sábado, 16 de março de 2024

Resenhas especiais


Jogo sujo

O detetive Lou Torrey (Charles Bronson) é transferido de Nova York a Los Angeles, onde terá de investigar uma complexa rede de crimes cometidos pela máfia siciliana.

Vigoroso filme policial com Charles Bronson, que foi o rosto do cinema de ação dos anos 70, aqui repetindo o papel de um investigador durão, disposto a ir até o fim para resolver os casos que caem em suas mãos. Realizado no auge da Nova Hollywood, durante as grandes transformações nas produções do cinema americano, que propunha um viés mais autoral nas obras, esse thriller violento com boas cenas de ação é um prato cheio para os fãs de cinema policial e do ator Charles Bronson – em mais uma parceria com o diretor inglês Michael Winner; juntos fizeram o faroeste ‘Renegado vingador’ (1972), o notórios filme de ação que ganhou remake ‘Assassino a preço fixo’ (1972) e a retumbante trilogia ‘Deseja de matar’, um clássico absoluto, rodada entre 1974 e 1985.
O vencedor do Oscar Martin Balsam interpreta o vilão, o chefe da máfia siciliana, perseguido pelo detetive que quer desmantelar sua quadrilha.
Baseado no livro de John Gardner, com roteiro de Gerard Wilson, roteirista de outros filmes de Winner, como ‘Mato em nome da lei’ (1971) e um de meus preferidos, ‘Scorpio’ (1973).




Em DVD, disponível no box ‘Cinema Policial – vol. 8’, da Versátil Home Video, caixa que reúne três bons clássicos do gênero, ‘Os 26 do expresso postal’ (1967), ‘O golpe de John Anderson’ (1971) e ‘Duas ovelhas negras’ (1974).

Jogo sujo (The stone killer). EUA, 1973, 95 minutos. Ação/Policial. Colorido. Dirigido por Michael Winner. Distribuição: Versátil Home Video


A luta de Barbara e Alan

Barbara Lisicki (Ruth Madeleye) e Alan Holdsworth (Arthur Hughes) são dois deficientes físicos que lutam pelos direitos dos PCDs na Grã-Bretanha do final dos anos 80.

É incrível como tem filmes bons escondidos no catálogo da Netflix. Esse, por exemplo, assisti quando foi lançado lá em setembro de 2022, e essa semana revi com muita satisfação. Que filme bonito, delicado, com dois ótimos atores (desconhecidos), que esbanjam talento e carisma – os dois são PCDs, a atriz Ruth Madeleye é cadeirante, fez séries no Reino Unido, e Arthur Hughes, também ator de seriados e novelas no Reino Unido, tem deficiência nas mãos, braços e pernas. Eles interpretam os reais ativistas Barbara Lisicki e Alan Holdsworth, que eram artistas de rua e lideraram enormes manifestações na Grã-Bretanha entre 1989 e 1993 em busca de seus direitos e dos direitos de toda a comunidade com deficiência física, motora e intelectual.
O filme é muito curto, tem apenas 67 minutos, parece um episódio de série, e recomendo todos assistirem. Enquanto os atores contracenam para contar essa história de superação e luta, há reportagens da época entrelaçadas no filme, com narração da atriz principal.



Roteiro de Jack Thorne, roteirista colaborador de vários filmes, como ‘Extraordinário’ (2017), ‘Enola Holmes’ (2020) e ‘As nadadoras’ (2022). O filme foi produzido e distribuído pela BBC no Reino Unido; depois, em parceria com a Netflix, a BBC distribuiu o longa no restante do mundo.

A luta de Barbara e Alan (Then Barbara met Alan). Reino Unido, 2022, 67 minutos. Drama. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Bruce Goodison e Amit Sharma. Distribuição: Netflix

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