (França)

"Louder than Bombs", de Joachim Trier (Dinamarca/Noruega/França/EUA)

"Macbeth", de Justin Kurzel (Inglaterra)

"Marguerite et Julien", de Valérie Donzelli (França)

"Mia Madre", de Nanni Moretti (Itália/França)

"Mon Roi", de Maïwenn (França)

"Nie Yinniang" (The Assassin), de Hou Hsiao Hsien (Taiwan)

"Saul Fia" (Son of Saul), de László Nemes (Hungria)

"Shan He Gu Ren" (Mountains May Depart), de Jia Zhang-Ke (China/Japão)

"Sicario", de Denis Villeneuve (EUA)

"The Lobster", de Yorgos Lanthimos (Grécia/França/Holanda/Inglaterra/Irlanda)

"The Sea of Trees", de Gus Van Sant (EUA)

"Umimachi Diary" (Our Little Sister), de Hirokazu Kore-Eda (Japão)

Mostra 'Um Certo Olhar':

"Chauthi Koot" (The Fourth Direction), de Gurvinder Singh

"Comoara" (The Treasure), de Corneliu Porumboiu

"Hrútar" (Rams), de Grímur Hákonarson

"Je Suis un Soldat" (I Am a Soldier), de Laurent Larivière

"Kishibe no Tabi" (Journey to the Shore), de Kiyoshi Kurosawa

"Las Elegidas" (The Chosen Ones), de David Pablos

"Madonna", de Suwon Shin

"Maryland", de Alice Winocour

"Masaan" (Fly Away Solo), de Neeraj Ghaywan

"Mu-Roe-Han" (The Shameless), de Seung-Uk Oh

"Nahid", de Ida Panahandeh

"The Other Side", de Roberto Minervini

"Un Etaj Mai Jos" (One Floor Below), de Radu Muntean

"Zvizdan" (The High Sun), de Dalibor Matanic

Sessões da meia-noite:

"Amy", Asif Kapadia

"O Piseu" (Office), de Won-Chan Hong

Sessões especiais:

"Amnesia", de Barbet Schroeder

"Asphalte", de Samuel Benchetrit

"Hayored Lema'Ala", Elad Keidan

"Oka", de Souleymane Cisse

"Panama", Pavle Vuckovic

"Sipur al Ahava ve Choshech" (A Tale of Love and Darkness), de Natalie Portman

Fora de competição:

"Divertida Mente", de Pete Docter e Ronaldo Del Carmen

"Mad Max: Estrada da Fúria", de George Miller

"O Homem Irracional", de Woody Allen

"O Pequeno Príncipe", de Mark Osborne

(Por Felipe Brida)

Morre aos 79 anos o ator Geoffrey Lewis

Faleceu ontem aos 79 anos o ator Geoffrey Lewis, pai da atriz indicada ao Oscar Juliette Lewis. Geoffrey morreu de causas naturais em sua residência em Woodland Hills, Los Angeles, segundo informou a família à imprensa norte-americana.

Natural de San Diego, California, Geoffrey atuou em mais de 140 filmes, muitos deles faroestes dirigidos por Clint Eastwood, e recebeu indicação ao Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante no seriado "Flo" (1981). Dentre os trabalhos no cinema destacam-se O estranho sem nome (1973), Dillinger (1973), Meu nome é ninguém (1973), O último gole (1974), O vento e o leão (1975), Quando as águias se encontram (1975), Doido para brigar, louco para amar (1978), Tom Horn (1980), Bronco Billy (1980), O portal do paraíso (1980), Punhos de aço (1980), Cadillac cor-de-rosa (1989), Tango e Cash - Os vingadores (1989), Duplo impacto (1991), O passageiro do futuro (1992), O homem sem face (1993), A assassina (1993), Maverick (1994), Despedida de solteiro (1999), À sangue frio (2000) e Rejeitados pelo diabo (2005).

O ator era casado (pela segunda vez) e deixa seis filhos. Por Felipe Brida

Morre o diretor de fotografia Ricardo Della Rosa

Faleceu ontem aos 41 anos o diretor de fotografia brasileiro Ricardo Della Rosa, vítima de câncer.

Ex-surfista, Della Rosa formou-se em Cinema pela UCLA (Universidade da Califórnia), em Los Angeles, e iniciou os trabalhos no cinema em 2004.

Premiado em diversos festivais, Ricardo fez a fotografia de longas importantes da Sétima Arte brasileira, como “Olga” (2004), "Casa de areia” (2005), “O passado” (2007), “À deriva” (2009), “Lope” (2010), “O homem do futuro” (2011), "Os 3" (2011), “Amanhã nunca mais” (2011), "Os penetras" (2012) e “Rio, eu te amo” (2014). Por Felipe Brida

Morre o renomado diretor português Manoel de Oliveira

O diretor e roteirista português Manoel de Oliveira faleceu ontem aos 106 anos, em sua cidade natal, Porto, após uma parada cardíaca. Em oito décadas dedicadas ao cinema, dirigiu cerca de 40 filmes, além de dezenas de curtas-metragens.

Nascido em 1908, Oliveira era o principal expoente do cinema português, ainda em atividade. Dos longas dirigidos, cinco deles receberam indicação à Palma de Ouro em Cannes: “Os canibais” (1988), “O convento” (1995), “A carta” (1999 – prêmio do júrio no Festival), “Je rentre à la maison (2001) e “O princípio da incerteza” (2002). Ganhou o Leão de Ouro em Veneza por "O sapato de cetim” (1985).

Oliveira estreou no cinema como ator, no filme “Fátima Milagrosa” (1928) e participou ainda de dez produções, como o famoso filme "A Canção de Lisboa" (1933).

Aos 23 anos, em 1931, estreou como diretor, no documentário “Douro, faina fluvial”, e nessas oito décadas não parou mais. Dentre seus trabalhos como diretor estão “Francisca “(1981), "A divina comédia" (1991), "Não, ou a vã glória de mandar" (1990), "Um filme falado" (2003), o premiado “Singularidades de uma rapariga loira” (2009), “O estranho caso de Angélica” (2010) e “O gebo e a sombra” (2012).

Também produtor, diretor de fotografia e editor, Oliveira deixa a esposa, Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais, e quatro filhos.

  

Miroslav Ondrícek

O diretor de fotografia tcheco Miroslav Ondrícek faleceu no último sábado, dia 28 de março, aos 80 anos, em sua terra natal, Praga.

Parceiro de trabalho do renomado diretor também tcheco Milos Forman, recebeu duas indicações ao Oscar em dois filmes do cineasta: "Na época do Ragtime” (1981) e “Amadeus” (1984) - Ondrícek também dirigiu a fotografia de Os amores de uma loura (1965), O baile dos bombeiros (1967), Se (1968), Procura insaciável (1971), Hair (1979), Valmont - Uma história de seduções (1989).

completou recentemente 50 anos de cinema

fez também parceria com o cineasta George Roy Hill, com quem trabalhou em três de seus filmes - Matadouro cinco (1972), O mundo segundo Garp (1982) e Uma fazenda do barulho (1988), e também com a diretora Penny Marshall, com que fez quatro filmes: Tempo de despertar (1990), Uma equipe muito especial (1992), Um anjo em minha vida (1996) e Os garotos da minha vida (2001)

Outros filmes: O corpo de Diana (1969), Um homem de sorte (1973), Silkwood - O retrato de uma coragem (1983), F/X - Assassinato sem morte (1986). Deixa um filho, o premiado diretor David Ondrícek. Por Felipe Brida

Nota do blogueiro

Preparem-se para os (incríveis) lançamentos da Versátil desse mês de abril. Logo nas melhores lojas de DVD.

"Estamos todos bem" (1990, de Giuseppe Tornatore)

"Na presença de um palhaço" (1997, de Ingmar Bergman)

E dois boxes especiais, com os melhores filmes do gênero: "Zumbis no cinema" e "Clássicos Sci-fi". Por Felipe Brida