terça-feira, 30 de novembro de 2010

Morre o cineasta Irvin Kershner aos 87 anos


O diretor de cinema Irvin Kershner faleceu no último domingo aos 87 anos em Los Angeles. As causas da morte não foram divulgadas.
Nascido na Philadelphia, Pennsylvania, em 29 de abril de 1923, formou-se em Cinema pela Universidade da California. Iniciou a carreira na segunda metade dos anos 1950 produzindo documentários para TV.
Estreou como diretor de cinema no policial “Stakeout on Dope Street” (1958), passando depois a rodar episódios de diversos seriados.
Dirigiu “Os olhos de Laura Mars” (1978), “Star Wars – O império contra-ataca” (1980), “007 – Nunca mais outra vez” (1983) e “Robocop 2” (1990), seus filmes mais memoráveis.
Também assinou a direção de “Almas redimidas” (1961), “Sublime loucura” (1966), “O magnífico farsante” (1967), “O amor é tudo” (1970), “Além das fronteiras do lar” (1972), “Espiões” (1974) e “A vingança de um homem chamado cavalo” (1976).
Aposentado desde 1994, vivia em Los Angeles. Por Felipe Brida.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Morre o comediante Leslie Nielsen aos 84 anos

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O ator canadense Leslie Nielsen morreu na tarde de ontem aos 84 anos em Fort Lauderdale, Flórida. O comediante estava internado há 14 dias em um hospital para tratar de uma pneumonia. Era mais lembrado como o tenente Frank Drebin na trilogia "Corra que a polícia vem aí", feita nos anos 80 e 90 - que foi a versão para cinema do seriado “Police squad!” (1982), também interpretado por ele.
Nascido em Regina/Saskatchewan (Canadá) em 11 de fevereiro de 1926, Nielsen iniciou a carreira artística em seriados televisivos em 1950. Nos cinemas fez sua estréia em “O planeta proibido” (1956).
Nesses 60 anos dedicados à sétima arte, atuou em inúmeras comédias, dentre elas o clássico "Apertem os cintos... O piloto sumiu" (1980). Fez paródias que homenageavam filmes notórios, como “A repossuída” (1990), “Drácula – Morto, mas feliz” (1995), “Duro de espiar” (1996), “O foragido” (1998), “2000.1 – Um maluco perdido no espaço” (2000), “Todo mundo em pânico 3” (2003), “Todo mundo em pânico 4” (2006) e “Super-herói: O filme” (2008). Também participou de fitas de terror, como “A morte convida para dançar” (1980) e “Creepshow – Show de horrores” (1982), e dramas – "O destino de Poseidon" (1972), “O homem com a lente mortal” (1982), “Querem me enlouquecer” (1987) e “O poder da esperança” (2007).
Casado quatro vezes, o ator deixa duas filhas. Por Felipe Brida

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cine lançamento

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O primeiro mentiroso

O tímido Mark Bellison (Ricky Gervais) vive em uma cidade que não sabe o que é mentir. Todos os habitantes de lá são sinceros, só falam a verdade. Certo dia, quase arruinado financeiramente, na fila do banco, inventa a mentira. Com essa artimanha, passa a ludibriar as pessoas e descobre como mudar o comportamento dos outros inclusive criando novas concepções para a política e a religião.

Comédia original em tom de sátira com sacadas inteligentes, um pouco de besteiras escrachadas e um resultado meio-termo. Escrita e dirigida pelo ótimo ator principal da fita, o humorista inglês Ricky Gervais, descoberto no seriado “The Office”, o filme chega diretamente em vídeo no Brasil.
Para curtir é preciso entrar no clima da brincadeira, nessa fantasia sobre um sujeito rejeitado pelas mulheres, gordinho, acanhado, que, em um mundo onde a sinceridade reina (até porque ninguém sabe o que significa mentir), ele inventa a mentira num estalo de insight. E com a nova arma na mão passa a enganar os outros a fim de se dar bem na vida. De todas as formas: no amor, na profissão, no divertimento, na vida social – conquista a mulher de seus sonhos, que sempre o desprezou porque era honesta demais (Jennifer Garner) e inicia uma competição feroz no emprego com um homem desafiador (o sumido Rob Lowe, sempre canastrão). Traz ainda pontas de Phillip Seymour Hoffman, Jason Bateman e Edward Norton, em pequenas aparições.
É difícil rodar uma fita dessas, pois o roteiro não pode escorregar em uma vírgula para se obter o resultado mais próximo da perfeição – por isso ainda dá para encontrar furos, pequenos, mas existem.
Um certo divertimento para quem se deixar levar por esse tipo de humor. Por Felipe Brida

Título original: The invention of lying
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Ricky Gervais, Jennifer Garner, Tina Fey, Rob Lowe, Jonah Hill, Jeffrey Tambor, Fionula Flanagan, Louis C.K.
Direção: Ricky Gervais/ Matthew Robinson
Gênero: Comédia
Duração: 99 min
Distribuição: Universal Home Video

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Morre a atriz Ingrid Pitt, aos 73 anos

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A atriz e escritora Ingrid Pitt, que participou de vários filmes eróticos de terror na produtora inglesa Hammer entre as décadas de 60 e 70, morreu ontem em Londres, dois dias após completar 73 anos de idade. As causas da morte não foram divulgadas.
Nascida na Polônia com o nome de Ingoushka Petrov em 21 de novembro 1937, era descendente de judeus. Sobreviveu ao campo de concentração na Segunda Guerra Mundial e iniciou a carreira artística em pequenas pontas em filmes como "Dr Jivago", "Falstaff - O toque da meia-noite" (1965), "Um escravo das Arábias em Roma" (1968) e "Desafio das águias" (1968), este ao lado e Richard Burton e Clint Eastwood.
Na produtora Hammer alcançou notoriedade em filmes de horror - os maiores sucessos foram "Carmilla - A vampira de Karnstein" (de 1970, também conhecido no Brasil com o título "Os vampiros amantes"), "A condessa Drácula" (1971) e "O homem de palha" (1973).
Como escritora, publicou dois romances e contos de terror em coletâneas. Em 1999 lançou sua biografia, "Life's a scream". A atriz deixa uma filha. Por Felipe Brida

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cine lançamento

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Querido John

Casal é separado pelo atentado de 11 de Setembro. De um lado, o soldado idealista John Tyree (Channing Tatum) resolve deixar a terra natal para proteger seu país; do outro, a estudante universitária Savannah Curtis (Amanda Seyfried) espera ansiosa o retorno do amado. A única forma que encontram para manter contato é por meio de cartas de amor.

Melodrama sentimentalóide com cara de telefilme, feito exclusivamente para meninas. Aqueles que se envolvem com filmes românticos poderão se emocionar com essa história bonita e certamente triste que fala sobre a dor da separação. Ambienta-se no abalo mundial provocado pelo atentado ao World Trade Center, sem recorrer a fatos históricos. Como protagonista temos uma boa atriz do momento, Amanda Seyfried (de “Mamma Mia! – O filme” e “Garota infernal”), sempre bonita e meiga, num papel discreto. Já o lado masculino do par romântico não se completa com o ator Channing Tatum, inserido no cinema recentemente, que, apesar do jeito de galã (entenda-se fortão e charmoso), é fraco, insosso. Até que vemos química no casal, porém o rapaz não convence nem como soldado patriota nem como o sofredor apaixonado.
Baseado no livro homônimo de Nicholas Sparks, que liderou por semanas as vendas nos Estados Unidos, o filme liderou as bilheterias norte-americanos e na estréia tirou “Avatar” do ranking.
É um romance à moda antiga (o mesmo tema invadiu Hollywood nos anos 50 e 60), super piegas, que lembra fitas dos anos 50 sobre o amor que nunca morre mesmo quando dois amantes são separados pela guerra. Histórias desse naipe soam hoje tão ingênuas, tão bregas, que só mesmo os românticos por natureza deverão aprovar.
Um dos filmes menores do diretor sueco Lasse Hallström, que antes fez um belo drama, “Sempre ao seu lado”, com Richard Gere. Por Felipe Brida

Título original: Dear John
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Amanda Seyfried, Channing Tatum, Richard Jenkins, Henry Thomas, D.J. Cotrona
Direção: Lasse Hallström
Gênero: Drama/Romance
Duração: 108 min
Distribuição: Sony Pictures
Site oficial: http://www.dearjohn-movie.com/

domingo, 21 de novembro de 2010

Cine Lançamento

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Toy Story 3

O garoto Andy (voz de John Morris) cresceu. De malas prontas para a faculdade, resolve se desfazer dos velhos brinquedos, colocando-os dentro de caixas para serem guardados no sótão. Só que a mãe de Andy manda-os para um orfanato. Os brinquedos acostumam-se com as crianças na nova moradia, porém o cowboy Woody (voz de Tom Hanks) quer retornar para casa. Será que ele conseguirá levar os amigos de volta ao antigo lar?

Sucesso imediato de público na estréia nos cinemas, o terceiro capítulo de “Toy Story” é uma animação na medida certa, para crianças e adultos. A produtora Disney/Pixar acertou de novo, trazendo uma história divertida, ágil, com diálogos bem sacados, cheia de peripécias aprontadas pela turma do cowboy Woody e do super-herói espacial Buzz Lightyear.
Juntam-se ao grupo dos já conhecidos personagens (como o Sr. Cabeça de Batata e o dinossauro Rex) novas caras, que ficam com as piadas mais afiadas, como a Barbie e o Ken e a Sra. Cabeça de Batata.
A história acompanha uma grande aventura na vida da turma de brinquedos. Abandonados pelo garoto Andy, agora crescido, eles chegam a um lugar aparentemente tranqüilo, a creche “Sunnyside”. Só que o lugar é empesteado por crianças bagunceiras, que rasgam ursinhos de pelúcia e espalham tinta pelas paredes. Com receio de ser destroçado, Woody (que não acredita ter sido abandonado por Andy, ou melhor, não aceita o rapaz ter crescido) encabeça uma missão de fugir daquela área de risco, contando com o apoio de poucos amigos (menos Buzz, que se transforma em um rival) com a finalidade de retornar para casa. Dá pra imaginar as inúmeras trapalhadas que surgirão...
É diversão garantida para todo o tipo de público. Os filmes da Disney sempre foram inteligentes e fogem do medíocre, portanto embarquem nessa nova aventura de Toy Story!
O diretor Lee Unkrich, do grupo da Disney/Pixar, é veterano na área da animação em computação gráfica, e antes co-dirigiu os sucessos “Procurando Nemo” e “Monstros S.A”. Por Felipe Brida

Título original: Toy Story 3
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Vozes de Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty, Don Rickles, Michael Keaton, Wallace Shawn, John Ratzenberger, Laurie Metcalf, Jodi Benson, John Morris
Direção: Lee Unkrich
Gênero: Animação
Duração: 103 min
Distribuição: Walt Disney

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Resenha

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A vida secreta das abelhas

Por Morgana Deccache *

O drama se passa na Carolina do Sul em 1964. Tempo de segregação racial, preconceitos, lutas, injustiças, dor e conquistas tanto externa como a principal, a conquista interna de cada um com suas histórias de vida que se entrelaçam no decorrer do filme.
Embora aborde um tema forte, pesado como o racismo e todas as dores que isso causa, a história nos é contada de forma suave e séria, com frases lançadas por alguns dos personagens que nos remete a uma introspecção pessoal sobre nossos preconceitos, conceitos sobre familia, liberdade, sonho e sentido do amor ou do se amar.
As abelhas usadas como pano de fundo nos leva a refletir sobre nossos segredos, sentimentos e a doçura que cada um pode extrair em seu espaço existencial nessa vida.
Recomendo assistir pelo menos duas vezes para que os diálogos não se percam em meio a outros momentos que cada um, de forma pessoal, poderá provar com sabor único do mel que era produzido na magnetizante criação de abelhas das irmãs Boatwright.
Adaptação do romance "The Secret Life of Bees", de Sue Monk Kidd. Bom filme e ótima reflexão!

Informações técnicas:

Título Original: The secret life of bees
Ano: 2008
Direção: Gina Prince-Bythewood
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos

(*) Morgana Deccache é jornalista, professora universitária no campo de Comunicação e palestrante com formação nas áreas de liderança e teatro amador de pantomima. É também locutora e professora de cursos profissionalizantes. Escritora nas horas vagas. Natural do Rio de Janeiro, atualmente reside em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e trabalha como professora em cursos técnicos no Senac Catanduva.

domingo, 14 de novembro de 2010

Cine Lançamento

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[REC] 2 – Possuídos

Preso em quarentena em um edifício após um vírus mortal atacar uma cidade e transformar pessoas em zumbis canibais, um grupo de condôminos, bombeiros e jornalistas espera por socorro. Designados para averiguar a situação, agentes da SWAT invadem o local. É quando se deparam com acontecimentos assustadores.

Continuação sem muita criatividade, mas que ainda provoca tensão e medo, de uma fita espanhola que causou sensação no circuito de cinema independente e rapidamente virou cult, eleito por cinéfilos como um dos 10 filmes mais assustadores da década. Tanto a primeira parte (de 2007, também disponível em DVD, que teve inclusive uma refilmagem norte-americana copiada quadro-a-quadro, “Quarentena”) quanto essa sequência são bons exercícios de terror psicológico, voltado a pessoas que suportam cenas grotescas de sangue e sustos.
A trama começa minutos após o término da história anterior, no mesmo prédio e com alguns personagens sobreviventes. A continuação segue a mesma linha, diferencial também na técnica de filmagem: um cameraman grava tudo, sendo que o público acompanha o ponto de vista dele, com perspectiva em primeiro plano. O recurso não é novo – o terror “A bruxa de Blair” ficou famoso por isto, e recentemente vieram outros com resultado menor, como “Cloverfield – Monstro” e “Diário dos mortos”.
Com a câmera apoiada nos ombros, o cinegrafista expõe momentos de angústia e terror dos personagens aprisionados no prédio, e um a um vira comida de zumbis. É a mesma gritaria coletiva do filme anterior, muitos mortos-vivos, sangue pra todo lado, num espetáculo sensacionalista com teor de cinema trash.
Os produtores rodaram a fita com orçamento modesto, em locações, sem sets de filmagem, e obtiveram bom retorno nas bilheterias – o filme estreou bem nas salas de cinema no bimestre passado.
Quem conhece o primeiro, vale tentar a segunda parte, que não decepciona. Ah, e novas continuações vem por aí... Por Felipe Brida

Título original: [REC] 2
País/Ano: Espanha, 2009
Elenco: Claudia Silva, Ferran Terraza, Jonathan Mellor, Óscar Zafra, Ariel Casas
Direção: Jaume Balagueró/ Paco Plaza
Gênero: Terror
Duração: 85 min
Distribuição: PlayArte

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Morre o produtor de cinema Dino de Laurentiis

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O produtor de cinema Dino de Laurentiis, de origem italiana, morreu ontem em Los Angeles aos 91 anos, de causas naturais. Em mais de cinco décadas dedicadas ao cinema, produziu mais de 300 filmes. Dividiu com Carlo Ponti (seu parceiro em diversos trabalhos) em 1957 o Oscar de melhor filme estrangeiro por “A estrada da vida”.
Foi casado por 40 anos com a atriz italiana Silvana Mangano, até sua morte em 1989, com quem teve quatro filhos (o único homem, Federico De Laurentiis, morreu em um acidente de avião em 1981, aos 26 anos de idade).
Nascido em 8 de agosto de 1919 em Torre Annunziata, Campânia, Itália, começou a produzir filmes em sua terra natal em 1941, após um breve período como ator. Dentre as produções estão “Arroz amargo” (1949), “Europa 51” (1952), “Onde está a liberdade?” (1954), “O ouro de Nápoles” (1954) e “A bela moleira” (1955).
Nos Estados Unidos produziu épicos como “Guerra e paz” (1956), filmes religiosos como “Barrabás” (1961) e “A Bíblia” (1966), ficção científica, como "Barbarella" (1968), "Flash Gordon" (1980) e "Duna" (1984), e terror, como “Olhos de gato” (1985), “A hora do lobisomem” (1985), “Comboio do terror” (1986) e “Uma noite alucinante 3” (1992).
Dentre outros trabalhos estão “A batalha de Anzio” (1968), “Serpico” (1973), “King Kong” (1976), “O ovo da serpente” (1977), “Na época do Ragtime” (1981), “Conan, o bárbaro” (1982), “Conan, o destruidor” (1984), “O ano do dragão” (1985), “Horas de desespero” (1990), “Corpo em evidência” (1993), “Breakdown” (1996), “U-571 – A batalha do Atlântico” (2000), “Hannibal” (2001) e “Dragão vermelho” (2002). Por Felipe Brida

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cine Lançamento

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Esquadrão Classe A

Acusados de roubar uma matriz de dólares falsos em Bagdá, quatro veteranos da Guerra do Iraque são capturados e presos em uma cadeia de segurança máxima. De lá o grupo planeja uma fuga mirabolante. Fora da das grades, o quarteto tem pela frente uma missão crucial: encontrar os verdadeiros ladrões para provar sua inocência.

Na estréia nas salas de cinema, em junho, arrecadou bons milhões de dólares essa versão para cinema do famoso seriado homônimo, que durou cinco temporadas (de 1983 a 1987), e foi exibido nas tarde na Rede Globo, com imenso sucesso. Quanto ao filme, sua bilheteria atingiu, somente no final de semana, U$ 26 milhões, ficando atrás apenas de “Karatê Kid”.
Como entretenimento, mais indicado ao público masculino, a produção faz jus ao porquê veio ao mundo. Quem procura por adrenalina incessante, é um prato cheio, bem mais ágil do que os episódios da série (são novos tempos, novas propostas).
O ritmo ágil já começa desde a abertura do filme, que, por sinal, segue o estilo da produção de TV – mesma trilha sonora e apresentação dos personagens com pequenas legendas para identificação deles. O início é um pouco confuso, com vários acontecimentos que não sabemos ao certo aonde vão cair. Da metade para frente, a partir da prisão do quarteto, a história se alinha, juntamente com um espetáculo pirotécnico de efeitos visuais e muito barulho, explosões, tiroteios, pancadaria e fugas alucinantes.
Toca levemente em assuntos sérios, como a corrupção na CIA e no Exército, porém isto é apenas um rápido complemento, já que a trama não se interessa em levantar polêmicas. É um filme de ação frenética, bem feito, com muitos absurdos criativos a la James Bond e ponto final.
Traz novo elenco, dentre eles Liam Neeson, no papel do coronel Hannibal, sério e durão, bem diferente do personagem original, feito pelo falecido George Peppard. Os outros três companheiros dele, todos com a tradicional tatuagem da força especial no braço, são Baracus (quem não se lembra do fortão BA?), capitão Murdock e tenente Faceman, cada um com suas táticas de guerra. Falando em elenco, o ator que faz o novo BA, Quinton Jackson (na vida real um campeão de luta na categoria meio-pesado), é novato e infelizmente não é divertido como Mr. T, do original.
Ah, e o contexto histórico é outro; no seriado eles sobreviveram à Guerra do Vietnã, e aqui lutaram no Iraque.
O diretor, Joe Carnahan, é mão pesada, especialista em ação, e assinou outros dois bons filmes do gênero, “Narc” (2002) e “A última cartada” (2006). Partidários da classe masculina, arrisquem a locação. Por Felipe Brida

Título original: The A-Team
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Jessica Biel, Quinton Jackson, Sharlto Copley, Patrick Wilson, Henry Czerny
Direção: Joe Carnahan
Gênero: Ação
Duração: 117 min
Distribuição: Universal Pictures
Site oficial: http://www.ateam-movie.com/

sábado, 6 de novembro de 2010

Morre a atriz Jill Clayburgh

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Duas vezes indicada ao Oscar - melhor atriz por "Uma mulher descasada", em 1979 (ganhou em Cannes na mesma categoria), e "Encontros e desencontros, em 1980 -, Jill Clayburgh morreu ontem aos 66 anos, em Lakeville, Connecticut. Ela sofria de leucemia crônica há 20 anos. Teve um romance com Al Pacino, com quem viveu por cinco anos, até se casar com o dramaturgo David Rabe.
Nascida em 30 de abril de 1944 em Nova York City, estudou teatro e iniciou a carreira nos palcos, atuando em diversas peças na Broadway. Apareceu em pequenos papéis em seriados de TV no final da década de 60, e foi descoberta por Brian de Palma no filme independente "Festa de casamento" (1969), ao lado do até então ator estreante Robert De Niro.
No cinema trabalhou em 40 filmes, dentre eles "O ladrão que veio jantar" (1973), "O homem terminal" (1974), "O expresso de Chicago" (1976), "A disputa dos sexos" (1977), "La luna" (1979 - indicada ao Globo de Ouro), "Esta é minha chance" (1980), "Um juiz muito louco" (1981 - indicada ao Globo de Ouro), "Onde estão minhas crianças?" (1986), "Gente diferente" (1987), "Gemidos do prazer" (1992) e "Nu em Nova York" (1993). A partir daí, com o avanço da doença, distanciou-se da carreira artística, aparecendo esporadicamente em produções menores.
Seus últimos trabalhos são "Correndo com tesouras" (2006) e o inédito "Love and other drugs" (2010).
Deixa o esposo e dois filhos, um deles a também atriz Lily Rabe. Por Felipe Brida

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cine Lançamento

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Marmaduke

Marmaduke é um dogue alemão bagunceiro, criado por uma família moderna, os Winslow. Quando se mudam para Orange County, na Califórnia, o cachorro apaixona-se por Jezebel, uma charmosa cadela da raça afghan. Junto dela acaba enfrentando uma série de perigos, dentre eles uma quadrilha de cães malvados.

Baseado nas tirinhas de Brad Anderson e Phil Leeming, cujas histórias em quadrinhos em PB são produzidas até hoje (desde 1954), e praticamente desconhecidas no Brasil, “Marmaduke” é uma adaptação típica para crianças. Por ser bem infantil, com animais que falam e se envolvem em confusões, no estilo de “Beethoven – O magnífico”, só mesmo o público infantil terá espírito (e paciência) para assistir.
Owen Wilson empresta a voz para o personagem do cão Marmaduke e a cantora Fergie, vocalista da banda Black Eyed Peas, dubla Jezebel. Além deles, outros artistas participam na dublagem em papéis menores, como Sam Elliot, Kiefer Sutherland e os irmãos Wayans.
Com aquele roteiro rasteiro, trama previsível e efeitos visuais até que decentes, a fantasia mescla animação em computação gráfica e atores em cena num show de trapalhadas entre cães, gatos, seres humanos e carros conversíveis. Para os adultos poderá ser uma experiência insuportável, porém as crianças darão boas gargalhadas.
O diretor Tom Dey é o mesmo das comédias “Bater ou correr” (2000) e “Showtime” (2002), ou seja, só roda passatempos fraquinhos. Por Felipe Brida

Título original: Marmaduke
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Owen Wilson (voz), Fergie (voz), Emma Stone (voz), Sam Elliot (voz), Kiefer Sutherland (voz), irmãos Wayans (vozes), William H. Macy
Direção: Tom Dey
Gênero: Comédia
Duração: 87 min
Distribuição: Fox Film

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cine Lançamento

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A hora do pesadelo

Freddy Krueger (Jackie Earle Haley), um assassino em série desfigurado por causa de um incêndio, invade os sonhos de um grupo de jovens, eliminando um a um de forma brutal.

Refilmagem desnecessária de um clássico do cinema de terror que criou escola e influenciou o gênero. O sinistro assassino Freddie Krueger fez tanto sucesso que do primeiro filme, lançado em 1984, surgiu uma franquia bastante popular: rendeu sete continuações e um seriado nos anos 90, além de bonecos de resina, álbuns de figurinha etc
Não há motivos para um remake, já que o original não é tão antigo e já era bom de nascença, graças a um diretor competente, Wes Craven. O que temos agora é uma fitinha ruim, descartável, com uma história que os fãs da cinessérie conhecem bem, sem trazer um pingo de novidade.
Jackie Earle Haley, um ator já feio por natureza (indicado ao Oscar de coadjuvante como um suspeito de pedofilia em “Pecados íntimos”), substitui Robert Englund, trazendo menos humor negro como o público estava habituado a ver. Conhecemos o Krueger sádico, que faz dos assassinatos um jogo de crueldade, brinca com as vítimas, e nesta nova composição o matador aparece pouco, mais sério, calado e com os mesmos apetrechos, dentre eles a luva de lâminas, marca característica do vilão.
Na época dos comentários de bastidores sobre a refilmagem, não sabia o que esperar. Agora, com o lançamento em DVD, confirma-se o resultado de “A hora do pesadelo” pela velha teoria sobre os remakes: uma furada lascada. Atualmente, no cinema, é cada vez mais impossível refazer um trabalho com a qualidade do anterior, ou mesmo rodar uma continuação digna. Em termos financeiros, é mais fácil a indústria cinematográfica reciclar a fórmula apenas para atender os anseios das novas gerações que freqüentam as salas de exibição. É assim que matam a tal da criatividade, hoje palavra desconhecida em Hollywood.
Quem cometeu a tragédia no novo Freddie foi um diretor estreante, Samuel Bayer, especialista em rodar videoclipes de bandas famosas (por isso o filme tem cenas que carregam um jeitão de clipe, como na sequência do incêndio).
Assim como eu, os que conhecem de cabo a rabo todos os outros filmes anteriores, sentirão um vazio profundo. Por isso, dê preferência ao original de 1984, lançado em DVD há um bom tempo. E bons sonhos! Por Felipe Brida

Título original: A nightmare on Elm Street
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Jackie Earle Haley, Kyle Gallner, Rooney Mara, Thomas Dekker, Clancy Brown,
Direção: Samuel Bayer
Gênero: Terror
Duração: 95 min
Distribuição: Warner Bros
Site oficial: http://www.nightmareonelmstreet.com/dvd/