sábado, 24 de outubro de 2009

Cine Lançamento

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Tudo por ela

Julien (Vincent Lindon) é um professor de francês que leva uma vida pacífica com a dedicada esposa Lisa (Diane Kruger) e o filho pequeno. Certo dia, policiais invadem o apartamento do casal e prende Lisa; ela é acusada de assassinar uma mulher no estacionamento de um prédio, fato que ela nega ter se envolvido. Acreditando na inocência da mulher, Julien fará de tudo para retirá-la da penitenciária feminina.

Um bom filme francês da nova safra do país, com clima tenso no mais típico estilo thriller. Logo de início sabemos que a mulher não cometeu o crime que a levara à cadeia, por isso resta torcermos pelos personagens, que vivem um desespero danado em busca de solução para o caso.O marido aflito atinge as últimas consequencias, disposto a organizar um plano secreto para arrancar da prisão, a todo custo, a mulher que tanto ama.Momentos mais sensíveis – a angústia do casal – injetam dramaticidade na história para proporcionar mais realismo, o que resulta em um bom acabamento.Apesar de moralmente discutível (o professor torna-se cada vez mais violento, ouvindo conselhos de traficantes e bandidos para falsificar documentos e assim invadir a penitenciária) e apresentar reviravoltas um tanto impossíveis, a fita prende o público até o fim. Prepare-se: a tensão cresce a cada instante, atingindo um clímax aonde roemos as unhas! Até que ponto você chegaria para salvar a pessoa que ama?Primeiro longa do diretor Fred Cavayé, responsável por uma série de curtas-metragens na França. O remake, já com o título “The next three days”, está sendo rodado por Paul Haggis (do importante “Crash – No limite”); o novo filme conta com Russell Crowe no papel principal, previsto para ser lançado em 2011. Por Felipe Brida

Título original: Pour elle
País/Ano: França, 2008
Elenco: Vincent Lindon, Diane Kruger, Lancelot Roch, Olivier Marchal, Hammou Graïa.
Direção: Fred Cavayé
Gênero: Drama/Suspense
Duração: 96 min.
Distribuidora: Paramount Pictures

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Resenhas & Críticas

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Tempo de resistência

Documentário brasileiro sobre os movimentos estudantis e de luta armada que se organizaram para combater o Regime Militar após o golpe de 1964 no Brasil.
Um exímio resgate histórico baseado no livro homônimo escrito pelo ex-militante político, advogado e músico Leopoldo Paulino, que chegou a trabalhar em um escritório de advocacia em Catanduva na década de 60 – atualmente ele reside em Ribeirão Preto, onde foi vereador por seis mandatos.Os historiadores e interessados, até mesmo estudantes, devem conhecer esse retrato minucioso que faz um panorama das organizações que enfrentaram a ferra e fogo a Ditadura Militar no Brasil, movidas pelo ideal de liberdade de expressão e do fim do autoritarismo opressor. Trechos extraídos da obra de Paulino se complementam com depoimentos de políticos, militantes e guerrilheiros que foram punidos pelo Regime Militar, alguns até exilados, como o próprio autor (idealizador do projeto), Franklin Martins, José Dirceu e Aloysio Nunes Filho.Uma autêntica aula audiovisual de História do Brasil, bem contada, com histórias e relatos impactantes. Traz ainda um vasto material recortado da época, com imagens reais de ações dos movimentos de luta armada e de manifestações sociais, atitudes estas que culminaram com o fim do militarismo no Poder e consequentemente a redemocratização na década de 80. Por Felipe Brida

Título original: Tempo de resistência
País/Ano: Brasil, 2005
Direção: André Ristum
Gênero: Documentário
Duração: 115 min.
Distribuidora: Versátil

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cine Lançamento


Halloween – O início

Em Haddonfield, Michael Myers, um garoto de 10 anos atormentado pelas brincadeiras dos colegas de classe, não tem o apoio da desajustada família, que o despreza. Movido pela vingança, comete uma chacina dentro de casa, matando o padrasto, a irmã e o namorado dela, na noite do Dia das Bruxas. É detido pela polícia e recluso em uma clínica psiquiátrica. Quinze anos depois, Myers foge após matar policiais e enfermeiros, retornando à sua antiga cidade, em busca de novas vítimas.

Lançado em DVD no Brasil sem cortes, em versão com 30 minutos a mais de cenas fortes e violência, “Halloween – O início”, como o título sugere, retrata as origens do famoso psicopata do cinema Michael Myers. Baseado no roteiro original (escrito e dirigido por John Carpenter em 1978), que abriu as portas para os filmes de terror com serial killers e renovou o gênero, essa nova versão é assinada pelo diretor underground Rob Zombie, ex-vocalista da banda trash White Zombie nos anos 80. Um diretor polêmico, estranho, com fitas violentas e com muita gritaria e pancadaria, elogiado por fãs do cinema de terror por duas pérolas do gênerodo início dos anos 2000, “A casa dos 1000 corpos” (2003) e a continuação, “Rejeitados pelo diabo” (2005).
Em “Halloween - O início” ele reescreve a história com seu estilo próprio, com câmerasempre mexendo, trepidando, em primeira pessoa. Toda a parte inicial explica a infância trágica de Myers, que vive angústias em meio a uma família perdida. Ele tem hábitos mórbidos, começa a atacar amigos na escola e vai enloquecendo aos poucos, até se tornar o sinistro psicopata. O filme dá uma dimensão mais humana e até perturbadora da mente do personagem, porém a fita é de extremamente violenta, com sequências grosseiras de puro sadismo e sangue aos montes – e com o teor de cinema trash de Zombie, que dirigiu muitas fitas barras-pesada. EU Achei o filme curioso, pois gosto do universo de 'Halloween', porém acho que será suportável apenas aos fãs da franquia e fãs de terror violento. No elenco temos nomes famosos, como Malcolm McDowell, como o psiquiatra Loomis, Brad Dourif, na pele de um xerife, William Forsythe, como o pai de Myers, e participação da esposa de Rob Zombie, atriz de seus filmes, Sheri Moon Zombie. Há canções famosas, como 'Love hurts', de Nazareth, além de Alice Cooper, Iggy Pop, Peter Frampton, e sim, toca também a música-tema de 'Halloween', por John Carpenter. Por Felipe Brida

Título original: Halloween
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Malcolm McDowell, Scout Taylor-Compton, Tyler Mane, Daeg Faerch, William Forsythe, Danny Trejo.
Direção: Rob Zombie
Gênero: Terror
Duração: 121 min.
Distribuidora: Playarte

domingo, 18 de outubro de 2009

Viva Nostalgia!

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A balada de Narayama


No século XIX, em um vilarejo japonês, há uma tradição em que os velhos, ao completarem 70 anos, idade notada pela perda dos dentes da frente, devem ser deixados nas gélidas montanhas de Narayama, para morrerem solitariamente. Sumiko, uma senhora de 69 anos, ao mesmo tempo em que sai em busca de uma mulher para o filho, pretende antecipar a própria morte. Lidar com isso torna-se um tortuoso dilema para a família da idosa.

O falecido diretor japonês Shohei Imamura dirige com maestria essa fita de arte de extrema sensibilidade, dotada de beleza visual pungente, ora sensível ora de frieza alongada. Antíteses de cinema rondam o filme, como símbolos de vida e morte, morbidez e felicidade, prazer e tristeza. Naquele microcosmo, verdadeiras relações afetivas fazem da conduta dos personagens a própria honra familiar.
Há uma cena notória da idosa que, aos 69 anos, quer antecipar sua morte: para isso, arranca os próprios dentes, batendo a boca em uma pedra.
Uma pequena jóia do cinema japonês contemporâneo, vencedora da Palma de Ouro em Cannes. Por Felipe Brida

Título original: Narayama-bushi kô
País/Ano: Japão, 1983
Elenco: Ken Ogata, Sumiko Sakamoto, Tonpei Hidari, Aki Takejo
Direção: Shohei Imamura
Gênero: Drama
Duração: 128 min.
Distribuidora: Platina Filmes

sábado, 17 de outubro de 2009

Resenhas & Críticas


Maré – Nossa história de amor

Em um grupo de dança na comunidade da Maré, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, Analídia (Cristina Lago), filha de um chefe do tráfico que está preso, apaixona-se por Mc Jonatha (Vinicius D’Black), irmão do atual cabeça das organizações criminosas do local. Só que os jovens fazem parte de famílias rivais, o que gera desconfiança e violência entre os membros da favela.

Livre adaptação do clássico romance “Romeu e Julieta”, produzida antes do sucesso de bilheteria – e superior – “Era uma vez” (de Breno Silveira), que aborda a mesma história de Shakespeare, atualizada. Aqui, a diretora Lúcia Murat exprime, por meio da dança, a união de grupos opostos, filhos e sobrinhos de bandidos que vivem na favela dividida pelo tráfico e crime organizado. Um projeto bonito sobre a arte educativa alimentando sonhos de pessoas desesperançadas.
Os atores, a maioria amador, moram na Maré, são dançarinos da comunidade, e devido a um projeto social tiveram a chance de atuar no filme. A atriz Marisa Orth participa em poucas cenas como a professora do grupo, numa atuação natural, humana, fugindo dos papéis cômicos que a consagraram.
Repleto de danças contemporâneas e mistura de estilos (hip hop, rap, axé etc), a fita, um musical meio drama meio romance, vale ser conferido. Por Felipe Brida

Título original: Maré – Nossa história de amor
País/Ano: Brasil/França/Uruguai, 2009
Elenco: Cristina Lago, Vinícius D'Black, Marisa Orth, Babu Santana, Flávio Bauraqui, Mr Catra.
Direção: Lúcia Murat
Gênero: Drama/Romance
Duração: 104 min.
Distribuidora: Casablanca Filmes

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cine Lançamento

O mistério das duas irmãs

Anna Rydell (Emily Browning) retorna para casa após uma estada em uma clínica psiquiátrica. Vai morar com a irmã mais velha e o pai (David Strathairn), que hoje mantém relacionamento com uma misteriosa enfermeira (Elizabeth Banks). No novo lar, Anna passa a ter visões fantasmagóricas da falecida mãe, que morrera carbonizada em uma explosão.

Dos produtores de “O chamado”, chega em DVD essa boa fita de terror, refilmagem de um thriller de terror coreano de mesmo título em inglês, “The uninvited”, lançado em 2003 e que ficou pouco conhecido no Brasil (aqui saiu em DVD como "Medo", pela Europa Filmes). A arrepiante história cria uma atmosfera de tensão do início ao fim - com uma jovem perturbada pela morte da mãe e que passa a ver vultos noturnos e ouvir barulhos estranhos pela casa, como o de um sino (que era usado no pulson pela mãe quando estava doente na cama). Medo, sustos, cenas de impacto não faltam. A conclusão imprevisível e a trama cheia de truques visuais deverão atrair os fãs do gênero.
Se gostaram de “O sexto sentido” (1999) e “Os outros” (2001), “O mistério das duas irmãs” é um prato cheio (se puder assista ao filme original, "Medo", que é tão aterrorizante quanto o remake americano). No elenco a carismática Emily Browning, de "Navio fantasma" (2002) e "Desventuras em série" (2004), segura as pontas como a protagonista, atormentada pela morte da mãe, e tem participação correta de David Strathairn, indicado ao Oscar em "Boa noite e boa sorte" (2005), como o pai. Confiram (e se preparem, pois o medo vai tomar conta!). Por Felipe Brida

Título original: The uninvited País/Ano: EUA/Canadá/Alemanha, 2009 Elenco: Emily Browning, Arielle Kebbel, David Strathairn, Elizabeth Banks, Maya Massar, Jesse Moss, Don S. Davis. Direção: Charles Guard & Thomas Guard Gênero: Terror Duração: 87 min. Distribuidora: Paramount Pictures Site oficial: http://www.uninvitedmovie.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cine Lançamento


Che

Em novembro de 1956, revolucionários de origem cubana e argentina, liderados por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, preparam um grupo de guerrilheiros para derrubar o governo de Fulgêncio Batista, na capital de Cuba.

Primeira parte do épico biográfico sobre o guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, baseado em suas memórias. Um dos líderes da Revolução Cubana ao lado dos irmãos Fidel e Raul Castro em 1959, o médico Che Guevara tornou-se uma figura marcante do século passado, ícone da luta comunista. O premiado ator Benicio Del Toro tomou o desafio de montar o personagem, e sai-se bem, recebendo inclusive o prêmio de melhor ator em Cannes pela segunda parte, que atualmente está nas salas de cinema. Del Toro cria a postura dominadora do líder nato, firme na voz e de ações imediatas, porém de coração amolecido, até bondoso. E o personagem é mostrado como um homem de bem, consciente e disposto a tudo para concretizar seus planos audaciosos.
No entanto “Che” (ambas as partes) não engrenou, até mesmo desmerecido pelo público. O maior problema se dá por questões estruturais do filme, como as longas discussões sobre táticas de guerrilha e a organização do golpe (que terá destaque na seqüência), que cansam. O ritmo é sonolento, quase estático. Somente no rumo ao desfecho há um clima de tensão que antecipa a guerra civil, porém as cenas não trazem impacto.
O diretor Steven Soderbergh, ultimamente numa má fase após sucessivos fracassos, lança uma narrativa diferente para contar a história – há um jogo de inversão de cores em seus tempos: o PB é o atual, com Che participando de uma entrevista, e o colorido, as lembranças do líder. Soderbergh rodou todo o projeto de uma vez e separou-o em duas partes para um retorno comercial (a duração total é de 4h30 de filme).
Rodrigo Santoro interpreta o irmão de Fidel, Raul Castro, com rápidas aparições, nem um pouco marcantes.
Uma ideia interessante, com boas intenções, todavia sem grandeza cinematográfica. Por Felipe Brida
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Título original: Che: Part One
País/Ano: França/Espanha/USA, 2008
Elenco: Benicio Del Toro, Demián Bichir, Julia Ormond, Rodrigo Santoro, Catalina Sandino Moreno, Jorge Perugorría.
Direção: Steven Soderbergh
Gênero: Drama
Duração: 134 min.
Distribuidora: Europa Filmes
Site oficial: http://www.che-movie.co.uk/

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cine Lançamento

A era do gelo 3

Sid (voz de John Leguizamo), o bicho-preguiça trapalhão, rouba os ovos de um dinossauro fêmea, e é capturado pelo gigantesco animal. Levado para uma selva distante, Sid precisa fugir para que não seja devorado. Para salvá-lo, entram em ação seus amigos jurássicos, Manny (voz de Ray Romano) e Diego (voz de Denis Leary), que saem em uma louca jornada mata adentro.

Nova aventura da franquia de sucesso “A era do gelo”, dirigida outra vez pelo brasileiro Carlos Saldanha, hoje naturalizado nos Estados Unidos. Mesmo sem maiores novidades, a história tem ritmo, efeitos visuais de qualidade e momentos superengraçados (como a abertura tradicional com o esquilo Scrat, agora com uma namoradinha). Agrada as crianças, distrai jovens e adultos, e é sem dúvida um bom passatempo para a família.
A série de filmes começou em 2002, com Saldanha como codiretor, auxiliando o diretor ganhador do Oscar Chris Wedge. Em 2006, ele assumiu a direção, também à frente dessa terceira parte. De todos os filmes, o capítulo três é o que mais teve bilheteria, e o mais caro da franquia: custou U$ 90 milhões, rendendo quase U$ 890 milhões nos cinemas (tirando os longas da Disney, é uma das animações mais rentáveis da história). A série deu certo graças à ambientação exótica, na Pré-História (algo diferente visto em animações) e à simpatia dos personagens, composto pelo casal de mamutes Manny e Ellie, o preguiça sonso Sid, o esquilo jurássico Scrat na busca desesperada pela noz e o valente tigre dentes-de-sabre Diego. E nesta continuação outros bichos aparecem para incrementar a animação, como Buck, a doninha de um olho só, caçadora de dinossauros. Com certeza haverá mais continuações! Já disponível em DVD. Por Felipe Brida

Título original:
Ice age: Dawn of the dinosaurs
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Vozes de John Leguizamo, Queen Latifah, Denis Leary, Jane Lynch, Karen Disher.
Direção: Carlos Saldanha
Gênero: Animação
Duração: 94 min.
Distribuidora: 20th Century Fox
Lançamento (DVD): Segunda quinzena de setembro

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cine Lançamento


Gomorra

O trabalho ilegal dos integrantes da Camorra é o foco desse drama baseado em fatos reais. Desde tráfico de drogas, armas e fertilizantes até assassinatos por encomenda fazem da Camorra a máfia mais atuante e violenta da Itália.
Adaptação do best-seller homônimo escrito pelo jornalista italiano Roberto Saviano, que, na mesma linha do livro, expõe com minúcia chocante o cotidiano dos mafiosos napolitanos. O autor, por retratar o cotidiano sombrio dos membros da Camorra, está jurado de morte desde 2006 (atualmente ele vive escoltado a mando do primeiro ministro da Itália).O filme incomoda pela frieza dos personagens, todos guiados pela ganância e pelo poder. Na realidade são histórias distintas que se cruzam, sempre tendo a máfia como a questão-chave; dentre elas estão a de dois amigos sonhadores que almejam reconhecimento – e ao encontrarem armas abandonadas, tentar ingressar em atividades ilegais; e a de um adolescente que é treinado pela Camorra para auxiliar em trabalhos escusos.Uma realidade perturbadora sobre a máfia que domina Nápoles e Campanha, cujos integrantes põe amarras na população, comandam a própria polícia, são truculentos e geram a criminalidade numa interminável rede de assassinatos.Indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro e vencedor do Grande Prêmio em Cannes em 2008, “Gomorra” é para poucos. Uma fita de denúncia, sem concessão. Os interessados pelo assunto devem conhecer. Por Felipe Brida

Título original: Gomorra
País/Ano: Itália, 2008
Elenco: Toni Servillo, Gianfelice Imparato, Maria Nazionale, Salvatore Cantalupo, Salvatore Abruzzese, Marco Macor, Ciro Petrone, Gigio Morra.
Direção: Matteo Garrone
Gênero: Drama/Ação
Duração: 137 min.
Distribuidora: Paris Filmes