quarta-feira, 30 de maio de 2018

Cine Lançamento


Roman J. Israel

Advogado idealista, Roman J. Israel (Denzel Washington) enfrenta uma delicada crise financeira. Funcionário de um escritório de advocacia da área criminal em Los Angeles, assume uma série de casos quando o patrão sofre um infarto. Necessitando de dinheiro arrisca a reputação e a ética profissional ao se envolver em um caso de assassinato.

Ator exemplar de sua geração, Denzel Washington recebeu merecida indicação ao Oscar por este papel, o do advogado de defesa simplório, solitário e com dificuldades financeiras que se reduz a zero quando quebra os princípios éticos da profissão. Ele estava inspirado para compor a essência do controverso personagem, em um filme forte de drama, com resultado desconcertante.
Pautado pela ótica cínica e de tom amargo do roteirista e diretor Dan Gilroy, que se aproxima de seu ótimo trabalho anterior, o conturbado policial “O abutre” (2014), “Roman J. Israel” direciona o público ao sobrecarregado sistema tribunal de Los Angeles para uma reflexão sobre ética profissional e desvio de conduta. Perplexos, acompanhamos a descida ao inferno de um cidadão comum, que nunca almejou fama, passou a vida inteira trabalhando nos bastidores do Direito, que manteve a carreira na mesma firma, porém, num estado de angústia e desespero, cometeu um deslize e teve de pagar caro por isto.
O tipo criado por Washington é estranho, alinhado ao perfil dos personagens do mundo de Gilroy: Israel vaga pelas ruas envolto nas sombras, com um fone de ouvido, usa cabelos e roupas fora de moda, carregando uma mala desbotada na mão. Observador, inteligente, possui memória infalível, decora as leis com facilidade, mas apresenta um temperamento colérico, seguidor das próprias convicções, e retruca com valentia, por isso tem problemas de relacionamentos, mal visto pelos colegas. Na trama aparece George Pierce (Colin Farrell), um ambicioso advogado que recontrata Israel na firma onde trabalhou por quase 40 anos. A partir daí, tudo parece entrar no eixo para ele, ainda mais quando conhece uma defensora dos Direitos Humanos chamada Maya (Maya Alston), no entanto o protagonista corrompe-se ao investigar um caso de assassinato. Numa linha tênue entre o “ser” ou “não ser”, “fazer isto” e o “não fazer isto”, o drama divide a moral deste advogado e da história como um todo, mostrando os limites de um homem digno, à beira da falência dos princípios. 
Dirigido com sobriedade, com atuações marcantes do elenco, é um filme para não esquecer tão fácil. Além do Oscar, Washington também recebeu indicação de melhor ator no Globo de Ouro e no Screen Actors Guild (SAG), nas edições de 2018.
No Brasil veio direto em home video – uma pena não ter passado nos cinemas. Ah, o disco traz muitos extras legais. Para ser descoberto!

Roman J. Israel (Roman J. Israel, Esq.). EUA/Canadá/Emirados Árabes, 2017, 122 min. Drama. Colorido. Dirigido por Dan Gilroy. Distribuição: Sony Pictures

terça-feira, 29 de maio de 2018

Nota do Blogueiro


"Aquilo era ruim. Muito ruim. A mochila tinha munição de grosso calibre e também - droga! - um GPS com tecnologia militar sigilosa. Seu comandante seria rebaixado de posto por isso. Era tecnologia militar caindo potencialmente nas mãos do inimigo e, de repente, o que fora treinamento de atiradores de elite de fogo real, disparando contra a carcaça enferrujada de um tanque abandonado da era soviética, estava se tornando crise real".

Trecho do livro "15h17 - Trem para Paris", uma incrível história real de três amigos de infância que se reencontram numa viagem após longo tempo afastados e juntos inibem uma ação terrorista em Paris, salvando quinhentas pessoas a bordo de um trem. O fato ocorreu em agosto de 2015 com ampla repercussão na mídia, que inspirou este romance, escrito pelos próprios heróis, Anthony Sadler, Alex Skarlatos e Spencer Stone, em parceria com o pesquisador de História Jeffrey E. Stern. Mesclando temas como amizade, coragem e obstinação, a obra literária, publicada nos Estados Unidos em 2016, ganhou este ano edição no Brasil pela Best Seller (2018, 252 páginas, tradução de Carlos Szlak). Neste ano também o diretor Clint Eastwood adaptou o livro em seu novo filme de drama, que tem como protagonistas os próprios amigos de verdade. Já nas livrarias! Obrigado, pessoal da @editorabestseller, pelo exemplar. Lindo presente!



sábado, 26 de maio de 2018

Nota do Blogueiro


"Às vezes, ligo para as pessoas na esperança de que não apenas comprovem o fato de eu estar viva como também, mesmo que indiretamente, me convençam de que estar viva é um estado apropriado para mim. Porque, às vezes, não acho que seja lá uma grande ideia".

Trecho do livro "Memórias da princesa - Os diários de Carrie Fisher", lançado com exclusividade no Brasil pela editora Best Seller (2016, 224 páginas, tradução de Patrícia Azeredo e Thaíssa Tavares), hoje na terceira edição. Nesta obra de memórias, a atriz Carrie Fisher (1956-2016), que interpretou a princesa Leia na franquia de cinema Star Wars, relembra fatos curiosos de bastidores durante as gravações do primeiro filme, em 1976. Nesta época ela estava em início de carreira e escreveu um diário com apontamentos acerca das relações de amizade que mantinha com a equipe. Décadas depois, reencontrou o material e o compilou como livro, onde agora podemos ler declarações de amor, reflexões íntimas e desabafos, com um humor inspirador, além de muitas fotos. Imprescindível aos fãs de Star Wars e da falecida atriz. Já nas lojas! Obrigado, pessoal da @editorabestseller, pelo envio do livro.




sexta-feira, 25 de maio de 2018

Cine Lançamento



Pai em dose dupla 2



Agora que os conflitos cessaram, Dusty (Mark Wahlberg) e Brad (Will Ferrell) aceitam viver uma relação harmoniosa para criar os filhos – o primeiro é o pai biológico, e o segundo, o padrasto. Para comemorar o Natal com paz e diversão, levam as duas famílias para uma casa nas montanhas geladas. Porém as velhas brigas e uma série de trapalhadas não serão descartadas no período natalino.

Divertida continuação da comédia “Pai em dose dupla” (2015), sucesso de público nos Estados Unidos, reunindo novamente Mark Wahlberg e Will Ferrell em momentos menos cômicos e mais dramáticos (é o terceiro filme deles juntos, depois de “Os outros caras” e do primeiro “Pai em dose dupla”).
Dusty e Brad deixaram o ranço e as picuinhas de lado, procuram manter um bom convívio, com respeito, pensando nos filhos pequenos que ambos ajudam a criar. Com o Natal se aproximando, organizam uma viagem para reunir as duas famílias durante as comemorações. Dusty convida o pai, sessentão charmoso, durão e mulherengo (Mel Gibson), e Brad o seu, um homem gentil, alegre e brincalhão (John Lithgow). Nas montanhas a tranquilidade dará lugar ao estresse e a um monte de desentendimentos. Como anuncia a tagline na capa do filme, “Mais pais, mais problemas”. Num clima de anti-espírito natalino haverá um pouco de tudo: competições desonrosas, reaproximação desajeitada entre filhos, tolerância e aceitação, para discorrer temas essenciais na atualidade como convivência e formas de tratar os filhos.
A novidade é a aparição dos pais veteranos, Mel Gibson (sério demais, comédia não é mais com ele) e John Lithgow (espetacular como sempre), que incrementam o roteiro repetido, que parece uma reedição do anterior – piadas foram mantidas, como a chegada ao aeroporto, com closes em caras e bocas. Tudo compartilhado num ritmo cômico intencional, de vai-e-vens, abusando de tiradas e um humor pastelão bem ao gosto dos americanos. Dosam pitadas de realidade sobre a relação das famílias com absurdos visuais incríveis que só funcionam em fitas desse gênero - como inúmeras sequências no gelo envolvendo temas e objetos natalinos, como máquina de sugar neve, esqui, presépios, caçada de perus e árvores de natal.
Passei boas uma hora e quarenta na TV, diverti-me, adorei ver o elenco de peso reunido, porém considero este inferior ao primeiro. O filme inclusive custou mais que o outro e teve bilheteria bem menor. Confiram as duas partes juntas, ambas do mesmo diretor, Sean Anders, você vai curtir! Já disponível em DVD.

Pai em dose dupla 2 (Daddy’s home 2). EUA, 2017, 100 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures


Devido ao lançamento recente de "Pai em dose dupla 2" em DVD, segue também resenha de "Pai em dose dupla" (2015), escrita hoje.

Pai em dose dupla

Brad (Will Ferrell) tenta a todo custo ser um bom padrasto. Seus dois filhos “postiços” não o aceitam e sempre o desafiam. Até que o pai biológico deles, Dusty (Mark Wahlberg), vai ao encontro de Brad para conhecê-lo a fundo. A ex-mulher de Dusty, hoje casada com o padrasto das crianças, permite que ele passe alguns dias em sua casa, atitude que irá desencadear uma série de conflitos, competições e ameaças.

Comédia de família divertida com Mark Wahlberg e Will Ferrell reunidos novamente depois de “Os outros caras” (2010), sucesso imediato de público e crítica especialmente nos Estados Unidos. Custou R$ 50 milhões e arrecadou U$ 245 milhões na época do lançamento nas salas de cinema, em 2015, e por causa do bom resultado deu origem a uma segunda parte, recém-lançada em DVD pela Paramount Pictures (engraçada, mas com resultado inferior).
Escrito e dirigido por Sean Anders, dos fracos “Sex drive: Rumo ao sexo” (2008) e “Este é o meu garoto” (2012), este é o melhor trabalho do cineasta, um passatempo hilário sobre uma guerra nuclear travada entre o pai de duas crianças e o padrasto delas. Tudo pode acontecer quando Brad e Dusty se trombam, até uma faísca de olhares atravessados poderá causar explosões nesta família em pé de guerra. Logicamente que tudo é narrado com humor, peripécias, piadas incríveis e absurdas, atritos cotidianos presenciados em qualquer família aqui levados ao extremo, em que dois homens quarentões, mas nem tão maduros assim, competem para ver quem é melhor que o outro. A intenção, conquistar as crianças da casa, já que um é pai e vive distante, e outro, o padrasto com quem convivem diariamente. De provocações até desastres homéricos, Brad e Rusty nos presenteiam com um show de pastelão da melhor qualidade cinematográfica. Comédia caprichada para ver e rever! Assista em família, capte as nuances e discuta no final as proximidades entre os personagens e nós mesmos.

Pai em dose dupla (Daddy’s home). EUA, 2015, 96 min. Comédia. Colorido. Dirigido por Sean Anders. Distribuição: Paramount Pictures

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Resenha Especial


O maior espetáculo da Terra

(Reedição)

O circo está armado! Debaixo da lona colorida, o romance entre o explosivo gerente do empreendimento circense Brad Braden (Charlton Heston) e a trapezista Holly (Betty Hutton) será abalado com a vinda do lendário trapezista Sebastian (Cornel Wilde), contratado para atrair o maior número possível de público nas apresentações. Braden, ganancioso e durão, fará de tudo para que o espetáculo não pare.

A Classicline acaba de relançar em DVD este que foi o grande ganhador do Oscar de melhor filme no ano de 1953, vencedor também do prêmio de melhor roteiro e ainda indicado em outras três categorias, diretor, figurino e edição. Irregular na forma, com resultado mediano, “O maior espetáculo da Terra” foi o penúltimo projeto do notório cineasta e produtor Cecil De Mille, que deixou um legado ímpar ao mundo da Sétima Arte com épicos memoráveis, como “Os Dez Mandamentos” (as duas versões, de 1923 e a de 1956) e “Sansão e Dalila” (1949).
Vê-se nitidamente a audácia do lendário diretor, que gerou uma obra decisiva sobre o mundo do circo, objeto raras vezes visto nas telonas. De Mille mergulhou de cabeça neste universo artístico, com tamanha magnitude de detalhes para exibir os bastidores, a preparação dos atores nas apresentações para o público, os mistérios e as perigosas façanhas dos artistas mambembes. Centraliza as ações nas disputas por espaço no picadeiro, com as rivalidades crescentes num diálogo claro entre o brilho e o ego, marcados até por violência na arena. Mas revisitando hoje, chio das falhas no roteiro, longo demais para o gosto popular, com uma infinidade de personagens envolvidos em intrigas intermináveis e nem sempre bem conduzidas. A narrativa é lenta, melhorando na parte final (antes do desfecho tem a famosa cena do desastre de trem, filmado em maquetes). Há ainda três números musicais nada empolgantes, com ritmos circenses conhecidos.
O elenco charmoso reúne nomes famosos da época, todos já falecidos, como Charlton Heston (com sua forte presença em cena como o gerente do circo), James Stewart (o ex-médico que trabalha como palhaço, que nunca tira a maquiagem, pois guarda um passado obscuro), Betty Hutton (a trapezista que divide dois amores), Cornel Wilde (o Grande Sebastian, o trapezista), Lyle Bettger (como um domador de elefantes cruel e sádico), além de Gloria Grahame, Dorothy Lamour e artistas circenses reais.
Eu não gosto de circo, por isso não me encanto com o resultado. Tirando problemas do roteiro, o filme tem seus méritos como superprodução, graças a um figurino riquíssimo e elenco de primeira. E uma legião de fãs que o considera inesquecível.
Ganhou ainda três Globos de Ouro a que foi indicado, como melhor filme de drama, diretor e fotografia. Em 2010 saiu na coleção “Clássicos Paramount” e agora sai fresquinho pela Classicline. Assista e tire as conclusões acerca deste clássico do cinema.

O maior espetáculo da Terra (The greatest show on Earth). EUA, 1952, 152 min. Drama/Romance. Colorido. Dirigido por Cecil B. De Mille. Distribuição: Classicline e Paramount Pictures

Nota do Blogueiro


A distribuidora CPC-Umes Filmes acaba de lançar em DVD, na série Cinema Soviético, uma das obras-primas de Akira Kurosawa, "Dersu Uzala" (1975), que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. A aventura biográfica, baseada no romance de Vladimir Arsenev, é uma co-produção URSS e Japão, que deslumbrou o público pela sua poesia visual e pela transformadora história de vida do personagem central, Dersu Uzala. Destaque para a cópia, excelente (o DVD havia saído muitos anos atrás no Brasil numa edição precária, devido à matriz ruim, cheia de riscos e falhas). Já à venda! Obrigado, pessoal da @cpcumesfilmes e @zebernardotorres, pelo envio do exemplar. Vou rever com carinho.



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Nota do Blogueiro


DVDs fresquinhos!
Quatro bons lançamentos da Classicline neste mês de maio. Temos o drama sobre o mundo do circo premiado com o Oscar "O maior espetáculo da Terra" (1952), o romance épico "Cristina" (1958), a aventura com monstros criados pelo mago dos efeitos Ray Harryhausen "A nova viagem de Simbad" (1973) e o drama policial sobre o Apartheid "Assassinato sob custódia" (1989). Todos em ótimas cópias. Já nas lojas. Obrigado, Classicline, pelo envio dos títulos.





Nota do blogueiro


"'Tente de novo depois' eram as últimas palavras que eu dizia a mim mesmo toda noite, quando jurava que faria alguma coisa para trazer Oliver para mais perto de mim. 'Tente de novo depois' significava não tenho coragem agora. As coisas ainda não estavam no ponto. Onde eu encontraria a força e a coragem para 'tentar de novo depois' eu não sabia".

Trecho do romance "Me chame pelo seu nome" (2007), de André Aciman, que virou um filme cativante e de muita ternura, ganhador do Oscar de melhor roteiro adaptado, e agora recebeu uma edição caprichada no Brasil pela editora Intrínseca (2018, 288 páginas, tradução de Alessandra Esteche). Leia e se emocione com a envolvente história de amor entre o garoto Elio e um homem mais velho, Oliver, durante o verão na ensolarada Riviera Italiana. Uma obra máxima escrita com sensibilidade por Aciman para tratar de temas como amizade, companheirismo e a descoberta da sexualidade. Já nas livrarias. Este exemplar ganhei da @sonypicturesbr juntamente com o DVD do filme, recém-lançado pela distribuidora, em parceria com a editora @intrinseca. Obrigado, pessoal.



terça-feira, 15 de maio de 2018

Cine Lançamento


O exterminador do futuro: Gênesis
(* em Steelbook)

Ano, 2029. A Resistência Humana luta contra as máquinas que dominam a Terra. O movimento tem como líder John Connor (Jason Clarke). Quando descobre que a rede de inteligência artificial Skynet enviou um exterminador de volta ao passado para caçar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, Connor revida mandando para lá o sargento Kyle Reese (Jai Courtney). Ambos chegam ao ano de 1984 e travam uma briga impiedosa tendo como alvo número um Sarah Connor, que é protegida por outro exterminador, T-800 (Arnold Schwarzenegger).

Para alegria dos fãs, a Paramount Pictures lançou em março o Steelbook em Bluray do último filme da franquia “O exterminador do futuro”, este “Gênesis”, de 2015, um dos mais empolgantes e curiosos da série. Ele havia saído no Brasil em DVD, Bluray e Bluray 3D, e agora recebe tratamento VIP com uma lata especial, com extras a mais – o produto vale o preço, pode ser utilizado até como objeto de decoração!
Nesta quinta parte da cinessérie de sucesso, a luta entre homens e máquinas devastou o planeta. Uma hecatombe nuclear foi provocada pela rede de inteligência artificial Skynet, responsável em programar robôs exterminadores, deixando como rastro três bilhões de mortos - e hoje os humanos sobrevivem escondidos como ratos, nos escombros das cidades. Um deles é John Connor, que lidera a Resistência, reagindo contra o domínio das máquinas ameaçadoras. Ele está em Los Angeles, e o ano é 2029 (o papel é de Jason Clarke, um Connor mais velho, decisivo nas ações, que esconde surpresas reveladoras); enquanto parte da trama se desenrola nessa data futura, outra ocorre no passado, em 1984, com Schwarzenegger retomando o papel do exterminador, quando volta na época dos acontecimentos do primeiro filme (que é de 1984). Ele protege Sarah Connor, unindo forças com um sargento enviado do futuro para a mesma missão, chamado Reese (destaque para o bonitão Jai Courtney, bom ator que vem ganhando espaço em Hollywood). No passado e no futuro, a guerra entre humanos e máquinas atingirão proporções épicas. 
Envolto de efeitos especiais de uma qualidade deslumbrante, com cenas de ação de tirar o folego, perseguições implacáveis e surpresas de fundir a cuca, o filme se encaixa tanto como um reboot quanto um remake, com direito à aparição de um modelo T1000, o indestrutível androide mimético de metal líquido que chacoalhou o público nas poltronas no segundo filme da franquia (no antigo, de 1991, Robert Patrick criou o personagem, agora quem o faz é o coreano Byung-Hun Lee, em breves, mas ótimas sequências). Os mínimos detalhes prestam assim uma excitante homenagem às duas primeiras fitas – utilizaram até Schwarzenegger surgindo em raios numa área de caminhões de lixo!
Tudo capricho do diretor Alan Taylor, de “Thor: O mundo sombrio” (2013) e das séries comentadíssimas “Game of thrones”, “Família Soprano” e “Mad Men”. Reparem na trilha pop que inseriu no filme, com destaque para “I wanna be sedated”, de Ramones, e “Bad boys”, de Inner Circle – estas duas em momentos cômicos. Entretenimento garantido. Assistam ou revejam em bluray. Vale cada minuto!

O exterminador do futuro: Gênesis (Terminator Genisys). EUA, 2015, 125 min. Ação. Colorido. Dirigido por Alan Taylor. Distribuição: Paramount Pictures

Morre a atriz Margot Kidder


Faleceu no último domingo aos 69 anos Margot Kidder, atriz canadense famosa pelo papel de Lois Lane nos quatro filmes da franquia de Superman dos anos 70 e 80 – Superman: O filme (1978), Superman II – A aventura continua (1980), Superman III (1983) e Superman IV – Em busca da paz (1987). As causas da morte da atriz não foram reveladas.
Margot iniciou a carreira em seriados no final dos anos 60 e casou-se três vezes com nomes ligados ao cinema: a primeira com o roteirista Thomas McGuane, com quem teve um filho, em seguida com o falecido ator John Heard e a terceira com o diretor Philippe de Broca.
Incluem em sua filmografia outras produções importantes como Uma certa casa em Chicago (1969), Irmãs diabólicas (1972), Noite do terror (1974), Quando as águias se encontram (1975), A reencarnação de Peter Proud (1975) e Horror em Amityville (1979).



Nota do Blogueiro



Chamada de Cinema

VII Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo

Neste final de semana, nos dias 19 e 20 de maio, durante a Virada Cultural em São Paulo, a programação da "7ª edição do Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo", no Centro Cultural banco do Brasil (CCBB) será completamente gratuita.
O público poderá conferir os filmes ANIMAIS (Tiere), BEM-VINDO À SUÍÇA (Willkommen in der Schweiz), BE’ JAM BE ESSE CANTO NUNCA TERÁ FIM (BE’ JAM BE et Cela n’Aura pas de Fin), GOLIAS (Goliath) e DIÁRIO DA MINHA CABEÇA (Journal de Ma Tête), além dos curtas AO LARGO (Au Large), ENCONTRO ÀS CEGAS (Einfach So) e PARZIVAL (Parzival) de graça durante o final de semana.
A 7ª edição do Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo começou na última quarta-feira, dia 09 de maio, com programação no Cinesesc - de 09 a 16 de maio, e no CCBB SP, de 09 a 21 de maio, e terá mais duas itinerâncias em sua programação - uma no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB DF), de 22 de maio a 10 de junho, e outra no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), de 30 de maio a 18 de junho.




PROGRAMAÇÃO


17 de maio (quinta-feira)
15h00 – TELEVISÕES (Televisionen)
17h00 – EU NÃO TENHO IDADE (PARA TE AMAR) (Non Ho l’Età)
19h30 – A FÚRIA DE VER (La Fureur de Voir)
 
18 de maio (sexta-feira)
15h00 – AMARRADOS (Encordés)
17h00 – HAFIS & MARA (Hafis & Mara)
19h30 – O SOM DA VOZ (Der Klang der Stimme)
 
19 de maio (sábado)
15h00 – PROGRAMA DE CURTAS II: AO LARGO (Au Large), ENCONTRO ÀS CEGAS (Einfach So) e PARZIVAL (Parzival)
17h00 – ANIMAIS (Tiere)
19h00 – BEM-VINDO À SUÍÇA (Willkommen in der Schweiz)
 
20 de maio (domingo)
15h00 – BE’ JAM BE ESSE CANTO NUNCA TERÁ FIM (BE’ JAM BE et Cela n’Aura pas de Fin)
17h00 – GOLIAS (Goliath)
19h00 – DIÁRIO DA MINHA CABEÇA (Journal de Ma Tête)
 
21 de maio (segunda-feira)
17h00 – DEPOIS DA GUERRA (Dopo la Guerra)
19h30 – SOBRE OVELHAS E HOMENS (Des Moutons et des Hommes)
 
________________________________________________________________________
 
SERVIÇO | 7º PANORAMA DO CINEMA SUIÇO CONTEMPORÂNEO

>> Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 | CEP 01012-000 | Centro.
(Acesso ao calçadão pelas estações Sé e São Bento do Metrô)
TEL.: (11) 3113 3651 | 3652 
Ingressos: R$10,00 (inteira) | R$5,00 (meia). 
Lugares: 70 lugares.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Morre o diretor e roteirista italiano Ermanno Olmi


Partiu hoje para o andar de cima o cineasta italiano Ermanno Olmi, aos 86 anos. Diretor e roteirista de duas obras-primas que amo muito, "A árvore dos tamancos" (1978) e "A lenda do santo beberrão" (1988), filmes pelos quais recebeu respectivamente a Palma de Ouro em Cannes e o Leão de Ouro em Veneza. Além destes, dirigiu outros 30, como "O posto" (1961), "Os noivos" (1963), "O segredo do bosque velho" (1993), "O objetivo das armas" (2001) e "Os campos voltarão" (2014). Palmas!!!! RIP


sábado, 5 de maio de 2018

Cine Lançamento


A estrela de Belém

Bo é um burrinho corajoso que almeja novos rumos para sua vida. Ele trabalha duramente, dia e noite, no moinho de uma aldeia, e é sempre maltratado pelos humanos. Com a ajuda de um burro experiente, foge de lá e conhece pelo caminho uma ovelha doidinha, Ruth, também à procura de liberdade. No céu veem a radiante estrela de Belém, anunciando a chegada de Jesus. Junto da destemida pomba Dave, Bo e Ruth partem para uma incrível jornada de fé e determinação.

Divertida e mágica, duas qualidades notáveis dessa animação espirituosa da Sony Pictures, voltada para toda a família, que remonta os antecedentes do nascimento de Jesus Cristo pelo ponto de vista de vários animais. Conheçam a empolgante trajetória do burrinho Bo e seus novos amigos, em busca de liberdade num lugar sem esperança, quando a estrela de Belém anuncia a vinda de um bebê que mudaria o mundo para sempre. Os animais que aqui aparecem (burro, ovelha, cavalo, cães, camelo etc) são os que estiveram no estábulo e viraram testemunhas oculares da vinda de Cristo na Terra. Figuras meigas que nos fazem rir e até se emocionar, os bichos apresentam nomes bíblicos, são falantes e comunicam-se entre si, nunca entendidos pelos humanos, que os consideram loucos. Mas de loucos não têm nada – agem com esperteza para fugir de perigos a ponto de ajudar Maria e José quando perseguidos pelos algozes do rei Herodes. Dá para sentir que a animação se espelhou em passagens importantes da Bíblia misturadas em criações próprias dos dois roteiristas, Carlos Kotkin e Simon Moore, de “Rio 2”. Por esta razão é didática e ao mesmo tempo uma aventura original.
Narrado com humor e mensagens positivas, “A estrela de Belém” foi exibido nos cinemas numa data propícia, o Natal (de 2017), e recebeu indicação ao Globo de Ouro de melhor canção, a que dá nome ao filme, “The star” (interpretado por Mariah Carey, que empresta a voz para a personagem Rebecca). Outros atores famosos fazem as vozes, como Steven Yeun, Christopher Plummer, Ving Rhames, Kris Kristofferson, Oprah Winfrey e Tyler Perry. Não foi bem de bilheteria, mas agora podemos curtir a animação em DVD, recém-lançada pela Sony, com extras interativos para a criançada!

A estrela de Belém (The star). EUA, 2017, 86 min. Animação. Colorido. Dirigido por Timothy Reckart. Distribuição: Sony Pictures.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Nota do blogueiro


Mais Obras-primas do Cinema, com super filmes cult. Eis os lançamentos de abril em DVD da distribuidora: box Agnès Varda, com quatro produções da premiada diretora que acaba de completar 90 anos - La pointe-courte (1955), Cléo das 5 às 7 (1962), As duas faces da felicidade (1965) e Sem teto sem lei (1985), e a caixa Ken Russell, contendo seis obras do polêmico cineasta, em quatro discos - Os demônios (1971), O namoradinho (1971), Tommy - O filme (1975), Valentino - O ídolo, o homem (1977), Crimes de paixão (1984) e Gótico (1985). Todos com extras especiais e cards colecionáveis. Já nas lojas. Valeu, @obrasprimas_docinema, pelos lindos filmes! 





terça-feira, 1 de maio de 2018

Nota do blogueiro


A distribuidora Obras-Primas do Cinema apresenta neste mês duas preciosidades aos cinéfilos: o drama de mistério e suspense "A menina do outro lado da rua" (1976), baseado em um aclamado bestseller, e o box "Horror mudo", contendo quatro filmes de terror dos anos 20 - "O médico e o monstro" (1920), "A carruagem fantasma" (1921), "O corcunda de Notre Dame" (1923) e "O fantasma da ópera" (1925). Todos eles vêm com cards e extras imperdíveis, como trailers, entrevistas e making of.
Ah, esta é a primeira remessa da @obrasprimas_docinema; logo mais mostro a segunda.