segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Morre o compositor britânico John Barry

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Compositor de trilhas sonoras de mais de 100 filmes, John Barry morreu ontem em Nova York, após sofrer um infarto fulminante. Ele estava com 77 anos de idade.
Nascido em 3 de novembro de 1933 em York, Inglaterra, Barry começou a trabalhar no cinema em 1960, compondo músicas para filmes ingleses. A partir de então ficou famoso por assinar a trilha sonora de diversos filmes da cinessérie James Bond, dentre eles “Moscou contra 007” (1963), “007 contra Goldfinger” (1964), “007 contra a chantagem atômica” (1965) e “Com 007 só se vive duas vezes” (1967).
Ao longo da carreira de 40 anos, acumulou prêmios importantes, como cinco Oscars – por “A história de Elza” (1966 – melhor trilha e melhor canção), “O leão no inverno” (1968), “Entre dois amores” (1985) e “Dança com lobos” (1990), e ainda foi indicado ao prêmio da Academia por “Mary Stuart – Rainha da Escócia” (1971) e “Chaplin” (1992).
Dentre outras trilhas que fez para o cinema estão “Zulu” (1964), “Caçada humana” (1966), “O dia do gafanhoto” (1975), “Robin e Marian” (1976), “King Kong” (1976), “O fundo do mar” (1977), “O buraco negro” (1979), “Em algum lugar do passado” (1980), “Frances” (1982), “Cotton Club” (1984), “O fio da suspeita” (1985), “Peggy Sue – Seu passado a espera” (1986), “Proposta indecente” (1993), “O especialista” (1994), “A letra escarlate” (1995), “Código para o inferno” (1998) e “Enigma” (2001 – seu último trabalho).
Foi casado quatro vezes, uma delas com a cantora e atriz Jane Birkin. Deixa três filhos. Por Felipe Brida

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cine Lançamento

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Nosso lar

O médico André Luiz (Renato Prieto) encontra-se desacordado e não sabe se está vivo ou morto. Vagando por um lugar escuro e desconhecido, depara-se com pessoas atormentadas, que sofrem por algum motivo. Descobre então que está de passagem pelo umbral (purgatório). Dias depois, é conduzido por um grupo de espíritos de luz para “Nosso Lar”, cidade onde irá adquirir ensinamentos que não aprendeu na vida terrena.

Adaptado da obra homônima psicografada pelo médium Chico Xavier em 1944, atribuída ao espírito André Luiz, “Nosso lar” é o filme mais caro produzido no Brasil. Com orçamento de R$ 20 milhões, a superprodução foi sucesso imediato de público, levando mais de quatro milhões de espectadores aos cinemas. Um feito raro por aqui, e que alcançou projeção fora do país – a fita teve distribuição garantida nos Estados Unidos e em países sul-americanos no final do ano passado.
Também foi um dos filmes mais comentados de 2010, juntamente com “Tropa de elite 2”. Agora, em se tratando de cinema, “Nosso lar” não passa de um bê-a-bá do Espiritismo. É um drama espiritualista, que veio na onda de “Chico Xavier” (bem superior que “Nosso lar”, este obteve grande bilheteria também e é uma biografia digna e muito humana do notório médium brasileiro), com esplêndida direção de arte que tenta recriar a tal cidade dos espíritos de luz.
Por mais que tente angariar fiéis de outras religiões, apenas os seguidores do Espiritismo ficarão familiarizados com as referências dessa ficção. Obviamente que não é um filme neutro; prega-se a doutrina espírita como ideologia, e todos os ensinamentos kardecistas estão presentes na obra cinematográfica – reencarnação, comunicação com os falecidos etc. Já começando pelo Nosso Lar, terra de tranqüilidade e paz, simbolizada pela cor branca e pelos campos verdes (imagem estereotipada do céu). Os espíritos que ali residem são altruístas, intelectuais e tecnologicamente mais avançados que os “vivos” – utilizam computadores potentes e carros voadores, por exemplo. Estão lá para orientar os novos moradores, que acabaram de desencarnar. Um deles é André Luiz, médico que passa por uma série de provações a fim de aprender a ser igual a eles. Primeiro tem de aceitar a morte do corpo, e só assim poderá se equivaler ao restante do grupo. Ao mesmo tempo, ele tentará entender sua antiga vida na terra, e também como confortar a família enlutada.
É uma fita com lições para confortar os ânimos, mas sempre com aquela sensação de que é idealizado demais, tudo muito pacífico, contemplativo – o livro, assim como o filme, vem de um ponto-de-vista do outro plano após a morte, conforme acreditava Chico Xavier.
No elenco, temos o bom Renato Prieto no papel do médico, um ator de meia-idade, porém novato no cinema, participação de atores globais, como Othon Bastos, Chica Xavier, Ana Rosa, Werner Schunemann e Lu Grimaldi, e de atrizes sumidas das telas, como Selma Egrei e Aracy Cardoso.
“Nosso lar” tem seus méritos por cativar um público imenso e de ser uma produção nacional que movimentou a bilheteria dentro do país (grande façanha). Causa curiosidade, porém é uma experiência para um grupo específico de pessoas. É como escrevi certa vez sobre “Chico Xavier”: a indústria de cinema no Brasil achou um trunfo recente (filmes espiritualistas), uma verdadeira mina de ouro que vem dando certo porque atende os anseios de boa parcela da população, os ligados à doutrina espírita (que em nosso país tem um número infinito de adeptos). Lançado em DVD pela Fox. Por Felipe Brida

Título original: Nosso lar
País/Ano: Brasil, 2010
Elenco: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosane Mulholland, Othon Bastos, Chica Xavier, Ana Rosa, Werner Schunemann, Lu Grimaldi, Selma Egrei, Aracy Cardoso, Paulo Goulart Filho
Direção: Wagner de Assis
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Distribuição: Fox Film do Brasil

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Morre o ator John Herbert aos 81 anos

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O ator brasileiro John Herbert morreu hoje aos 81 anos em São Paulo, vítima de uma enfisema pulmonar. Ele estava internado há 21 dias no Hospital do Coração (HCor).
De descendência alemã, nasceu em 17 de maio de 1929, primogênito de uma família de comerciantes portuários instalados em Santos. Desde pequeno estudou em escolas alemãs, até que nos anos 40 passou a dedicar-se à natação, esporte pelo qual obteve o título de campeão paulista. Formado em Direito no Largo São Francisco (USP), teve o primeiro contato com cinema em 1953, quando foi selecionado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz para atuar na comédia “Uma pulga na balança”, sucesso de público e de crítica. A partir de então descobriu a verdadeira vocação: ser ator.
Conheceu a atriz Eva Wilma durante o programa “Alô, doçura” em 1954, com que se casou no ano seguinte. Durante a união de 21 anos, tiveram dois filhos.
No cinema, Herbert atuou em diversas produções, como “Matar ou correr” (1954), “Candinho” (1954), “Floradas na serra” (1954), “Rio fantasia” (1957), “A grande vedete” (1958), “As cariocas” (1966), “Toda donzela tem um pai que é uma fera” (1966), “Bebel, garota propaganda” (1968), “Corisco, o diabo loiro” (1969), “A guerra dos pelados” (1970), “A super fêmea” (1973), “O caçador de esmeraldas” (1979), “O torturador” (1981), “Retrato falado de uma mulher sem pudor” (1982), “Os bons tempos voltaram: Vamos gozar outra vez” (1985), “As sete vampiras” (1986) e “A hora mágica” (1998).
Participou de dezenas de novelas na TV Tupi e na Rede Globo, como “O machão” (1974), “Gaivotas” (1979), “Água viva” (1980), “Plumas e paetês” (1980), “Vereda tropical” (1984), “Que rei sou eu?” (1989), “Lua cheia de amor” (1990), “O dono do mundo” (1991), “Perigosas peruas” (1992), “O mapa da mina” (1993), “A viagem” (1994), ”Por amor” (1997), “Uga uga” (2000), “Esperança” (2002), “Cabocla” (2004), “Sinhá Moça” (2006), “O profeta” (2007) e “Sete pecados” (2007). Fez participação especial também nas minisséries “Anos dourados” (1986), “Chiquinha Gonzaga” (1999) e “O quinto dos infernos” (2002).
John Herbert também foi produtor de teatro e diretor de cinema. Por Felipe Brida

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Especiais sobre cinema

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Oscar 2011: "O discurso do rei" lidera com 12 indicações

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou hoje a lista dos indicados ao Oscar 2011. O drama “O discurso do rei” lidera com 12 indicações, seguido pelo western “Bravura indômita”, com 10. “A rede social” e “A origem” competem em oito categorias cada.
A cerimônia de entrega dos prêmios acontece no dia 27 de fevereiro, no Teatro Kodak, em Los Angeles.

A
baixo segue a relação completa dos indicados. Confira (Por Felipe Brida)


MELHOR FILME

Minhas Mães e Meu Pai
A Origem
Bravura Indômita
127 Horas
Toy Story 3
A Rede Social
Inverno da Alma
O Vencedor
Cisne Negro
O Discurso do Rei

MELHOR DIRETOR

Tom Hooper (O Discurso do Rei)
David O. Russell (O Vencedor)
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
David Fincher (A Rede Social)
Ethan Coen e Joel Coen (Bravura Indômita)

MELHOR ATOR

Colin Firth (O Discurso do Rei)
Jeff Bridges (Bravura Indômita)
Jesse Eisenberg (A Rede Social)
Javier Bardem (Biutiful)
James Franco (127 Horas)

MELHOR ATRIZ

Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai)
Nicole Kidman (Reencontrando a Felicidade)
Natalie Portman (Cisne Negro)
Michelle Williams (Blue Valentine)
Jennifer Lawrence (Inverno da Alma)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Mark Ruffalo (Minhas Mães e Meu Pai)
Geoffrey Rush (O Discurso do Rei)
Christian Bale (O Vencedor)
Jeremy Renner (Atração Perigosa)
John Hawkes (Inverno da Alma)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei)
Melissa Leo (O Vencedor)
Amy Adams (O Vencedor)
Hailee Steinfeld (Bravura Indômita)
Jacki Weaver (Reino Animal)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

A Origem
Minhas Mães e Meu Pai
O Discurso do Rei
Another Year
O Vencedor

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

MELHOR ANIMAÇÃO

Toy Story 3
O Mágico
Como Treinar Seu Dragão

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Dogtooth (Grécia)
Biutiful (México)
Fora-da-lei (Argélia)
Incendies (Canadá)
Em um Mundo Melhor (Dinamarca)

MELHOR FOTOGRAFIA

Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

MELHOR TRILHA SONORA

Como Treinar Seu Dragão
A Origem
127 Horas
O Discurso do Rei
A Rede Social

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

"I See the Light" (Enrolados)
"Coming Home" (Country Strong)
"If I Rise" (127 Horas)
"We Belong Together" (Toy Story 3)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Alice no País das Maravilhas
A Origem
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

MELHOR FIGURINO

I Am Love
Alice no País das Maravilhas
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

MELHOR MAQUIAGEM

A Minha Versão do Amor
Caminho da Liberdade
O Lobisomem

MELHOR SOM

A Origem
Toy Story 3
Tron - O Legado
Incontrolável
Bravura Indômita

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

A Origem
O Discurso do Rei
Salt
A Rede Social
Bravura Indômita

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

Homem de Ferro 2
Além da Vida
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Alice no País das Maravilhas
A Origem

MELHOR EDIÇÃO

Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
127 Horas
A Rede Social

MELHOR DOCUMENTÁRIO

Lixo Extraordinário
Trabalho Interno
Restrepo
Gasland
Exit Through the Gift Shop

MELHOR CURTA-METRAGEM

The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143

MELHOR CURTA-METRAGEM - DOCUMENTÁRIO

Killing in the Name
Poster Girl
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang
Strangers No More

MELHOR CURTA-METRAGEM - ANIMAÇÃO

Day & Night
The Gruffalo
Let's Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cine Lançamento

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Cela 211

Dois homens estão em lados opostos durante uma rebelião numa prisão de segurança máxima. Juan Oliver (Alberto Ammann), no primeiro dia de trabalho na cadeia, envolve-se em um acidente e é enjaulado na cela 211. Enquanto espera por socorro, o perigoso bandido Malamadre (Luis Tosar), em outra cela, organiza um motim sem precedentes. Juan vira refém, e para se salvar, finge ser um dos prisioneiros, auxiliando Malamadre e os comparsas na fuga. Mas uma série de fatos inesperados transformará aquele local em um barril de pólvoras.

“Cela 211” pode ser classificado como o “Carandiru” espanhol. Com produção modesta, o drama centraliza a trama numa situação complexa comumente vista no Brasil: a rebelião de presos. Quais motivos levam um grupo de bandidos a se revoltar contra o sistema penitenciário (e o sistema em geral)? É a proposta desse filme tenso, que procura responder a pergunta pelo ponto de vista das “vítimas” (os enjaulados).
O roteiro traça a trajetória de poucos dias tanto dos presos quanto da polícia no meio de um motim carcerário sangrento, com inúmeros reféns. Os dois homens centrais enfurnados naquele caos se posicionam em lados divergentes (um é funcionário da cadeia, o outro, um bandido destemido), que, sem aonde recorrer, levantam a mesma bandeira e topam trabalhar juntos pela mesma causa, ou seja, concretizar a escapada.
Bastante digno, não é um filme fácil de se assistir. Isto porque o diretor Daniel Monzón tem mão pesada, tornando a fita séria, crua e violenta (a sequência do suicídio na abertura, em um quase close-up, causa aflição), indo diretamente no ponto que mexe no cacho de abelhas fumegantes. Por ser intimista ao esmiuçar a mente dos prisioneiros e seus planos de fuga, aprofunda-se em questões que sempre incomodaram os diversos setores da sociedade, desde a política até a educação. Responde sim a velhas perguntas, perturba o público e traz um final sem compaixão.
Por ser um projeto de tamanha importância (e novidade como produção franco-espanhola), é aconselhado para todos – mas vá preparado, pois não se digere um filme desse grau em poucas horas.
Premiado em festivais de cinema no mundo todo, ganhou oito das 16 indicações ao Goya, o Oscar espanhol, dentre eles melhor filme, diretor e ator (Luís Tosar). Por Felipe Brida

Título original: Celda 211
País/Ano: Espanha/França, 2009
Elenco: Alberto Ammann, Luís Tosar, Antonio Resines, Carlos Bardem, Manuel Morón
Direção: Daniel Monzón
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Distribuição: California Filmes

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cine Lançamento

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Shrek para sempre – O capítulo final

Em um passado não muito distante, Shrek (voz de Mike Myers), o ogro verde, só se metia em aventuras das mais inimagináveis. Hoje, casado com Fiona (voz de Cameron Diaz) e pai de três filhos pequenos, vive entediado com a rotina de sempre: acordar cedo, cuidar da casa e dormir. A fim de recuperar a liberdade que antes dominava seu ser, bem como o espírito aventureiro, firma um pacto com o duende Rumpelstiltiskin (voz de Walt Dohrm). Shrek então é transposto para o Novo Reino de Tão, Tão Distante, onde enfrentará uma série de perigos para salvar sua esposa e seus dois melhores amigos, o Burro (voz de Eddie Murphy) e o Gato de Botas (voz de Antonio Banderas).

Lançado como a última parte da quadrilogia de Shrek, esse “capítulo final” é melhor que o anterior, que foi o mais fraquinho e banal (nem tem história, lembram? Era apenas uma sucessão de peripécias do ogro e sua turma). Vale lembrar que a franquia Shrek, mantida pela DreamWorks, deu certo nos dois filmes iniciais (o primeiro até ganhou o Oscar de animação, e a continuação foi indicada a dois prêmios da Academia), originando inclusive seriado e curtas-metragens. Com o descompasso da terceira parte, os produtores resolveram encerrar a cinessérie antes de um novo naufrágio.
Colocam, agora, o protagonista numa crise existencial das bravas; por ser pai, tem de cuidar da casa e está infeliz por não viver mais as aventuras do passado. Encontra a chance de ouro de ver tudo se transformar quando assina um contrato com um misterioso duende. A partir daí Shrek, levado ao antigo reino, agora em versão atualizada (e mais dark, com bruxas medonhas e monstros), enfrentará uma série de eventos malucos para resgatar os amigos aprisionados naquela terra.
O grande vilão do desenho é o maquiavélico duende Rumpelstiltiskin, que veste uma peruca vermelha invocada. O nome, de difícil pronúncia (que vem do alemão), refere-se ao velho conto de fadas dos Irmãos Grimm, que era justamente o nome do duende/mago antagonista das fábulas escritas pela dupla. Aliás, todos os “Shrek” são repletos de referências musicais, literárias e cinematográficas. Os mais antenados já sacaram isto, e por isso seja mais fácil rir de algumas piadas ou entender certas passagens.
Nesse capítulo, as brincadeiras são repetidas, pois já conhecemos os personagens há tempos, e voltam a usar músicas antigas ao longo do filme (“One Love” e “Top of the world”, por exemplo). Sem muito de original, cumpre o papel: diverte, entretém, faz rir em alguns momentos e tem ação na medida certa. É o que as crianças e os adolescentes (o público maior) querem e esperam.
Até onde sabemos Shrek termina seu legado aqui. É esperar para ver. Já em DVD. Por Felipe Brida

Título original: Shrek forever after
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Vozes de Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, Antonio Banderas, Julie Andrews, Jon Hamm, John Cleese, Walt Dohrn, Craig Robinson,
Direção: Mike Mitchell
Gênero: Animação
Duração: 93 min.
Distribuição: Paramount Pictures
Site oficial: http://www.shrekinternational.com/intl/br/mainsite

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cine lançamento

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5x favela – Agora por nós mesmos

Cinco histórias diferentes retratam o dia-a-dia de moradores dos morros cariocas. Tráfico de drogas, execuções sumárias, malandragens infantis e sonhos compartilhados se entrelaçam pelas ruas do Rio de Janeiro.

Visão atualizada de “Cinco vezes favela” (1962), bom filme da safra inicial do Cinema Novo, que reunia cinco histórias escritas e dirigidas por jovens cineastas engajados da época – Cacá Diegues, Leon Hirszman, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade e Marcos Farias. Mais tênue e menos político que o anterior (que, diga-se de passagem, trazia histórias tristes, pra baixo), o novo “Favela” virou sensação em Cannes, indicado a diversos prêmios em mais de 20 festivais de cinema nacionais e internacionais.
Traz cinco histórias independentes umas das outras, rodadas por um grupo de jovens amadores, vindos de comunidades carentes do Rio, após participarem de oficinas de roteiro promovidas por renomados diretores e roteiristas brasileiros, como Daniel Filho e Nelson Pereira dos Santos. Estes prepararam rapazes e moças com talento para o cinema e os incentivaram a rodar, em locações próprias das favelas onde vivem, pequenos curtas bolados por eles mesmos. O resultado: um filme peculiar, narrado com leveza (quatro das histórias são divertidas e originais, apenas uma é mais visceral e que pode causar impacto), que gera um rápido panorama da realidade das comunidades nos morros cariocas. Pessoas simples enfrentando milícia, convivendo com a tensão que impera na cidade, e como driblam os problemas diários para tocar a vida e serem felizes.
Acaba sendo uma ficção com fundo de documentário, com indivíduos reais assumindo seus verdadeiros personagens. Um trabalho importante que deve ser conhecido pelo público, que deu certo graças a um projeto independente, sem fins lucrativos, desenvolvido por antigos cineastas brasileiros voltados a causas sociais.
No filme, participação especial de Ruy Guerra, Hugo Carvana, Zózimo Bulbul, Edyr de Castro e Flávio Bauraqui. Confiram! Por Felipe Brida

Título original: 5x favela – Agora por nós mesmos
País/Ano: Brasil, 2010
Elenco: Silvio Guindane, Dandara Guerra, Jayme del Cueto, Gregorio Duvivier, e artistas amadores
Direção: Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra e Manaíra Carneiro
Gênero: Drama
Duração: 96 min.
Distribuição: Sony Pictures
Site oficial: http://www.5xfavela.com.br/

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cine Lançamento

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Henrique IV – O grande rei da França

França, 1563. O país está dividido com a luta entre católicos e protestantes pela disputa de terras e poder. Henrique de Navarra (Julien Boisselier), líder dos huguenotes (protestantes), reúne seus homens contra o poderio da rainha da França, a católica Catarina de Médici. Esta, por sua vez, oferece a mão da filha, Margot, para Henrique, a fim de decretar a paz no território unindo as duas religiões. Só que a tentativa de casamento acaba em mortes, no fatídico “Dia de São Bartolomeu”. Preso, Henrique fica na cadeia por quatro anos; quando é libertado, torna-se rei Henrique IV de Bourbon, apelidado de “O grande rei da França”, iniciando uma série de medidas para reconciliar as religiões e promover a paz no país.

Adaptado do famoso romance de Heinrich Mann, a produção franco-germânica retrata a saga do rei Henrique IV quando, antes de assumir o trono, liderou os huguenotes contra o domínio dos católicos, que tinha à frente a própria rainha da época, Catarina de Médici. Período turbulento, de crise política, instabilidade social e, acima de tudo, confrontos religiosos que sempre terminavam em banhos de sangue. E o filme tenta reconstruir, mesmo que sem brilho e um tanto quanto arrastado, a fase da família Bourbon no poder da França.
Há poucos registros da vida de Henrique IV levada às telas (“A rainha Margot”, de 1994, é a melhor das versões sobre a figura desse imponente e lendário rei). Por falta de opções, essa nova fita européia tem então seu valor artístico.
Conhecemos aqui um personagem de extremos, cujo comportamento oscilava entre a razão e a explosão. Ousou ao dar os primeiros passos para reconciliar as duas religiões dominantes (mesmo apontado como traidor, com os trâmites de se converter para o lado oposto, o dos católicos), entrando para a história como o rei mais popular da França – e responsável pela pacificação.
Cheio de personagens paralelos que não são desenvolvidos e diálogos cansativos, traz cenas de batalha fracas, sem emoção. Vale um aviso: exige-se certo conhecimento de História para acompanhar o enredo.
Dirigido pelo alemão Jo Baier, o mesmo do telefilme “Operação Valquíria” (2004), que originou cinco anos depois o filme homônimo norte-americano, “Henrique IV” sai direto em DVD pela Paramount Pictures, em versão reduzida daquela lançada na Europa, com sete minutos a menos. Por Felipe Brida

Título original: Henry 4/ Henry of Navarra
País/Ano: Alemanha/ França/ Espanha, 2010
Elenco: Julien Boisselier, Armelle Deutsch, Hannelore Hoger, Joachim Król, Andreas Schmidt
Direção: Jo Baier
Gênero: Drama
Duração: 148 min.
Distribuição: Paramount Pictures

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Especiais sobre cinema

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Drama "A Rede Social" leva quatro Globos de Ouro


O drama biográfico "A Rede Social", dirigido por David Fincher, saiu-se o grande vencedor do 68º Globo de Ouro, cuja premiação foi realizada na noite de ontem (domingo), no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills. O longa, que conta a história dos criadores do Facebook, recebeu quatro prêmios: melhor filme de drama, diretor (David Fincher - foto ao lado), roteiro e trilha sonora.
"Minhas mães e meu pai" ganhou o Globo de Ouro na categoria filme de comédia ou musical. Colin Firth foi premiado como melhor ator (drama) por "O discurso do rei", enquanto Natalie Portman, melhor atriz (drama) por "Cisne negro". Annette Bening ganhou como atriz (comédia ou musical) por "Minhas mães e meu pai", e Paul Giamatti, ator de comédia ou musical por "Minha versão para o amor".
Ainda na noite de ontem Robert De Niro recebeu o prêmio Cecil B. De Mille, prêmio concedido a artistas pela carreira (este ano o ator completa 44 anos de cinema, e acumula dois Oscars - pelos filmes "O poderoso chefão II" e "O touro indomável").

Confira abaixo a lista com os vencedores na modalidade "Cinema". (Por Felipe Brida)


Melhor filme de drama

A Rede Social
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei


Melhor filme de comédia ou musical

Minhas Mães e Meu Pai
Alice no País das Maravilhas
Burlesque
Red - Aposentados e Perigosos
O Turista


Melhor diretor

David Fincher (A Rede Social)
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
Tom Hooper (O Discurso do Rei)
Christopher Nolan (A Origem)
David O. Russel (O Vencedor)


Melhor atriz (Drama)

Natalie Portman (Cisne Negro)
Halle Berry (Frankie e Alice)
Nicole Kidman (Rabbit Hole)
Jennifer Lawrence (Winter's Bone)
Michelle Williams (Blue Valentine)


Melhor ator (Drama)

Colin Firth (O Discurso do Rei)
Jesse Eisenberg (A Rede Social)
James Franco (127 Horas)
Ryan Gosling (Blue Valentine)
Mark Wahlberg (O Vencedor)


Melhor atriz (Comédia ou musical)

Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai)
Anne Hathaway (Amor e Outras Drogas)
Angelina Jolie (O Turista)
Julianne Moore (Minhas Mães e Meu Pai)
Emma Stone (Easy A)


Melhor ator (Comédia ou musical)

Paul Giamatti (Minha Versão para o Amor)
Johnny Depp (Alice no País das Maravilhas)
Johnny Depp (O Turista)
Jake Gyllenhaal (Amor e Outras Drogas)
Kevin Spacey (Casino Jack)


Melhor atriz coadjuvante

Melissa Leo (O Vencedor)
Amy Adams (O Vencedor)
Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei)
Mila Kunis (Cisne Negro)
Jacki Weaver (Animal Kingdom)


Melhor ator coadjuvante


Christian Bale (O Vencedor)
Michael Douglas (Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme)
Andrew Garfield (A Rede Social)
Jeremy Renner (Atração Perigosa)
Geoffrey Rush (O Discurso do Rei)


Melhor filme de animação

Toy Story 3
Meu Malvado Favorito
Como Treinar seu Dragão
O Mágico
Enrolados


Melhor filme estrangeiro

In a Better World (Dinamarca)
Biutiful (México/ Espanha)
The Concert (França)
The Edge (Rússia)
I am Love (Itália)


Melhor roteiro

Aaron Sorkin (A Rede Social)
Danny Boyle/ Simon Beaufoy (127 Horas)
Lisa Cholodenko/ Stuart Blumberg (Minhas Mães e Meu Pai)
Christopher Nolan (A Origem)
David Seidler (O Discurso do Rei)


Melhor trilha sonora

A Rede Social
127 Horas
O Discurso do Rei
Alice no País das Maravilhas
A Origem


Melhor canção original em filme

"You Haven't Seen the Last of Me" (Burlesque)
"Bound to You" (Burlesque)
"Coming Home" (Country Strong)
"I See the Light" (Enrolados)
"There's a Place for Us" (As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Morre a atriz Susannah York aos 72 anos

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A atriz britânica Susannah York morreu ontem em Londres, após batalhar dois anos contra o câncer. Ela tinha 72 anos e estava internada no Hospital Royal Marsden. Em 1970 recebeu indicação ao Oscar de atriz coadjuvante pelo drama “A noite dos desesperados”, com que contracenou com Jane Fonda e Gig Young.
Nascida em Chelsea, na capital inglesa, em 9 de janeiro de 1939, Susannah iniciou a carreira em seriados televisivos no final dos anos 50. No cinema atuou em cerca de 50 filmes, dentre eles “Freud – Além da alma” (1962), “As aventuras de Tom Jones” (1963), “Um jogador romântico” (1966), “O homem que não vendeu sua alma” (1966), “A batalha britânica” (1969), “Imagens” (1972), “A maldição do ouro” (1974), “Fortaleza do inferno” (1976), “Estranho poder de matar” (1978), “Parceiro do silêncio” (1978), “Superman – O filme” (1978), “Reencarnação” (1980), “Superman II” (1980) e “The calling” (2009 – ainda inédito).
A atriz era divorciada e deixa dois filhos. Por Felipe Brida

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cine lançamento

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O desafio de Darwin

Em 1858, o cientista britânico Charles Darwin (Henry Ian Cusick) batalha para publicar uma dos estudos mais controversos da História da Ciência, “A origem das espécies”. Ao mesmo tempo, enfrenta uma tragédia familiar ao lado da esposa, Emma (Frances O’Connor).

A distribuidora Paramount Pictures acerta em cheio ao lançar, no Brasil, essa modesta biografia de Charles Darwin (1809-1882), feita originalmente para a TV. Na realidade, esse telefilme, com uma hora e quarenta de duração, é a abertura da 37ª temporada do antigo seriado “Nova”, mantido pela National Geographic desde o final dos anos 70. Totalmente desconhecido por aqui, o drama agora pode ser visto em boa cópia e versão integral.
A produção tem cara de filme europeu (de arte), com figurinos que recriam o século XIX com exatidão, além do roteiro bastante didático – superior à “Criação” (2009), de Jon Amiel, que trata o mesmo tema: as viagens de Darwin pelo mundo afora (como Ilha de Galápagos e a costa sul brasileira) atrás da variedade de espécies de animais e seus primeiros escritos sobre a evolução animal. As pesquisas do naturalista resultaram no livro mais importante da ciência moderna, exatamente a teoria da evolução das espécies animais, que vem com os métodos empíricos da Seleção Natural e a preservação das raças mais fortes.
No auge do trabalho como pesquisador, Darwin entra em uma profunda crise quando uma tragédia abala a esposa e os filhos, colocando em cheque todas as suas conquistas até então.
Tratado com seriedade, esse sensível drama biográfico pode agora, em DVD, ser descoberto pelo público interessado. Como telefilme, é bem produzido, tudo graças ao aprofundado trabalho de pesquisa que a National Geographic desenvolve há décadas – por isso é líder no mercado, especializada em documentários para TV. Conheçam. Por Felipe Brida

Título original: Darwin’s darkest hour
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Henry Ian Cusick, Frances O’Connor
Direção: John Bradshaw
Gênero: Drama
Duração: 102 min.
Distribuição: Paramount Pictures

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cine lançamento

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Meu malvado favorito

O maquiavélico vilão Gru (voz de Steve Carell) planeja o maior golpe do mundo: roubar a lua. Para que tudo dê certo, adota três garotinhas em um orfanato, para, em breve, se tornarem suas aprendizes. Porém, no meio do caminho surge Vector (voz de Jason Segel), jovem cientista promissor na arte da maldade, nada mais nada menos que o novo tormento na vida de Gru.

Indicado ao Globo de Ouro de melhor animação – e possível candidato ao Oscar desse ano, “Meu malvado favorito” é a nova investida da Universal para o público infanto-juvenil (e não deixa de ser para adultos também), um desenho original e muito divertido, apesar de seu alto grau de humor negro (o que, para a criançada, poderá ser uma experiência estranha). Tudo porque o personagem central, Gru, é um senhor mal humorado, com coração de pedra e terrivelmente insensato bolando idéias diabólicas de dominar o mundo. Sociopata, vive isolado com um cachorro feio que dói num casarão todo equipado com aparelhos da última geração; odeia gente por perto e fica 24 horas por dia tramando planos e invenções malucas. A missão do momento, bem difícil por sinal, será a de roubar a lua (transformando-a em uma bola de vôlei por meio de uma arma potente que reduz objetos), e para tal finalidade contará com a ajuda de pequenos monstrinhos amarelos (os Minions), que trabalham em seu esconderijo secreto. Com a chegada das novas filhas adotadas, seu coração duro vai amolecendo, mas mesmo assim não desiste de tê-las como aliadas para o futuro. Até que se depara com outro concorrente, disposto a pegar a lua pra ele, o nerd Vector. A partir daí a animação vira um embate só, entre duas mentes brilhantes. De certo tem muito corre-corre, aventuras mirabolantes e piadas super engraçadas (só a voz de Carell com sotaque forte de alemão é um show de risadas – e vale destacar que a dublagem, feita pelo comediante brasileiro Leandro Hassum, diverte à beça e vale a pena ouvir trechos, se não o filme todo).
Ao lado de “Toy Story 3” e “Mary & Max – Uma amizade diferente”, é uma das melhores animações de 2010, criativa, diferente, para todos os públicos. Por Felipe Brida

Título original: Despicable me
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Vozes de Steve Carell, Jason Segel, Danny McBride, Russell Brand, Julie Andrews, Will Arnett, Kristen Wiig, Pierre Coffin, Chris Renaud, Miranda Cosgrove, Dana Gaier, Elsie Fisher.
Direção: Pierre Coffin/ Chris Renaud
Gênero: Animação
Duração: 95 min.
Distribuição: Universal Home

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cine lançamento

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Destinos ligados

Três mulheres, três histórias: Karen (Annette Bening) tem 50 anos e vive amargurada por ter entregue a filha para adoção quando engravidou bem jovem. Já a advogada Elizabeth (Naomi Watts) tem um romance secreto com o chefe, Paul (Samuel L. Jackson), homem mais velho. E por fim Lucy (Kerry Washington), mulher de origem africana que, por não conseguir engravidar, entra na fila para adotar uma criança. O destino das três poderá se cruzar a qualquer momento.

Elogiado pela crítica norte-americana, este filme independente, co-produção Estados Unidos e Espanha, é um drama humano, sensível, que traça o perfil de três mulheres com sofrimentos semelhantes. Os personagens femininos (interpretados pelo trio Annete Bening, Naomi Watts e Kerry Washington, em atuações marcantes) não se cruzam, porém seus dilemas se aproximam. A mais velha não se aceita por ter abandonado a filha recém-nascida, mandando-a para a adoção; por causa desse fato, cai em depressão. A outra, com seu charme conquistador, sai escondida com o chefe numa relação estranha (realmente o casal Samuel L. Jackson e Naomi Watts não combina, não tem jeito – este é o grande deslize da fita). Por último, uma jovem negra, que investe toda a sua energia para adotar um bebê e assim formar a família tão sonhada. São essas as três histórias contadas nesse drama sobre mulheres comuns, umas sonhadoras outras desmotivadas, mas que nunca desistem de mudar a situação em que se encontram.
Típico para público feminino, guarda um final, digamos, surpresa, bem bonito.
Nomeado para dois prêmios Independent Spirit (ator coadjuvante para Jackson e atriz coadjuvante para Naomi), não obteve grande repercussão, ficando praticamente desconhecido do público. Agora em DVD tem-se a facilidade de conhecer esse bom drama, o melhor momento do diretor colombiano Rodrigo García, que é o mesmo daquele fraco drama de tom sobrenatural “Passageiros” (2008). Por Felipe Brida

Título original: Mother and child
País/Ano: EUA/Espanha, 2009
Elenco: Annette Bening, Naomi Watts, Samuel L. Jackson, Kerry Washington, Eileen Ryan, David Morse, Elizabeth Peña
Direção: Rodrigo García
Gênero: Drama
Duração: 125 min.
Distribuição: PlayArte

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cine Lançamento

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Encontro explosivo

O agente secreto Roy Miller (Tom Cruise) esconde a sete-chaves uma bateria especial, cobiçada pelo governo dos Estados Unidos. Na cola dele está um grupo de policiais dispostos a obter aquele objeto. Para escapar das perseguições e ameaças, Miller planeja um “sumiço”. Pega um vôo, e no avião conhece a sensual June Havens (Cameron Diaz). Ela acaba se comprometendo a ajudá-lo na escapada, cuja tarefa torna-se cada vez mais perigosa.

Aventura corriqueira, com dois dos astros mais bem pagos do momento – Tom Cruise e Cameron Díaz – em um filme cheio de adrenalina, como a indústria de Hollywood adora fazer. Rapidamente consumível, dá para se assistir com pipoca e guaraná e no outro dia esquecer.
Como todo blockbuster desse naipe, o roteiro é absurdo, envolve uma série de tramas secundárias (russos, bombas potentes etc), lotada de furos, previsível. Assim, não espere novidades – deixe-se levar, se achar que vale a pena a locação.
Bom, tem Tom Cruise como um Ethan Hunt (de “Missão Impossível”) mais despojado e brincalhão, procurado pela polícia e por bandidos que querem a todo custo a superbateria experimental que ele guarda consigo. Aparece então o par romântico, a irritante Cameron Díaz, linda de matar, com aquele jeito meigo, porém que nunca convence como atriz, e ambos se enfiam numa jornada de fuga. Em fitas sem compromisso como esta, fechamos os olhos e damos trégua para a beldade Cameron.
O encontro explosivo do título é justificado com as peripécias do casal, desde explosões espalhafatosas de carros até a fúria da rajada de balas. Para o bem produzido espetáculo visual e sonoro foram gastos U$ 117 milhões, ou seja, bem salgado, que resultou numa bilheteria não tão motivadora quando da estréia em julho nos cinemas.
Quem assina a direção é James Mangold, de “Cop Land”, “Os indomáveis” e “Identidade”. Descartável e raso, não espere muito. Por Felipe Brida

Título original: Knight and Day
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Tom Cruise, Cameron Diaz, Peter Sarsgaard, Jordi Mollà, Viola Davis, Paul Dano
Direção: James Mangold
Gênero: Aventura/Ação
Duração: 109 min.
Distribuição: Fox Video

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Morre o ator inglês Pete Postlethwaite

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O ator inglês Pete Postlethwaite morreu ontem aos 64 anos, após longa batalha contra o câncer. Ele estava internado em um hospital em Shropshire, Inglaterra, onde morava com a esposa e os filhos.
Indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 1994 pelo drama “Em nome do pai”, Postlethwaite nasceu no dia 16 de fevereiro de 1946 em Warrington/Cheshire (Inglaterra). Iniciou a carreira na TV nos anos 70, em seriados britânicos.
No cinema atuou em mais de 40 produções, dentre elas “Os duelistas” (1977 – sua estréia), “Meu reino por um leitão” (1984), “Complô contra a liberdade” (1988), “Vozes distantes” (1988), “Hamlet” (1990), “Alien 3” (1992), “O destruidor” (1992), “O último dos moicanos” (1992), “Os suspeitos” (1995), “Coração de dragão” (1996), “Romeu e Julieta” (1996), “Um toque de esperança” (1996), “O beijo da serpente” (1997), “O mundo perdido: Jurassic Park” (1997), “Amistad” (1997), “A revolução dos bichos” (1999), “Alto risco” (2000), “Chegadas e partidas” (2001), “Água negra” (2005), “O jardineiro fiel” (2005), “A profecia” (2006), “Solomon Kane – O caçador de demônios” (2009), “Fúria de titãs” (2010), “A origem” (2010), “Atração perigosa” (2010) e “Killing Bono” (previsto para ser lançado esse ano – seu último trabalho). Por Felipe Brida