sábado, 8 de agosto de 2020

Cine Especial


Justa causa

O professor de Direito Paul Armstrong (Sean Connery) reabre um caso de assassinato, envolvendo uma garota, a pedido do condenado, Bobby (Blair Underwood), que está no corredor da morte. Ele afirma não ter cometido o crime e que o confessou a mando de um policial. Armstrong dá início a uma nova investigação, e viaja até o local dos fatos, nos arredores de uma comunidade na Flórida, cercada por pântanos.
Exibida várias vezes na TV, essa empolgante fita policial de investigação com reviravoltas e final surpresa tinha saído em DVD pela Warner há quase duas décadas e estava fora de catálogo. Com a nova onda de retorno das mídias físicas no Brasil, voltou em Bluray, numa cópia excelente (pena não ter extras), que recomendo aos colecionadores (é esta que assisti ontem, aliás revi o filme com prazer depois de muito tempo).
Nascido na Escócia, com uma voz memorável, Sean Connery é um ator fora de série, mesmo longe do papel de James Bond, que o imortalizou. Fez aqui um de seus últimos papéis, na época com 65 anos - uma década depois, em 2004, com problemas de saúde, deixaria o cinema (Connery completa 90 anos no próximo dia 25, mora com um cuidador de idosos, dizem sofrer de Alzheimer e doença renal crônica). Ele é um conceituado professor de Direito em Harvard que reabre um caso brutal e complicado de feminicídio. O condenado que cumpre a pena, um negro, diz não ser o criminoso, e foi forçado pela polícia a confessar o assassinato (na trama discute-se racismo, pena de morte e abuso de autoridade). Para encontrar a verdade dos fatos, viaja até o local do crime, numa comunidade fechada na Flórida, cercada de pântanos, policiais intransigentes, além de mistérios insolúveis no ar.
Prepare-se para um autêntico thriller, engenhoso, bem feito, com participações de muita gente conhecida, tem Kate Capshaw, George Plimpton, Blair Underwood, Ned Beatty, Ed Harris, Ruby Dee, Kevin McCarthy, Hope Lange, Laurence Fishburne e uma que pouca gente vai notar, Scarlett Johansson pequenina (com 10 anos).

O filme foi baseado no romance de John Katzenbach, de mesmo título, e tem direção do músico Arne Glimcher, que como diretor fez apenas quatro trabalhos (“Os reis do Mambo”, “Prenda-me se puder” e o documentário “Picasso e Braque”).

Justa causa (Just cause). EUA, 1995, 102 minutos. Suspense/Policial. Colorido. Dirigido por Arne Glimcher. Distribuição: Warner Bros.

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