sábado, 19 de julho de 2008

Morre no Rio a atriz Dercy Gonçalves

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A humorista Dercy Gonçalves morreu hoje aos 101 anos, vítima de pneumonia. Ela estava internada desde a última madrugada no Hospital São Lucas, em Copacabana, Rio de Janeiro.
De família humilde, Dolores Gonçalves Costa nasceu no dia 23 de junho de 1907 na cidade de Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro, onde morou até completar 17 anos. Em 1924, juntou-se a um grupo de teatro mambembe e foi seguir carreira artística. A partir de 1932, então com 25 anos de idade, Dercy começou a trabalhar com shows cômicos em casas noturnas, cassinos e teatro de revista. A irreverência era sua marca registrada.
No cinema fez pouco mais de 20 filmes, muitos deles na época da chanchada, como "Samba em Berlim" (1943), "Depois Eu Conto" (1956), "A Baronesa Transviada" (1957), "Absolutamente Certo" (1957), "A Grande Vedete" (1958), "Minervina Vem Aí" (1959), "Cala a boca, Etelvina" (1959), "Entrei de Gaiato" (1960), "Dona Violante Miranda" (1960), "Sonhando com Milhões" (1963) e "Se Meu Dólar Falasse" (1970).
Nos anos 60 trabalhou na TV Excelsior e na Rede Globo. Fez novelas como "Dulcinéia Vai à Guerra" (1980), "Que Rei Sou Eu" (1989) e "Deus nos Acuda" (1992). Atuou ainda em programas cômicos na Globo e no SBT nos anos 90.
Nas entrevistas que concedia nunca deixava de falar palavras obscenas, outra marca registrada da humorista. Em 1992 Dercy teve de retirar um tumor no estômago. Nos últimos anos a atriz estava debilitada e andava com auxílio de bengala e andador.
Teve apenas uma filha, Dercimar (que está viva), nascida do primeiro casamento, com Ademar Martins. Por Felipe Brida

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