Uma
noite de crime
Em um futuro próximo,
devido às prisões superlotadas, a legislação norte-americana permite, uma vez
por ano, por 12 horas, que as pessoas cometam qualquer tipo de violência, seja
assassinato ou agressão, para extravasar o estresse. Nesse dia, chamado de
“Purgatório” (Purge), a polícia não prende ninguém, e isto elimina a chance de
novos delitos fora desse momento de crimes. Na noite do ‘Purge’, a residência
de um empresário do ramo de segurança monitorada chamado James (Ethan Hawke) é
invadida por criminosos insanos e mascarados, que espalham o terror entre a
família da vítima.
Fatalmente a sinopse
de “Uma noite de crime” desperta ampla curiosidade no público, pelo tom
original do roteiro. Pois até certo ponto a história tem enormes atrativos
diferenciados do cinema, com clima de tensão, medo, pavor e claustrofobia (os
personagens ficam trancados em casa ameaçados pelos assassinos, pelo lado de
fora). No percurso, a história não desvenda mistérios, derrapando em clichês
pobres do cinema, na tentativa de provocar pânico no telespectador, sem sucesso
algum. Os bandidos caçam os moradores daquele ambiente, sem estratégias ou
planos melhores, e a família vítima dá o troco com violência exacerbada. Aliás,
sangue tem de sobra, e mortes, idem, num espetáculo sensacionalista. Lembra
outro filme, baseado em fatos reais, chamado “Os estranhos” (2008) – este sim
era de impacto e assustador.
Assisti há algumas semanas e desaprovei o resultado. Para mim não serviu nem como passatempo, pois
fita de violência gratuita não é comigo. Costumo passar longe, e aconselho o
mesmo! O diretor, James DeMonaco, roteirista de “Jack” (1996) e “A negociação”
(1998), prepara a continuação para o próximo ano. Ai de nós... Por Felipe Brida
Uma
noite de crime (The
purge). EUA/França, 2013, 85 min. Suspense/Terror. Dirigido por James DeMonaco.
Distribuição: Universal
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